aulas webjornalismo

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WebjornalismoProf. Julliane Brita

Se você é um jornalista, ou está pensando em se tornar um, você já deve ter observado o seguinte: são cada vez maiores os pré-requisitos para se tornar um jornalista.

The New Precision Journalism(O Novo Jornalismo de Precisão) Phil Meyer (1991)

- 2015: o mundo deve atingir a marca de 3 bilhões de pessoas conectadas à Internet, o equivalente a 42,4% da população mundial.

- Brasil: 50,1% da população tem acesso (86,7 milhões de pessoas)Islândia: 96%; EUA: 81%

*eMarketer

Infográfico: G1 - 09/2014

Surgimento da Internet

- Surgiu de uma necessidade: descentralizar a comunicação

- Igual à maioria das tecnologias, foi criada para fins militares

Surgimento da Internet

- Infográficos TecMundoDe 1605 a 1989 (link)Década de 1990 (link)

- Comunicação hierárquica e comunicação não hierárquica

“O mito da criação”

Cada inovação tecnológica, quer tenha sido o código de programação, os transístores, os computadores pessoais ou a internet, foi construída por grupos de pessoas (que, quase sempre, se inspiraram em ideias passadas)

“O mito da criação”

+ Ada Lovelace (1815 a 1852)Matemática e escritora inglesa, ela escreveu o primeiro algoritmo de computador, propôs a ideia de que as humanidades e a tecnologia devem conviver e idealizou o conceito da inteligência artificial.

+ Alan Turing (1912-1954)Matemático, filósofo, criptógrafo, considerado o pai da ciência da computação. Foi o líder da equipe responsável por quebrar o código naval alemão, ato considerado fundamental para a vitória dos Aliados (1943).

Filme: O jogo da imitação (2014)

Surgimento da Internet

Internet: Superestrada da informação - Al Gore, em 1998

1990 - Arpanet é desativada

1991 - World Wide Web

Surgimento da Internet

1992 - Primeiros navegadores gráficos

1993 - A internet se torna um produto comercial

1994 - Netscape Navigator

Surgimento da Internet

1995Guerra de navegadores: Internet Explorer e Netscape

1996Primeiros sites de empresa; Biquíni Cavadão e Barão Vermelho primeiros sites de música a entrar no ar; UOLGilberto Gil lança uma música pela internet.

Surgimento da Internet

1997Consolidação da Internet no Brasil

1999Napster

www – modo de organização da informação e dos arquivos na rede

http – protocolo de transferência de hiperlinks – é por meio dele que os dados são transmitidos

ftp – protocolo de transferência de arquivo

html – linguagem padrão para escrever páginas de documentos Web que contenham informação nos mais variados formatos: textos, som, imagens e animação

Manuel Castells A sociedade em rede

Gradualismo – conceito de que toda mudança deve ser suave, lenta e firme. Leitura supostamente objetiva da vida.

“A história da vida, como a vejo, é uma série de situações estáveis, pontuadas em intervalos raros por eventos importantes que ocorrem com grande rapidez e ajudam a estabelecer a próxima era estável”.

O final do século 20é um desses intervalos na história.

Transformação da cultura material pelos mecanismos de um novo paradigma tecnológico.

Tecnologia: o uso de conhecimentos científicos para especificar as vias de se fazerem as coisas de uma maneira reproduzível.

Tecnologia da informação: conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (software e hardware), telecomunicações/radiodifusão, optoeletrônica e engenharia genética.

Tecnologias da vida: microbiologia, terapia genética, engenharia genética.

Biologia, eletrônica e informática: conversão e interação em suas aplicações e materiais.

Grandes avanços tecnológicos: materiais avançados, fontes de energia, aplicações na medicina, técnicas de produção (nanotecnologia) e tecnologia de transportes.

Expansão tecnológica por causa da capacidade de criar uma interface entre campos tecnológicos mediante uma linguagem digital comum na qual a informação é gerada, armazenada, recuperada, processada e transmitida.

O mundo se tornou digital.

Revoluções históricasPenetrabilidade: penetração em todos os domínios da atividade humana, como o tecido em que essa atividade é exercida.

Revolução da informação: mesma importância da Revolução Industrial do século 18, com influência na economia, na sociedade e na cultura. O cerne da transformação são as tecnologias da informação, processamento e comunicação.

A TI cumpre o papel que as novas fontes de energia exerceram nas revoluções anteriores, do motor a vapor à eletricidade, aos combustíveis fósseis e à energia nuclear.

Primeira Revolução Industrial: também se apoiou num amplo uso de informações.

Segunda Revolução Industrial: papel decisivo da ciência ao promover a inovação.

Revolução Tecnológica da Informação

Aplicação dos conhecimentos e da informação para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamento/comunicação da informação, num ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso.

Diferencial: difusão de alcance global na velocidade da luz

Uso das tecnologias de telecomunicações no fim do século XX:- Automação das tarefas – usando- Experiência de usos – usando- Reconfiguração das aplicações – fazendo

Os usuários se apropriam da tecnologia e a redefinem. As novas tecnologias não são apenas ferramentas, mas também processos a serem desenvolvidos.

Usuários e criadores são a mesma coisa.Pela primeira vez, a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo.

Computadores, sistemas de comunicação, decodificação e programação genética são amplificadores e extensões da mente humana.

Lógica do sistema: capacidade de transformar todas as informações em um sistema comum de informação, processando-as em velocidade e capacidade cada vez maiores e com custo cada vez mais reduzido.

Lições da Revolução IndustrialPrimeira: máquina a vapor, fiadeira, metalurgia e substituição das ferramentas manuais pelas máquinas.

Lições da Revolução IndustrialSegunda: eletricidade, motor de combustão interna, produtos químicos com base científica, fundição eficiente do aço e início das tecnologias da comunicação

A inovação tecnológica não é uma ocorrência isolada.

A interatividade dos sistemas de inovação tecnológica e dos ambientes de trocas de ideias pode ser entendida como reflexos das experiências anteriores.

Criação da Internet: consequência de uma fusão singular de estratégia militar, grande cooperação científica, iniciativa tecnológica e inovação contracultural.

A universalidade da linguagem digital e a pura lógica das redes do sistema de comunicação geraram as condições tecnológicas para a comunicação global horizontal.

Tecnologias de rede e a difusão da computação

A lógica do funcionamento de redes, cujo símbolo é a internet, tornou-se aplicável a todos os tipos de atividades, a todos os contextos e a todos os locais que pudessem ser conectados eletronicamente.

Por que as descobertas das novas tecnologias da informação concentraram-se em um só lugar nos anos 70 e, sobretudo, nos Estados Unidos?

- A crise do petróleo e suas correlações motivaram uma reestruturação drástica do sistema capitalista em escala global.

- A tentativa de assegurar a superioridade militar.

O surgimento de um novo sistema tecnológico na década de 1970 deve ser atribuído à dinâmica autônoma da descoberta e difusão tecnológica, inclusive aos efeitos sinérgicos entre todas as várias principais tecnologias.

Foi mais o resultado de indução tecnológica que de determinação social.

Microprocessador >> microcomputador

Avanços em telecomunicações >> computadores funcionassem em rede.

Indústria eletrônica >> produção de semicondutores.

Softwares >> mercado de microcomputadores >> inventores de software.

Computadores em rede >> uso de programas

Vale do SilícioPapel decisivo dos meios de inovação no desenvolvimento da revolução da tecnologia da informação: concentração de conhecimentos científicos/tecnológicos, instituições, empresas e mão-de-obra qualificada.

Paradigma datecnologiada informação

Um paradigma econômico e tecnológico é um agrupamento de inovações técnicas, organizacionais e administrativas inter-relacionadas cujas vantagens devem ser descobertas não apenas em uma nova gama de produtos e sistemas, mas sobretudo na dinâmica da estrutura dos custos relativos de todos os possíveis insumos para a produção.

Insumos baratos de energia para insumos baratos de informação.

Características- Informação é a matéria-prima: são tecnologias para agir sobre a informação, não apenas a informação para agir sobre a tecnologia.

- Penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias.

Características- Lógica das redes em qualquer sistema ou conjunto de relações.

- Flexibilidade. Processos, organizações e instituições podem ser modificados pela reorganização de seus componentes.

Características- Convergência de tecnologias específicas para um sistema altamente integrado.

Cibercultura- O crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem.

Cibercultura- Estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e humano.

CiberculturaA grande questão não é ser contra ou a favor, mas ser receptivo em relação à novidade; que se tente compreendê-la e reconhecer as mudanças qualitativas.

Apenas assim seremos capazes de desenvolver as novas tecnologias numa perspectiva humanista.

Cibercultura- Aspectos comercial e comunitário são complementares, não maniqueístas

- Não são os pobres que se opõem à internet, mas aqueles cujas posições de poder são ameaçados pela nova configuração de comunicação

CiberculturaAlbert Einstein, em 1950Três grandes bombas explodiram durante o século XX: - a bomba demográfica- a bomba atômica- a bomba das telecomunicações

Cibercultura

O dilúvio informacional jamais cessará. Não há nenhum fundo sólido sob o oceano das informações. Devemos aceitá-la como nossa nova condição. Temos que aprender a nadar, a flutuar, talvez a navegar.

Ciberespaço- Ciberespaço ou “rede”: é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores.

O termo especifica a infraestrutura material da comunicação digital e o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo.

CiberculturaCibercultura: o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais) de práticas, de atitudes de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem com o crescimento do ciberespaço.

CibernéticaCibernética: ciência que tem por objeto o estudo comparativo dos sistemas e mecanismos de controle automático, regulação e comunicação nos seres vivos e nas máquinas.

Tecnologia: autônoma?

Tecnologia: autônoma?

Não há técnicas sem atividades humanas.

As técnicas são parte das atividades humanas, que abrangem, de maneira indissolúvel, interações entre:

- pessoas vivas e pensantes, - entidades materiais naturais e artificiais, - ideias e representações.

É impossível separar o humano de seu ambiente material.

Não podemos separar o mundo material - e menos ainda sua parte artificial - das ideias por meio das quais os objetos técnicos são concebidos e utilizados, nem dos humanos que os inventam, produzem e utilizam.

A emergência do ciberespaço acompanha, traduz e favorece uma evolução geral da civilização. Uma técnica é produzida dentro de uma cultura, e uma sociedade encontra-se condicionada por suas técnicas. Condicionada, não determinada. Essa diferença é fundamental.

Uma técnica não é boa, nem má.Tampouco neutra.

Tratamos de situar o que é irreversível dentro dos seus usos, formular projetos que explorem as virtualidades e decidir o que fazer dela.

Emergência do ciberespaço

- Primeiro momento: computador como máquinas gigantes de calcular

- Segundo momento (anos 70): virada fundamental, nova fase na automação da produção industrial

Emergência do ciberespaço- Terceiro momento (anos 80): computador pessoal

+ Criação (de textos, de imagens, de músicas)+ Organização (bancos de dados, planilhas)+ Simulação (planilhas, ferramentas de apoio à decisão, programas para pesquisa)+ Diversão ( jogos)

Emergência do ciberespaçoAnos 80+ Informática perde o status de técnica e de setor industrial para começar a fundir-se com as telecomunicações, a editoração, o cinema e a televisão

+ Interação e triunfo da informática amigável

Emergência do ciberespaçoAnos 80 e 90+ Corrente cultural espontânea e imprevisível dando curso ao desenvolvimento técnico-econômico

+ Surgimento das tecnologias digitais como infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação e de sociabilidade.

Aspectos técnicos relevantes++ Crescimento de potência++ Redução de custos++ Descompartimentalização

Infraestrutura técnica do virtual++ Tratamento - processadores++ Memória++ Transmissão++ Interfaces - interação entre o universo da informação digital e o mundo ordinário

A palavra “virtual” pode ser entendida em pelo menos três sentidos:++ Técnico++ Corrente++ Filosófico

++ Técnico: ligado à informática

++ Corrente: a palavra “virtual” é muitas vezes empregada para significar a irrealidade – enquanto a realidade pressupõe uma presença tangível. A expressão “realidade virtual” soa então como um paradoxo. Em geral acredita-se que uma coisa deva ser real ou virtual, que ela não pode, portanto, ser as duas coisas ao mesmo tempo.

++ Filosófico: aquilo que existe apenas em potência e não em ato, o campo de formas e de problemas que tende a resolver-se em uma atualização. O virtual encontra-se antes da concretização efetiva ou formal (a árvore está virtualmente presente no grão). Nesse sentido, o virtual é uma dimensão muito importante da realidade.

Virtualidade e atualidade são apenas dois modos diferentes de realidade. Se a produção da árvore está na essência do grão, então a virtualidade da árvore é bastante real (sem que seja, ainda, atual).

É virtual toda entidade desterritorializada, capaz de gerar diversas manifestações concretas em diferentes momentos e locais determinados, sem contudo estar ela mesma presa a um lugar ou tempo em particular.

A palavra é uma entidade virtual. O vocábulo “árvore” está sendo pronunciado em um local ou outro, em determinado dia numa certa hora.

A enunciação deste elemento lexical é a atualização. Mas a palavra em si, aquela que é pronunciada ou atualizada em certo lugar, não está em um lugar nenhum e não se encontra vinculada a nenhum momento em particular (ainda que ela não tenha existido desde sempre).

Ainda que não possamos fixá-lo em nenhuma coordenada espaço-temporal,

o virtual é real.

Uma palavra existe de fato. O virtual existe sem estar presente.

O virtual é uma fonte indefinida de atualizações.Uma palavra pode:++ Ser pronunciada com sotaque.++ Ser usada ironicamente. ++ Ter sentidos diferentes em situações diferentes.

A cibercultura liga-se ao virtual de duas formas:++ Direta: a digitalização da informação pode ser aproximada da virtualização. Os códigos de computador inscritos no disco rígido (HD) são quase virtuais, já que independem de coordenadas espaço-temporais determinadas.

Nas redes, as informações estão fisicamente situadas em algum lugar, em um suporte, mas também estão virtualmente presentes em cada ponto da rede onde seja pedida.

++ Indireta: a comunicação continua um movimento de virtualização iniciado pelas técnicas antigas - escrita, gravação de som e imagem, rádio, televisão e telefone.

O ciberespaço encoraja um estilo de relacionamento independente dos lugares geográficos e da coincidência dos tempos.

Aspectos críticos que diferenciam a Internet das outras mídiasPor que conhecê-los?Para maximizar o uso da informação.

+ Não linearidade+ Fisiologia+ Instantaneidade+ Dirigibilidade e costumização+ Memória (perenidade)+ Qualificação

+ Custos de produção e de veiculação+ Interatividade+ Pessoalidade+ Acessibilidade + Receptor ativo+ Multimídia

Características do Webjornalismo

+Não linearidadeHipertexto: é a natureza da navegação

+ FisiologiaÉ a origem da ideia do texto 50% menor que o escrito para o papel, já que a leitura é mais devagar na luz por causa da fadiga dos olhos. Piscamos menos.

+ InstantaneidadeRádio e TV já trabalhavam com o ao vivo, mas a disponibilidade da audiência. Na Web, o planejamento de pauta ocorre apenas em casos de matérias especiais.

O grau de instantaneidade da transmissão do fato se aproxima apenas do conseguido pelo rádio.

+ Memória (perenidade)Valiosa ferramenta para pesquisa (semelhante à possibilidade de releitura do impresso).

A notícia da tevê, do rádio ou do impresso é volátil. Na Internet, ela permanece e se expande, novos aspectos são agregados e criam-se células de informação.

+ Memória (perenidade)The New York Times constatou que o conteúdo mais acessado é sempre o banco de notícias, a “notícia de ontem”.

+ Dirigibilidade e customizaçãoOs veículos da mídia impressa e de mídia eletrônica sofrem restrições de espaço e de tempo. Além disso, um editor determina o que é ou não notícia, o que vai ser ou não publicado.

+ Dirigibilidade e customizaçãoNa Internet, a informação pode ser instantaneamente dirigida para a audiência sem filtro e pode ser enviada diretamente para consumidores de determinada empresa, código de CEP, regiões geográficas, etc.

+ QualificaçãoAudiência qualificada e formadora de opinião

+ Custos de produção e de veiculação

Se comparadas às redações tradicionais, as da Internet custam menos. Investimentos em hardware e software, além de conexão, são bem mais baixos que os de produção e transmissão da TV e do jornal.

+ InteratividadeAs mídias tradicionais proporcionavam baixa interatividade: seção de cartas; controle remoto; telefonemas.

O conteúdo on-line que não oferece um padrão mínimo de interação tem pouco valor para o usuário e inibe a compreensão da mensagem.

+ InteratividadeHiperlinks, sugestão de pauta, produção de conteúdo, comentário.

Na internet, não se FALA PARA, se CONVERSA COM.

+ Acessibilidade: sites acessíveis 24 horas por dia.

+ Receptor ativo: a audiência busca informação de maneira ativa. A Internet é mídia pull, que deve puxar a atenção do usuário, enquanto a TV e o rádio são mídias push, nas quais a mensagem é empurrada diretamente para o espectador.

+ Multimídia ou convergênciaConvergência dos formatos das mídias tradicionais para a Internet

Imagem estática e em movimento; áudio; vídeo; texto

Tempo determinadoAtualização regular

Baixa interatividadeEfemeridadeTextualidade

Direitos autoraisJornalismo profissional

InstantaneidadeAtualização contínuaAlta interatividadePerenidadeHipertextualidadeDireitos autorais?Jornalismo participativo

Jornalismotradicional

Jornalismodigital

X

História do Webjornalismo

O webjornalismo apareceu, nos anos noventa, como a consequência lógico das experiências jornalísticas no videotexto e no teletexto e do aproveitamento, pelas empresas jornalísticas, da popularização da Internet e das novas tecnologias interativas da informação e comunicação, dos avanços nas telecomunicações e da convergência dos meios. (João Pedro Sousa)

Os jornais impressos foram os primeiros meios a migrarem para a Internet (sendo seguidos pela rádio e televisão), por vários motivos:a) Perda de leitores, em especial entre os jovens;b) Aumento dos custos de produção e distribuição, em particular o custo do papel;c) Fuga de publicidade para a televisão;

e) A produção de conteúdos para a versão impressa permitia o seu aproveitamento no webjornal;f ) Vantagens da própria Internet, potenciadas pela informatização das redações e pelo jornalismo assistido por computador, como a utilização de e-mail, a consulta em bases de dados, a transferência de arquivos, etc., que obrigaram a uma reconversão das rotinas produtivas;

g) Os jornais esperavam promover o consumo do meio original, pois as potencialidades da Rede, como a interatividade, podem gerar um maior envolvimento do consumidor de informação.

Webjornalismode primeira geração Luciana Mielniczuk

Os produtos oferecidos eram reproduções de partes dos grandes jornais impressos, que passavam a ocupar o espaço na Internet.

Webjornalismode primeira geração O que era chamado então de jornal online na web não passava da transposição de uma ou duas das principais matérias de algumas editorias.

Webjornalismode primeira geração O material era atualizado a cada 24 horas, de acordo com o fechamento das edições do impresso. Em alguns casos, como o do O Estado de S. Paulo, eram disponibilizados também, o conteúdo de alguns cadernos semanais.

Webjornalismode primeira geração A disponibilização de informações jornalísticas na web fica restrita à possibilidade de ocupar um espaço, sem explorá-lo enquanto um meio que apresenta características específicas.

Webjornalismode segunda geração

Começam a ocorrer experiências na tentativa

de explorar as características específicas oferecidas pela rede a partir do aperfeiçoamento e desenvolvimento da estrutura técnica da Internet.

Webjornalismode segunda geração

Nesta fase, o jornal impresso é utilizado

como metáfora para a elaboração das interfaces dos produtos.

Webjornalismode segunda geração

“Just as a speaker chooses metaphors that will

make his or her meaning clearer to the audience, a designer must choose metaphors that help the

users understand the system” (MacAdams, 2000)

Webjornalismode segunda geração

Ao mesmo tempo em que se ancoram no modelo

do jornal impresso, as publicações para a web começam a explorar as potencialidades

do novo ambiente:

Webjornalismode segunda geração

- links com chamadas para notícias de fatos que

acontecem no período entre as edições- uso do e-mail como possibilidade de comunicação

entre jornalista e leitor ou entre os leitores, por meio de fóruns de debates

Webjornalismode segunda geração

- a elaboração das notícias passa a explorar os

recursos oferecidos pelo hipertexto; surgem as seções ‘últimas notícias’.

Webjornalismode segunda geração

- A tendência, salvo exceções, ainda é a existência de produtos vinculados não só ao modelo do jornal

impresso enquanto produto, mas também às empresas jornalísticas cuja credibilidade e rentabilidade estavam

associadas ao jornalismo impresso.

Webjornalismode terceira geração O cenário começa a se modificar com o surgimento de iniciativas tanto empresariais quanto editoriais destinadas exclusivamente à Internet.

Webjornalismode terceira geração São sites jornalísticos que extrapolam a ideiade uma versão para a web de um jornal impresso já existente. Exemplo: fusão entre a Microsoft e a NBC, uma empresa de informática e

uma empresa jornalística de televisão, ocorrida em 1996.

Webjornalismode terceira geração O http://www.msnbc.com é um site de jornalismo, mas que não surgiu como decorrência da tradição e da experiência do jornalismo impresso.

Webjornalismode terceira geração Nos produtos jornalísticos desta geração,é possível observar tentativas de efetivamente explorar e aplicar as potencialidades oferecidas pela web para fins jornalísticos.

Webjornalismode terceira geração Entre outras possibilidades, os produtos jornalísticos apresentam: – recursos em multimídia, como sons e animações, que enriquecem a narrativa jornalística

Webjornalismode terceira geração – recursos de interatividade, como chats com a participação de personalidades públicas, enquetes, fóruns de discussões;

Webjornalismode terceira geração – apresentam opções para a configuração do produto de acordo com interesses pessoais de cada leitor/usuário

Webjornalismode terceira geração – a utilização do hipertexto não apenas como um recurso de organização das informações da edição, mas também como uma possibilidade na narrativa jornalística de fatos

Webjornalismode terceira geração – atualização contínua no webjornal e não apenas na seção ‘últimas notícias’.

Webjornalismode terceira geração – atualização contínua no webjornal e não apenas na seção ‘últimas notícias’.

Divisão em três categorias Pavlik (2001):preocupado com conteúdo noticiosoSilva Jr (2002): disseminação de informações jornalísticas Palacios (2002): pensa o Webjornalismo como um todo

Três principais estágios de desenvolvimento dos sites de jornais (Silva Jr.)

- O transpositivo, como modelo eminentemente presente nos primeiros jornais online em que a formatação e organização seguia diretamente o modelo do impresso. Trata-se de um uso mais hermético e fiel da ideia da metáfora, seguindo muito de perto o referente pré-existente como forma de manancial simbólico disponível.

- O perceptivo. Num segundo nível de desenvolvimento, há uma maior agregação de recursos possibilitados pelas tecnologias da rede em relação ao jornalismo online. Nesse estágio, permanece o caráter transpositivo, mas há a percepção por parte desses veículos, de elementos pertinentes a uma organização da notícia na rede.

- O hipermidiático. Mais recentemente, podemos constatar que há demonstrações de uso hipermidiático por alguns veículos online, ou seja: o uso mais intensificado de recursos mais hipertextuais, a convergência entre suportes diferentes (multimodalidade) e a disseminação de um mesmo produto em várias plataformas e/ou serviços informativos”.

PotencialidadesMultimidialidade/convergênciaInteratividadeHipertextualidadePersonalizaçãoMemória

ImplicaçõesEssas características são novidades do meio digital ou apenas características já existentes no impresso, no rádio e na televisão?

Se são aspectos novos ou não, a situação criada por eles é inédita.Temos então novas questões teóricas? Quais seriam?

Noções de tempo e de espaço são diferentes no online.+ Atualização constanteConceito de atualidade foi alterado?

A qualidade e a rotina jornalísticas são afetadas?

Noções de tempo e de espaço são diferentes no online.+ Armazenamento infinitoAltera a valoração e a hierarquização

das notícias na edição?

Noções de tempo e de espaço são diferentes no online.+ Interação entre pessoas por meio da publicaçãoO jornalista clássico, que reduz a informação ao

menor denominador comum é necessário?

Chats com o públicoe personalidades podem ser considerados um novo gênerode entrevista? Que soluções serão criadas para aproveitar melhoros recursos da web?

+ Interação do leitor com a publicaçãoCada usuário tem acesso à informação de um jeito

muito diferenciado entre si. No webjornal,

o produto deixa de ser percebido como único.

Não há mais uma mensagem única disseminada

para um público. Como são afetados os preceitos

das teorias de agendamento?

+ Hipertexto e multimidialidadePirâmide invertida é a forma

mais adequada para

as narrativas hipertextuais?

+ Direito autoral x Inteligência coletiva

+ Jornalismo em blog

+ Produção cascavelense de Webjornalismo

+ Erros e acertos: o jornalismo em tempo real

Aspectos éticos ampliados ou acrescidos ao jornalismo

Aspectos éticos ampliados ou acrescidos ao jornalismo+ A nova checagem de informação

+ Compartilhamento em redes sociais: a disseminação do erro

+ Jornalismo: colaborativo, participativo, interativo

+ Como salvar o jornalismo da crise financeira?

Aspectos éticos ampliados ou acrescidos ao jornalismo+ Jornalismo é jornalismo em qualquer plataforma

+ Curadoria: o novo (ou renovado) papel do jornalista

+ “Quem lê tanta notícia?”

+ Acessibilidade: a internet é mesmo para todos?

Aspectos éticos ampliados ou acrescidos ao jornalismo+ Aprofundamento da notícia: quem vai ler?

+ “Eu li na internet”: a crise da credibilidade

+ Um jornalismo, várias narrativas: os caminhos do hipertexto

+ O novo agendamento: o que o leitor quer saberrealmente?

Temas da avaliação+ Aspectos críticos que diferenciam a Internet das outras mídias+ Características do webjornalismo+ Jornalismo tradicional x Jornalismo digital+ Histórias e gerações do webjornalismo+ Implicações das características do digital no jornalismo

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