abre alas tambor 2009

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5/25/2018 AbreAlasTambor2009-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/abre-alas-tambor-2009 1/28 ENREDO TAMBOR 2009 FICHA TÉCNICA Enredo:  “Tambor”  Carnavalesco: Renato Lage Autor(es) do Enredo: Renato Lage e Diretoria Cultural Autor(es) da Sinopse do Enredo: Renato Lage e Diretoria Cultural Elaborador(es) do Roteiro do Desfile: Renato Lage e Diretoria Cultural LIVRO AUTOR EDITORA ANO DA EDIÇÃO PÁGINAS CONSULTADAS 01 100 Anos de carnaval no Rio de Janeiro Costa, Haroldo Record 2005 Todas 02 A enxada e a lança: a África antes dos portugueses Costa e Silva, Alberto da Nova Fronteira 2006 Todas 03 A escravidão na África: uma história de suas transformações Lovejoy, Paul E. Civilização Brasileira 2002 Todas 04 A matriz africana no mundo Nascimento, Elisa Larkin Selo Negro 2008 Todas 05 As melhores histórias da mitologia africana Seganfredo, Carmen & Francischi, A. S. Artes e Ofícios 2008 Todas 06 Ancestrais: uma introdução à história da África atlântica Priore, Mary Del & Venâncio, Renato Pinto Campus 2003 Todas 07 Antologia Do Folclore Brasileiro, V.1 Cascudo, Luis da Câmara Global 2002 Todas 08 Dicionário do folclore brasileiro Cascudo, Luis da Câmara Global 1954 Todas 09 História da África: anterior aos descobrimentos Giordani, Mário Curtis Vozes 2006 Todas 10 Iniciação à umbanda Trindade, Diamantino Fernandes & Linares, Ronaldo Antonio & Costa, Wagner Veneziani Madras 2008 Todas 11 Inventando carnavais: o surgimento do carnaval carioca no século XIX e outras questões carnavalescas Ferreira, Felipe UFRJ 2005 Todas 12 O ABC do continente africano Barbosa, Rogério Andrade Edições SM 2007 Todas 13 O livro de ouro do carnaval brasileiro Ferreira, Felipe Ediouro  RJ 2004 Todas 14 O que é folclore Brandão, Carlos Rodrigues Brasiliense 1994 Todas 15 Os orixás na umbanda e no candomblé Oxalá, Miriam de Pallas 2004 Todas 16 Os tambores de São Luiz Montello, Josué Nova Fronteira 2005 Todas

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ENREDO TAMBOR 2009

FICHA TCNICA

Enredo:Tambor

Carnavalesco:Renato Lage

Autor(es) do Enredo:Renato Lage e Diretoria Cultural

Autor(es) da Sinopse do Enredo:Renato Lage e Diretoria Cultural

Elaborador(es) do Roteiro do Desfile:Renato Lage e Diretoria Cultural

LIVROAUTOREDITORAANO DA EDIOPGINAS CONSULTADAS

01100 Anos de carnaval no Rio de JaneiroCosta, HaroldoRecord2005Todas

02A enxada e a lana: a frica antes dos portuguesesCosta e Silva, Alberto daNova Fronteira2006Todas

03A escravido na frica: uma histria de suas transformaesLovejoy, Paul E.Civilizao Brasileira2002Todas

04A matriz africana no mundoNascimento, Elisa LarkinSelo Negro2008Todas

05As melhores histrias da mitologia africanaSeganfredo, Carmen & Francischi, A. S.Artes e Ofcios2008Todas

06Ancestrais: uma introduo histria da frica atlnticaPriore, Mary Del & Venncio, Renato PintoCampus2003Todas

07Antologia Do Folclore Brasileiro, V.1Cascudo, Luis da CmaraGlobal2002Todas

08Dicionrio do folclore brasileiroCascudo, Luis da CmaraGlobal1954Todas

09Histria da frica: anterior aos descobrimentosGiordani, Mrio CurtisVozes2006Todas

10Iniciao umbandaTrindade, Diamantino Fernandes & Linares, Ronaldo Antonio & Costa, Wagner VenezianiMadras2008Todas

11Inventando carnavais: o surgimento do carnaval carioca no sculo XIX e outras questes carnavalescasFerreira, FelipeUFRJ2005Todas

12O ABC do continente africanoBarbosa, Rogrio AndradeEdies SM2007Todas

13O livro de ouro do carnaval brasileiroFerreira, FelipeEdiouro RJ2004Todas

14O que folcloreBrando, Carlos RodriguesBrasiliense1994Todas

15Os orixs na umbanda e no candomblOxal, Miriam dePallas2004Todas

16Os tambores de So LuizMontello, JosuNova Fronteira2005Todas

17Salgueiro 50 anos de glriaCosta, HaroldoRecord2003Todas

18Umbanda sagrada: religio, cincia, magia e mistriosSaraceni, RubesMadras2006Todas

Outras informaes julgadas necessrias

Sites consultados na Internet:http://pt.wikipedia.orghttp://www.smarcos.br/novoportal/images/stories/revista_psyche/19artigovidille.pdfhttp://www.culturajaponesa.com.br/htm/taiko.htmlhttp://www.salves.com.br/malahttp://www.yogasite.com.br/yogasite/shiva.htmhttp://www.pb.sesc.com.br/2005_cultura_sonora_dez2.htmlhttp://raizculturablog.wordpress.com/2008/01/26/a-ancestralidade-o-tambor-e-uma-historiahttp://www.estradareal.org.br/cidad/histo_cidad.asp?codigo=91http://brintrup-film.de/PAGES/TEXT%20FILM%20PAGES/treatment%20Tambor%20P.htmlhttp://tribodaterra.19.forumer.com/viewtopic.php?t=10http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/congadorigem.htmhttp://www.lusoafrica.net/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=47&Itemid=205http://www.jangadabrasil.com.br/maio/cp90500c.htmhttp://www.jangadabrasil.com.br/realejo/instrumentos/surdo.asphttp://www.xamanismo.org/espaco/index.htmlhttp://www.timbalada.comhttp://olodum.uol.com.br/http://www.afroreggae.org.brhttp://www.rosanevolpatto.trd.br/DIVINO1.htmlhttp://caixeirasdaguia.wordpress.com/caixa-do-divino/http://religiao.cmaduro.com.br/umbanda/ogs-na-umbandahttp://religiao.cmaduro.com.br/umbanda/a-utilizao-de-tambores-em-rituais-religiososResponsvel pela concepo, execuo e desenvolvimento do enredo - ponto de partida do carnaval - o carnavalesco precisa transitar entre os diversos setores da escola para fazer um levantamento das aspiraes, qualidades e limitaes dos componentes. Claro que no h um comportamento homogneo entre os profissionais que trabalham o aspecto visual das escolas de samba. Alguns contam com equipes numerosas, delegando muitas dessas tarefas. Mas a grande maioria cumpre, a cada ano, o passo a passo do ritual dos desfiles.Certa vez o artista Osvaldo Jardim disse que os carnavalescos so bruxos, comandando uma exorcizao coletiva de quatro, cinco, seis mil pessoas. Desde todo o preparativo de descrever a histria, roteirizar, desenhar o figurino, fazer o cenrio, fazer a produo, dirigir o show, assistir o show, assistir a essa confuso toda. algo fascinante, disse Jardim.Aps muitos carnavais, a funo do carnavalesco cresceu em proporo direta ao processo de transformao de alguns aspectos dos desfiles das escolas de samba. Na corda bamba entre a consagrao e o fracasso de uma escola, os carnavalescos se enveredam em bibliotecas, sites da Internet ou situaes do dia-a-dia na busca de insights para seus desfiles. No seu caldeiro, vai diluindo elementos culturais diversos, na busca da frmula do desfile ideal que agrade baiana, ao ritmista, ao destaque, ao jurado e ao pblico. Cabe a ele achar solues visuais que causem tamanho impacto que possam vir a transformar os componentes em verdadeiros reis e rainhas.Bero das revolues estticas que mudaram para sempre o modo de fazer de carnaval, o Salgueiro se orgulha de ter dado incio a essa profisso. Foi do visionrio Nlson de Andrade, ex-presidente da escola, a idia de convidar artistas plsticos - primeiro o casal Dirceu e Marie Louise Nery, em 1959, e, depois, Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues, em 1960 - para se aventurarem na doce delcia de fazer carnaval. Estes professores iniciaram outros carnavalescos, que beberam na fonte salgueirense para espalhar a luminosidade vermelha e branca por outras escolas e, eternamento, por outros carnavais.Renato Lage -Em 1977, Renato Lage, que j fazia alguns trabalhos de cenografia para a televiso e para a decorao de carnaval da cidade, foi convidado por Fernando Pamplona, carnavalesco do Salgueiro, para desenhar os carros alegricos e criar algumas esculturas da Escola para o enredo Do Cauim ao Ef, Moa Branca, Branquinha. Deixou a Escola em 1979, quando foi para a Unidos da Tijuca, onde foi campeo do 2 Grupo em 1980, com o enredo Delmiro Gouveia. Da Tijuca saiu para Madureira, onde criou enredos memorveis pra o Imprio Serrano. De volta ao Salgueiro em 1987, desenvolveu o abstrato E por que no?. Mesmo fazendo um bom desfile, que no chegou ao ttulo, Lage deixou o Salgueiro e seguiu para a Caprichosos de Pilares.Apesar de j ser considerado um grande artista do carnaval, a estrela de Renato Lage comeou a brilhar com mais intensidade na Mocidade Independente de Padre Miguel, para onde foi em 1990. L ganhou seu primeiro ttulo no Grupo Especial, com Vira, Virou, A Mocidade Chegou e o bicampeonato com Chu, Chu, As guas Vo Rolar. Campeo mais uma vez com Criador e Criatura, em 1996, Lage ainda idealizou e desenvolveu grandiosos e inesquecveis desfiles, mostrando o sonho, o jogo, o caos urbano, a f, o Maestro, os astros, o corpo e a alma, o verde, o amarelo, o azul e o anil, a paz, o circo. Aps 12 anos na Mocidade, Lage retornou a sua primeira casa para desenvolver o desfile de 2003 em comemorao os 50 anos de fundao da escola. Desde ento, o Salgueiro vem conquistando a admirao dos amantes do carnaval por ter apresentado belssimos conjuntos de alegorias e fantasias, principalmente em 2003 - Salgueiro, Minha Paixo, Minha Raiz - e 2005 - Do Fogo que Ilumina a Vida, Salgueiro Chama que no se Apaga. Em 2007, o Mago do Carnaval teve um novo desafio: desenvolver pela primeira vez em sua carreira um enredo com a temtica africana. Mostrando o grande artista que , Lage se superou e, com Candaces, apresentou um dos mais belos trabalhos em sua trajetria no carnaval. No ano seguinte, Renato apostou no Rio de Janeiro e conseguiu o vice-campeonato.Em 2009, Lage vislumbrou no Tambor a possibilidade de misturar diversos elementos pr-histricos, de civilizaes, religiosos, folclricos, contemporneos, carnavalescos e uma pitada de africanidade, que sempre fez muito bem escola para levar o Salgueiro a mais uma vitria no carnaval carioca.

HISTRICO DO ENREDO (sinopse, minha marcao)Tambor.

Da Natureza. Da Pr-histria.De rvores, troncos e peles.Que vibra, comunica.Que pulsa. D ritmo vida.Tocado, dobrado, sentido.

Ancestral, ritual.Dos deuses.Tribal, africano.De raiz, da raa, da cor.

De culturas. De povos.Do Oriente, do Ocidente.Da arte e do vigor.De Histria. De glrias e vitrias.De crenas e mitos. De celebraes.

Mstico. Sagrado.De cultos e religies.De f, de festa.Que cura a alma e alegra o corpo.

Folclrico.De Caboclinho, Ciranda e Bois.De Crioula. De Ijex.Da coroao. Do Maracatu.Da Marujada, Congada, Carimb.Do Maculel, Jongo e Caxambu.Do Reisado, do Forr, do Xaxado.De Roda. Do Partido. Do Quintal

Moderno, contemporneo.Da incluso. De lata.Olodum, Afroreggae, Timbalada.

Do Carnaval, das escolas, das baterias.Repiques, pandeiros e caixas.Taris, tamborins, surdos de marcao.De magia. De samba.Furioso. Dos Mestres. Do Mestre.Da Academia. Do Mundo. Da Vida.Do Corao.

Tambor.Renato Lage e Diretoria CulturalJUSTIFICATIVA DO ENREDOTambor. Um enredo sobre um instrumento que atravessou milhes de anos no poderia ser mais pertinente a uma escola como o Salgueiro. Em seu smbolo, de forma circular, semelhante a um tambor, a escola traz quatro instrumentos. Trs deles, tambores: pandeiro, surdo de barrica e tamborim quadrado. Pode-se at dizer que o enredo esteve sempre diante de ns, mas s agora conseguimos enxerg-lo.Tambor um enredo que traz toda a magia, a mstica, a ancestralidade, a brasilidade e a contemporaneidade desse instrumento que atravessou os tempos sem perder sua fora. E com um toque de africanidade que sempre faz bem ao Salgueiro e ao carnaval. A ligao da escola com o tambor fica mais forte ainda quando falamos das baterias das escolas de samba, seus Mestres e do nosso Mestre, Lourival de Souza Serra, o Louro, um dos filhos mais seletos dos Acadmicos e que esteve frente da bateria do Salgueiro durante 31 anos. , sem dvida, um enredo que mexe com a prpria histria de quase 56 anos da escola.O som do meu tambor ecoa -Tecnicamente, o tambor um membranofone (instrumentos de percusso que produzem sons atravs da vibrao de uma membrana distendida). Todos os instrumentos desse tipo como atabaques, caixas de guerra, surdos, pandeiros, tamborins, cucas e tantos outros so tambm tambores.Instrumento mais antigo da humanidade, o tambor simboliza, de certa forma, a unidade entre o princpio masculino e feminino. A caixa seria o feminino, gerando o som. O couro seria o masculino, o ato de golpear, penetrar. O princpio feminino cria o som, d luz, cor e alma batida, enquanto o masculino o impulsiona. Caixa e couro formam uma unidade. Tambm de certa forma, nosso corao um tambor, ditando o ritmo de nossas vidas, compassando nossa existncia. Pulsando para dar vida vida.Ressoou da natureza -Quando um primata tocou com as mos e galhos em um tronco oco de uma rvore no imaginava ter criado um baticum que atravessou os tempos e no parou mais. O som tirado das rvores se transformou definitivamente em um tambor quando os primatas passaram a esticar peles de animais mortos nos troncos ocos. O tambor virava, assim, um instrumento de comunicao utilizado para propagar mensagens distncia. Era primeira lngua do homem.O som da batida nas peles tambm despertou nos homens o primeiro sentimento religioso. Eles acreditavam que a pele de sua caa esticada em troncos de rvores reproduzia o choro do animal morto. A esse sentimento podemos atribuir os primeiros sinais de ligaes com outros mundos e de religiosidade do ser humano nos primrdios da humanidade.Na frica -Bero do mundo, de onde partiram os primeiros homens para povoar o mundo, a frica tambm virou referncia quando falamos em tambores. Nas sociedades tribais africanas, a saudao aos deuses marcada pelo som da percusso. Revestidos de uma funo mgica, os tambores africanos exercem um papel fundamental nos rituais e na dana do continente negro e como complemento tradio oral de transmisso da cultura, alm de ser tambm um meio de ligao entre o mundo dos vivos e dos mortos.Nas civilizaes -Ao desbravar novas terras, o homem levou consigo o tambor. Pela facilidade de execuo e construo, os tambores se espalharam e se tornaram um instrumento utilizado por quase todas as civilizaes. A variedade de tipos, tamanhos, formatos e elementos de decorao reflete muito cada cultura, religio, padres sociais e econmicos.Nas trincheiras das batalhas o tambor tambm se fez presente e se transformou na trilha sonora de guerras. Nas cruzadas, por exemplo, os Tamboreones anunciavam o avano do exrcito cristo; no Japo Feudal, o Taiko determinava o avano das tropas dos samurais.Em diversas civilizaes, a ligao do mundo dos vivos e dos mortos fez-se ao som de um tambor. Na cultura dos povos pr-colombianos, por exemplo, a crena dos Xams, lderes espirituais com poderes mgicos, o toque rtmico do tambor era utilizado para conduzi-los por viagens a outros mundos e faz-los instrumento de cura do corpo e da alma de seus povos.Quem tem f -Sculos se passaram e centenas de representaes religiosas e espirituais foram criadas. Diversas crenas passaram a ter no tambor o instrumento de comunicao com o divino. No Brasil, os atabaques ressoaram com mais fora nos terreiros de Candombl e Umbanda. l que se revestem de uma funo mgica para contagiar quem tem f. Os atabaques utilizados nos terreiros so a fala dos orixs, o instrumento principal de seus apelos. Por isso, cada batida no couro dos atabaques em um ritual do Candombl e da Umbanda tem um motivo, uma inteno.No folclore, a herana -A forte influncia africana e a mistura de raas que formou nosso povo determinaram uma riqueza de ritmos, cuja trilha sonora embalada por tambores. E isso se reflete nos folguedos que fazem parte de nosso folclore. Dos ndios, herdamos o Caboclinho; dos negros, o Ijex, o Maracatu, a Congada, o Maculel, o Tambor de Crioula; dos brancos, o Reisado, a Festa do Divino. Um baticum que ainda se faz presente em outras manifestaes, como a Marujada, o Bumba Meu Boi, o Boi Bumb. So folguedos que revelam a alma brasileira, essencialmente musical, e a prpria identidade cultural de um Brasil cuja vocao para o batuque pode ser resumida em uma frase: nesse Brasil, todo mundo bate tambor. Seja em folguedos, em danas dramticas ou em danas e ritmos tpicos, como o forr, o xaxado, o samba.E o povo quer danar -Os troncos ocos das rvores se revestiram de modernidade e acompanharam o surgimento de novas variaes musicais. Na Amrica Latina, a mistura da contradana francesa e dos tambores africanos fez surgir uma srie de ritmoscalientes, queexplodiram na dcada de 1940 para mostrar ao mundo toda a expresso de cor, magia e sensualidade da alegre e saborosa msica latino americana. Uma dcada depois, surgia nos Estados Unidos o Rock and Roll. Criado pelos negros, que misturaram em seu caldeiro uma srie de ritmos, o Rock tem no conjunto de tambores a bateria o vigor necessrio para dar alma poderosa e rebelde msica que transformou e ditou moda no mundo inteiro.Esperana social -O som pulsante dos tambores, que servem comunicao, religio, aos rituais, aos folguedos, dana, hoje serve tambm como instrumento de incluso social. Na Bahia, no Rio de Janeiro e em diversos estados do pas, a revoluo dos tambores chegou para dar oportunidade social a crianas e jovens de comunidades carentes. Tambores de lata, de balde, de panelas, de pneus so utilizados por grupos como os baianos Timbalada e Olodum, e o carioca Afroreggae que possuem uma srie de projetos e programas sociais bem sucedidos, envolvendo msica, arte e percusso. o tambor, revestido de esperana social. show, samba, carnaval -No Brasil, o xtase da magia dos tambores acontece no carnaval, em bailes, blocos e nas escolas de samba. E a, uma comparao inevitvel: se a escola um grande organismo vivo, a bateria funciona como um corao, que pulsa para dar ritmo e compassar o desfile. Surdos, caixas, pandeiros, tamborins, cucas distribuem a vibrao e a energia necessria para a evoluo de todos os componentes.Na histria do carnaval, verdadeiros maestros comandaram grandes baterias. Nomes como Maral, da Portela, Andr, da Mocidade, e Louro, do Salgueiro, fizeram jus ao ttulo de Mestre. Durante mais de oitenta anos, eles e seus discpulos garantiram o andamento e sustentaram o ritmo para no deixar ningum parado na avenida.No Salgueiro, grandes mestres comandaram a bateria da escola, conhecida como Furiosa. Mas nenhum deles foi como Mestre Louro. Durante 31 anos, Lourival de Souza Serra esteve frente da Furiosa. De terno branco, apito na boca, um largo sorriso e o velho basto na mo para compassar as batidas do corao salgueirense.Salve o Mestre do Salgueiro!ROTEIRO DO DESFILEABERTURA O TAMBORComisso de FrenteNO PRINCPIO ERA O TAMBOR...

1 Casal de Mestre Sala e Porta BandeiraRonaldinho e Gleice SimpatiaA ESSNCIA DO TAMBOR

Grupo - Guardies do 1 Casal deMestre Sala e Porta BandeiraGUARDIES DA DANA SAGRADA

Destaque de ChoREVERNCIA AO TAMBOR

Ala 01 Ala da ComunidadeMACULEL

Carro 01 Abre AlasTAMBORES DA ACADEMIA

1 SETOR TAMBOR PRIMITIVOAla 02 Ala dos EstudantesTOQUES PRIMITIVOS

Ala 03 Ala da ComunidadeTRONCOS

Ala 04 Ala da ComunidadePELES

Destaque de ChoINSTINTO PRIMITIVO

Carro 02ESSNCIA RITUAL

2 SETOR TAMBOR AFRICANOAla 05 Velha Guarda (dois figurinos)SACERDOTES

Ala 06 Ala das BaianasRAINHAS AFRICANAS

Ala 07 Ala da ComunidadeRITUAL AFRICANO

Ala 08 Ala FuracoDANA TRIBAL

Destaque de ChoPRINCESA AFRICANA

Carro 03RAZES MSTICAS DO TAMBOR

3 SETOR A BATIDA UNIVERSALAla 09 Ala Arrepia SalgueiroTAMBOREONES

Ala 10 Ala do LalZARB - RABES

Ala 11 Ala Com Jeito VaiXAMS

Ala 12 Ala ZukDAMARU - INDIANOS

2 Casal de Mestre Sala e Porta BandeiraDaniel e LuanaSONS DA CHINA

Ala 13 Ala Eterna MagiaMARCHA DOS SAMURAIS

TripTAIKO: O TOQUE JAPONS

4 SETOR TAMBORES SAGRADOSAla 14 Ala da ComunidadeCONSAGRAO DOS ORIXS

Rainha da BateriaDEVOTA TENTAO

Ala 15 BateriaOGS

Ala 16 Ala de PassistasMAGIA E MOVIMENTO

Ala 17 Ala da ComunidadeEVOCAO A XANG

Carro 04SAGRAO AOS DEUSES

5 SETOR BATUQUE DAS TRS RAASAla 18 Ala Fina EstampaCABOCLINHO

Ala 19 Ala InflasalREISADO

Ala 20 Ala Raa SalgueirenseCONGADA

Ala 21 Ala da ComunidadeFESTA DO DIVINO

Ala 22 Ala NarcisaIJEX

Ala 23 Ala da ComunidadeBATUCADA DO BOI-BUMB

Destaque de ChoNDIA GUERREIRA

Carro 5NA CADNCIA DOS BUMBS

6 SETOR O BRASIL BATE TAMBORAla 24 Ala dos CompositoresMARUJADA

Ala 25 Ala TatiBUMBA-MEU-BOI

Ala 26 Ala das BaianinhasTAMBOR DE CRIOULA

Ala 27 Ala da ComunidadeMARACATU

Ala 28 Ala da ComunidadeZABUMBA

Destaque de ChoCALDEIRO DE RITMOS

Carro 06NO FOLCLORE, A HERANA

7 SETOR TAMBOR CONTEMPORNEOAla 29 Ala Pura SimpatiaBONGS

Ala 30 Ala Show de BolaROCK AND ROLL

Ala 31 Ala da ComunidadeOLODUM O TOQUE DO PELOURINHO

Ala 32 Ala da ComunidadeTIMBALADA O SOM DO CANDEAL

Destaque de ChoCALDEIRO DE RITMOS

Carro 07ELETRIZANTE BATUQUE DAS RUAS

8 SETOR TOQUE DE MESTREAla 33 - Ala da ComunidadeZ PEREIRA

Ala 34 Ala da ComunidadeCOURO DE GATO

Ala 35 Ala Paixo SalgueirenseBATERIA NOTA 10!

Ala 36 Ala da ComunidadeFURIOSA

Destaque de ChoGATA FURIOSA

Carro 08BATUQUEIROS

Ficha TcnicaAlegorias

Criador das Alegorias (Cengrafo):Renato Lage

NNome da AlegoriaO que Representa

01TAMBORES DA ACADEMIAO Salgueiro convoca componentes e pblico para cair no samba ao som dos seus tambores. A alegoria uma reverncia aos tambores e sintetiza o elo entre passado e futuro, com elementos tribais em meio a um trabalho de ferragem em formas curvas e iluminao especial para ilustrar o som vigoroso dos seus instrumentos de percusso. Em uma das faces, os tambores apresentam um desenho africano, que representa a profunda identificao da escola com a cultura negra. Na outra face, surge o smbolo do Salgueiro, que apresenta um pandeiro, um surdo de barrica e um tamborim quadrado, tpico da dcada de 1950. a marca de uma escola que ostenta o tambor no prprio pavilho e que tem na bateria furiosa um dos seus maiores orgulhos.Destaque: Louise Duran Batuque em vermelho e brancoPerformance:Trupe batuqueiraGrupo de Apoio:Fanfarra

02ESSNCIA RITUALAo viverem essencialmente da caa, os povos primitivos retiravam das feras que viviam nas matas o seu alimento. Depois de matarem o animal, esquentavam e esticavam o couro em grandes troncos de rvores. Eles acreditavam que o som produzido era o choro do animal sacrificado. Do remorso pela morte da presa, surgiram o que podemos considerar como o primeiro sentimento religioso e tambm os primeiros cdigos de comunicao entre as tribos primitivas, marcados pela sequncia de batidas no instrumento. O tambor , portanto, a primeira lngua do homem. A partir desse conceito, a segunda alegoria traz para a avenida a cena de homens pr-histricos produzindo os sons ancestrais em meio a uma viso surrealista, presente nos couros de animais que serviram para revestir os primeiros tambores. Formas, de animais, que, esticadas, se deformam para se transfomar em outra forma: os tambores.Destaque: Maurcio Pina Ritos PrimitivosSemi-Destaques:Flvia Novello e Viviane Vidal Guerreiras Pr-HistricasComposies Homens e mulheres primitivosComposies Masculinas (cho):CaadoresPerformance: Primeiros batuqueiros

03RAZES MSTICAS DO TAMBORA grande importncia dos tambores nas culturas africanas destaque na alegoria, que traz elementos e smbolos tradicionais da frica tribal. Em cerimnias e rituais aos deuses cultuados por diversos povos do continente negro, o toque do tambor simboliza a ligao entre o plano terreno e o espiritual. Esse poder de mediao confere ao tambor um carter mstico por meio da evocao de divindades em toques ritmados e danas em louvor aos deuses. Esculturas que se abaixam para reverenciar os tambores; adornos, peles e totens do o tom ritualstico e representam a espiritualidade e o respeito aos cultos ancestrais de diversos povos africanos.Destaque: Flvio Melo frica RitualComposies Femininas:ZebrasPerformance:Sons da fricaPersonagem:Griot (Djalma Sabi)

*TAIKO: O TOQUE JAPONS(TRIP)Para acompanhar a Marcha dos Samurais, o Salgueiro traz o Taiko, o grande tambor japons. Presente h mais de 15 sculos na cultura da Terra do Sol Nascente, o Taiko feito com um tronco de madeira cavada e peles de animais (geralmente de vaca) esticadas dos dois lados. Pode ser tocado com as mos ou com baquetas (bachi), mas sempre com muito vigor, o que exige do tocador a habilidade rtmica e o preparo fsico para sustentar as batidas e obter o som satisfatrio. Utilizado em festividades xintostas, eventos budistas e na msica japonesa, o Taiko tambm serviu para motivar as tropas japonesas nos campos de batalha do Japo feudal e marcar o passo na marcha e os avanos contra os inimigos de guerra.

04Sagrao aos DeusesO tambor est presente em diversas manifestaes religiosas, mas nos cultos de origem africana que sua presena se impe com mais fora. Os atabaques chegaram ao Brasil trazidos por negros escravizados. Nos terreiros de Umbanda e Candombl, so utilizados oRum, Rumpi e L, que executam toques de acordo com o Orix a ser evocado. O som do tambor o condutor do Ax ao Orix, energia que evoca o poder da natureza e faz a ligao entre o plano terreno e o sobrenatural. A alegoria destaca os ogs, que dobram seus atabaques para a evocao aos deuses. O carro reverencia a luz de Oxal, pai de todos os orixs, e Xang, padroeiro do Salgueiro, representado pelo Ox, o sagrado machado de dois gumes. As esculturas das ias, inspiradas na obra do artista plstico Caryb, representam as filhas de santo louvando aos deuses nas cerimnias sagradas dos cultos de origem africana.Destaque:Maria Helena Cadar - EvocaoComposies Femininas:YasComposies Masculinas:OgsPersonagens:Mes de Santo

05Na Cadncia dos BumbsUm cenrio que remete ao Bumbdromo, arena onde se apresentam os Bois Garantido (de cor vermelha) e Caprichoso (azul), e transmite o encanto e magia do Festival Folclrico de Parintins, realizado em plena Floresta Amaznica. O carrro alegrico, em formato de tambores, que representam a Batucada (denominao dos batuqueiros do Boi Garantido) e a Marujada (como conhecida a bateria do Boi Caprichoso), ornado com um grande cocar e abriga figuras tpicas da festa, como os brincantes vestidos de ndios e ndias, Cunh-Poranga, a mulher mais bela da tribo, e os Bois, figuras centrais do folguedo.Destaque:Renata Veridiano e Danielle - Cunh-PorangaComposies Masculinas e Femininas: Brincantes do BoiPersonagens:Boi Parintins

06No Folclore, a HeranaNa sexta alegoria do Salgueiro, smbolos, adornos e elementos da cultura do Nordeste do pas se encontram para mostrar a riqueza de nosso folclore. Na parte central, est o plio, espcie de chapu-de-sol que protege a realeza no desfile do Maracatu; nas laterais, os bois da festa do Bumba Meu Boi, pera popular tpica do Maranho; nas gaiolas, os famosos bonecos de barro de Mestre Vitalino, arteso nascido em Caruaru (PE), representam cenas tpicas dos festejos nordestinos: o trio, formado por um zabumbeiro, um sanfoneiro e um tocador de tringulo e casais danando Forr. Para no ficar fora dessa festa, as composies se vestem de Cangaceiros para danar o Xaxado, ritmo criado no agreste pernambucano pelos integrantes do Bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampio. Tambores e coroas, delicadas flores e fitas e as cores vibrantes das exuberantes manifestaes folclricas complementam a cena e do um toque a mais de brasilidade alegoria.Destaque:Monique Lamarque Nao MaracatuComposies Femininas:CangaceirasComposies Masculinas:Cangaceiros

07Eletrizante Batuque das RuasNo incio da dcada de 70, um trio eltrico diferente, em formato do avio Concorde, com linhas arquitetnicas arrojadas, alto-falantes por todos os lados e cercado por lmpadas coloridas, invadiu as carnavalescas ruas de Salvador. Era a Caetanave, batizada assim em homenagem a Caetano Veloso, por sua volta do exlio em Londres.O caminho diferente que se consagrou no carnaval baiano a inspirao do Salgueiro para sua stima alegoria. A mistura de caminho, trio eltrico e Concorde se transforma em uma viso alegrica e ps-moderna de um morro formado por latas, representao das comunidades carentes dos bairros do Pelourinho e do Candeal, em Salvador, e da favela carioca de Vigrio Geral. As mesmas latas que, um dia, pelas mos de instituies como os grupos de carnaval Olodum e Timbalada, e do Afroreggae, viraram instrumentos de incluso social para crianas e jovens. A percusso dos tambores de lata chegou a vrias comunidades no Brasil e virou esperana social pas afora.Destaque: Carlinhos Brown Cacique TimbaleiroSemi-Destaque:Cludia Santos Toda Menina Baiana Sabrina Andrade Garota CariocaComposies:Afrolata e Timbaleiros

08BatuqueirosUma homenagem s baterias de todas as escolas de samba e ao Mestre que por 31 anos comandou a bateria do Salgueiro, uma das mais premiadas do carnaval e orgulho de toda a nao vermelha e branca. Em sua ltima alegoria, o desfile traz para a avenida o homem que definiu o jeito salgueirense de tocar, fazendo referncia tambm s cores das bandeiras das escolas de samba, que se unem para reverenciar a figura de Mestre Louro. Entre os instrumentos de percusso, felinos e felinas lembram o couro usado para fazer os primeiros instrumentos. O carro tambm apresenta 22 ritmistas esculpidos em ferro e mistura a forma humana com o brilho metalizado dos tambores de uma bateria.Salve o Mestre do Salgueiro! a nossa homenagem a Lorival Serra, o nosso eterno Mestre Louro!Destaque:Ronaldo Barros O Couro vai ComerComposies:Felinas

Nomes dos Principais DestaquesRespectivas Profisses

Louise DuranEstudante

Ronaldo BarrosColorista

Monique LamarqueAtriz

Flvio MelloContador

Maria Helena CadarEmpresria

Maurcio PinaCabeleireiro

Renata VeridianoEstilista

Carlinhos BrownMsico

Local do Barraco:Rua Rivadvia Correa, 60 Barraco 8 - Gamboa, Rio de Janeiro RJ CEP 20.220-290.

Diretor Responsvel pelo Barraco:Anderson de Abreu

Ferreiro Chefe de Equipe:Alexandre Vieira (Xixi) e AdilsonCarpinteiro Chefe de Equipe:Edson Lima (Futica)

Escultor(a) Chefe de Equipe:-Pintor Chefe de Equipe:Gilberto

Eletricista Chefe de Equipe:Beto Kaiser e Alexandre Vieira (Xixi)Mecnico Chefe de Equipe:Antonio

Outros Profissionais e Respectivas Funes

Andr Cristal, Adalberto, Nanci e Rita- Decorao

Max- Movimentos

Orlando- Fibra

Erivelto e Renato- Batedor de placa

Rbson- Empastelao

Anderson de Abreu- Administrador do Barraco

IRC Technical Radiocomunicao Ltda- Radiocomunicao

Paulo, Adalto e Marcos- Portaria

Sandro- Servios Gerais

Jaqueline Duran- Almoxarife

Igor- Motorista

Leila e ngela- Cozinheira

Ubiratan- Brigada de Incndio

Daniel- Segurana

Ficha TcnicaFantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)Renato Lage

DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS

NNome da FantasiaO que RepresentaNome da AlaResponsvel pela AlaAno de Criao

*No Princpio Era o Tambor...Desde as mais remotas eras, num tempo em que ainda no existia o tempo, os homens cultuavam seus deuses. Atribuam a eles a explicao de fenmenos naturais e feitos hericos e fantsticos.To ancestral quanto o culto aos deuses est o TAMBOR, instrumento de ligao entre o plano terreno e espiritual, mediador entre homens e deuses, elemento de conexo entre passado e futuro.O tambor abre o desfile do Salgueiro trazido por quatorze integrantes. Eles representam uma tribo de homens pr-histricos em um ritual de adorao a um Deus futurista, a quem atribuem o poder sobre a vida e a morte.Da energia emanada pelo Deus, os componentes realizam movimentos que expressam fora e vigor. O toque do tambor a senha para unir futuro e passado e despertar na tribo seu instinto ancestral. O ritual de evocao revela o pavilho salgueirense, escola que possui no tambor a sua mais profunda matriz.E como primeira lngua do homem, evoca os nossos sentidos ancestrais. O tambor revela-se como a manifestao viva do corao do universo. A batida primordial que se fez cdigo, que se fez f e que se fez arte.Comisso de FrenteEscola1953

*A Essncia do TamborO primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira do Salgueiro conduz o pavilho da escola com uma fantasia que mistura desenhos africanos com traosfuturistas, revelando a essncia ristualstica da dana executada. A unio de formas traduz caractersticas tribais e contemporneasdo tambor, instrumento presente desde os primrdios, que marca a evoluo da humanidade.1 Casal de Mestre Sala e Porta BandeiraEscola1953

*Guardies da Dana SagradaRepresentam os espritos que guiam o bailado sagrado nas cerimnias tribais. Na abertura do desfile do Salgueiro, o pavilho, smbolo maior da escola, reverenciado por doze homens que fazem a guarda do primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira.Guardies do 1 Casal de Mestre Sala e Porta BandeiraEscola1953

01MaculelVai comear o baticum! O Salgueiro abre alas para celebrar os tambores, trazendo todo o vigor doMaculel, dana que mistura elementos africanos e indgenas. A unio entre passado e futuro est presente na fantasia, que traz elementos tribais e modernos, representando o elo entre a cultura tradicional dos povos primitivos e os toques dos tambores contemporneos. Os bastes de madeira que vo nas mos dos componentes marcam o ritmo do bailado guerreiro da ala, que desfila emoldurada pelos tambores do carro abre-alas.Ala da ComunidadeEscola1953

02Toques PrimitivosO tambor to ancestral quanto o prprio homem. Na pr-histria, os primeiros batuques serviam como mensagens enviadas distncia ou como instrumento de celebrao s divindades. Seja na comunicao entre os habitantes das aldeias primitivas, seja na mediao com o divino, ostoques primitivosdo tambor surgem como a primeira lngua do homem. Um elo entre o passado e o futuro.Ala dos EstudantesJoaquim Jaime Santos Fres Cruz1960

03TroncosDas rvores derrubadas por raios ou pelo prprio homem, formaram-se cilindros ocos de madeira que permitiram propagar o som com mais potncia, alcanando maiores distncias nos envios de mensagens entre as tribos primitivas.Ala da ComunidadeEscola1953

04PelesVivendo essencialmente da caa, as primeiras comunidades humanas enfrentavam as feras para se alimentar. Com aspelesretiradas dos animais, faziam vestes para se proteger do frio e as esticavam em troncos para produzir sons. Surgia o tambor, cujo ritmo das batidas formavam cdigos de comunicao entre as primeiras tribos.Ala da ComunidadeEscola1953

05SacerdotesNas cerimnias msticas em louvor aos deuses na frica, ossacerdotesdesempenhavam o papel de intermedirio entre os homens e as divindades. Vestidos para evocar os espritos ancestrais ao som do tambor, os integrantes da velha guarda do Salgueiro se incorporam ao enredo relembrando as tradies e costumes das naes do continente negro.Velha GuardaEscola Maria Aliano (Caboclinha)1953

06Rainhas AfricanasMuitas naes primitivas africanas tinham mulheres no comando. Eram sociedades matrilineares, ou seja, o poder poltico e espiritual se concentrava na figura feminina. Toda essa tradio ancestral est presente na Ala das Baianas, que traz na fantasia peles de animais, que remetem fora, coragem e bravura de soberanas que transmitiram todo o legado ancestral aos seus descendentes. O som do tambor era o chamamento de toda a tribo para ver suas rainhas desfilarem com garbo e imponncia. Uma tradio revivida no desfile do Salgueiro.Ala das BaianasEscola Maria da Glria Lopes de Carvalho (Tia Glria)1953

07Ritual AfricanoO toque do tambor dita o ritmo dos rituais africanos. Mscaras adornam os participantes das cerimnias em louvor aos deuses, que exibem danas exuberantes. O vigor dos movimentos mostra a fora e a vibrao dos povos da frica negro.Ala da ComunidadeEscola1953

08Dana TribalAo som do tambor, em danas e rituais, os negros executam uma parte essencial da vida das aldeias primitivas. Adornados com elementos da arte do continente africano, como mscaras, palhas e contas, compem uma celebrao em forma de arte que liga o homem ao seu estado interior, mantendo, porm, a caracterstica de manifestao coletiva do prazer da dana.Ala FuracoVilma Martorelli de Figueiredo1997

09TamboreonesNas batalhas em nome dos reinos do Ocidente, osTamboreonesmarcavam o avano das tropas sobre o territrio inimigo com seus toques precisos e ritmados. Nas guerras, executavam batidas que caracterizavam marchas, rufos e retiradas. Da a origem do nome caixa de guerra, que hoje designa um dos instrumentos vitais na bateria de uma escola de samba.Ala Arrepia SalgueiroAndr Vaz da Silva2006

10Zarb rabesInstrumento presente em praticamente todos os pases rabes, oZarb um tambor composto por um cilindro de madeira, sempre mais estreito na parte de baixo. A pele que cobre a caixa de cordeiro ou de cabrito, esticada por cordas. OZarb encontrado em festas populares, confraternizaes familiares, no campo e na cidade, e utilizado tambm em orquestras, onde, dependendo do pas, recebe outros nomes, como Tabla ou Dounbak.Ala do LalJaime Srhur1990

11XamsLderesespirituais com poderes mgicos e religiosos, osXamsse servem da capacidade de manter contato com espritos e divindades para curar os males do corpo e da alma. Presentes nas civilizaes pr-colombianas, osXamsso embalados pelo toque rtmico do tambor para viajar a outros mundos e invocar os espritos bons e afastar espritos malignos. O simbolismo por trs de seus trajes cerimoniais mscaras, penas e cocares -, representa o caminho entre os mundos material e espiritual.Ala Com Jeito VaiTarcisio Gonalves dos Santos1989

12Damaru IndianosTambor sagrado atribudo a Shiva, oDamaru um dos principais smbolos da cultura indiana. O pequeno instrumento de percusso tem a forma de uma ampulheta de duas faces. com o som doDamaruque Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dana. Segundo a crena hindu, Shiva silencia por um instante, para ajustar o som ou para achar um ritmo melhor e, ento, todo o universo se desfaz e s reaparece quando a msica recomea.Ala ZukRoberto de Vasconcellos Dias1999

*Sons da ChinaOs sons dos tambores da China esto presentes no mundo h mais de 3 mil anos. Na antiguidade, eram utilizados no somente nas atividades ritualsticas e nas danas, mas tambm na batalhas contra inimigos. Hoje, servem s orquestras de instrumentos tradicionais, peras e festas. E so as cores e desenhos das manifestaes populares do pas que esto presentes na roupa do segundo casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, que evolui, representando as danas milenares marcadas por instrumentos de percusso chineses.2 casal de Mestre Sala e Porta BandeiraEscola1953

13Marcha dos SamuraisNo Japo feudal, o tambor marcava o passo de manobras marciais executadas por guerreiros, os samurais. A palavra samurai significa aquele que serve, o que determina a relao de total obedincia ao seu senhor. Nas batalhas, a batida do tambor motivava os bravos samurais durante as campanhas pelas conquistas e restaurao de territrios.Ala Eterna MagiaBelizrio2009

14Consagrao aos OrixsA f que atravessou o Atlntico da frica para o Brasil encontra na batida do tambor a herana de uma crena ancestral nas divindades cultuadas no continente negro. O branco de Oxal representa a luz, a traquilidade e o poder supremo sobre a vida e o destino dos homens. Na cor est concentrada a energia dos orixs, consagrados no toque dos tambores do Salgueiro.Ala da ComunidadeEscola1953

15OgsO poder mgico dos tambores ganha mais fora nos terreiros de Umbanda e Candombl. l que osOgs, responsveis pelo toque nos atabaques, faz a ligao com os Orixs para expressar a consagrao espiritual. No desfile do Salgueiro, a Furiosa bateria do Salgueiro se veste de Og para, com seus tambores e seu ritmo quente, contagiar todos os componentes da escola.BateriaEscola Marco Antonio Silva (Mestre Marco)1953

16Magia e MovimentoUma das caractersticas mais marcantes dos cultos afro-brasileiros a dana. Na ginga do corpo, emanam alegria e oferecem aos deuses movimentos que ligam o terreno ao divino. So depositrios da memria africana que se materializa em cada passo, cada requebrado nascido das celebraes religiosas e transformadas em arte pelos passistas do Salgueiro.Ala de PassistasEscola Carlos Borges (Carlinhos Coregrafo)1953

17Evocao a XangPadroeiro da nossa Academia do Samba, a ala evoca Xang, orix da Justia, que se veste vermelho do fogo e o branco de Oxaluf (Oxal velho) para comandar na avenida seus sditos. O tambor dita o ritmo da dana ao deus de Oy, que no Rio de Janeiro encontrou morada nas pedras do morro do Salgueiro.Ala da ComunidadeEscola1953

18CaboclinhoContribuio folclrica herdadas dos ndios brasileiros, oCaboclinho uma dana que representa batalhas, religio, caadas e colheitas de nossos antepassados. Sua msica marcada por surdos e taris e a dana apresentada por vrios personagens, como cacique, capito, ndios, paj e caadores e curandeiro. Com suas roupas coloridas, ornadas com penas de aves e variados adereos, do a alma indgena a essa dana folclrica executada ao som de tambores ancestrais.Ala Fina EstampaCludio Azevedo2007

19ReisadoDe 24 de dezembro a 6 de janeiro, acontece uma das manifestaes folclricas mais ricas do pas: oReisado. Sua origem portuguesa, e teve incio no Brasil no sculoXIX. Aqui, virou uma manifestao recheada de histrias folclricas, mas manteve a essncia dos festejos natalinos que anunciam a chegada dos Reis Magos para contemplar o nascimento do menino Jesus. Usando seus trajes de cores quentes e enfeitadas com fitas coloridas e espelhinhos, os folies - pastores e pastoras, msicos, cantores e danarinos vo de porta em porta, anunciando a chegada do Messias, fazendo louvaes aos donos das casas, danando e recitando versos ao som do pandeiro e violo.Ala InflasalPaulo Soares da Silva Carvalho1989

20CongadaBailado popular, aCongada uma procisso que rene elementos das tradies tribais de Angola e do Congo. Animada por danas e cantos, a procisso acabava numa igreja (em geral, as de irmandades de negros) onde, com a presena de uma corte e seus vassalos, acontecia a cerimnia de coroao do Rei Congo e da Rainha Nzinga de Angola. Em seu cortejo, que se espalhou pelo Brasil de Norte a Sul, os participantes cantam e danam em festas religiosas ou profanas. Sua instrumentao varia em cada regio, mas h o destaque para os tambores da percusso, que estimulam muitos momentos de bailados vigorosos e manobras com bastes e espadas.Ala Raa SalgueirenseLuis Rogrio Cordeiro Moreira1989

21Festa do DivinoAFesta do Divinonasceu em Portugal no sculo XIV e uma das mais importantes da Igreja Catlica. So 10 dias de devoo religiosa e alegria profana para celebrar a descida do Esprito Santo sobre os discpulos de Jesus, 50 dias aps a Pscoa. Por promessa ou devoo, os catlicos, portando bandeiras com uma pombinha branca, smbolo do Divino Esprito Santo e elemento presente na fantasia, visitam residncias, de onde saem em procisso at a Igreja Matriz, para a celebrao de ladainhas. Folia, missas cantadas, danas tpicas, distribuio de doces, coroao do imperador, entre outros atos fazem parte da Festa. Entre os elementos mais importantes da Festa esto as caixeiras, senhoras devotas que cantam e tocam caixa acompanhando todas as etapas da cerimnia.Ala da ComunidadeEscola1953

22IjexUma das naes do candombl formada pelos escravos vindos da regio de Ilesa, na Nigria, o Ijex resiste atualmente nos terreiros da Bahia. Hoje, oIjex essencialmente um ritmo que se toca para Orixs, utilizando instrumentos (atabaques, agogs e xequers), trajes e msicas de inspirao africana. No Brasil, a fuso de elementos africanos aos fatores locais (portugueses e indgenas) originou, a partir do ritmo ijex, uma famlia de manifestaes culturais, cuja raiz comum lhes empresta uma similitude rtmica e coreogrfica. Ritmo suave, mas de batida e cadncia marcadas de grande beleza, no som dos tambores e na dana. Bela definio como diz a cano imortalizada na voz de Clara Nunes,Ijex: Revela a leveza de um povo sofrido/ De rara beleza/ Que vive cantando a profunda grandeza.Isso Ijex!Ala NarcisaLuiz Fernando Martins Kaden1990

23Batucada do Boi Bumb a orquestra de percusso que marca o andamento das toadas dos Bumbs. Em Parintins, no Amazonas, a Batucada do Boi Bumb mantm o ritmo cadenciado dos brincantes com seus tambores que reproduzem os toques tradicionais das tribos indgenas.Ala da ComunidadeEscola1953

24MarujadaA Ala de Compositores do Salgueiro representa uma das mais belas manifestaes do folclore do Par: aMarujada, espcie de quadrilha danada em roda, que acontece em homenagem a So Benedito. Participam homens e mulheres, que danam retumbo, chorado e mazurca, ritmos tpicos daMarujada.A dana, que traduz toda a alegria e seriedade do folguedo, compassada por tambores, grande e pequeno, cuca, pandeiros, rabeca, viola, cavaquinho e violino.Ala dos CompositoresEscola Celino Dias1953

25Bumba-Meu-BoiTradio que comeou no Nordeste no Sculo XVIII e se espalhou por vrios cantos do pas, oBumba-Meu-Boi composto por elementos das culturas europia, negra e indgena, em um auto que mistura teatro, dana, msica e circo. A prpria origem no nome bumba remete batida do tambor. A fantasia da ala demonstra a exuberncia da indumentria que traz chapus ornados com fitas coloridas e penas que enfeitam o brincante para sua dana ao ritmo frentico de instrumentos de percusso.Ala TatiJanete Ribeiro1997

26Tambor de CrioulaDana de origem africana, o Tambor de Crioula um dos rituais mais populares dos descendentes de negros no Maranho. uma celebrao em homenagem a So Benedito que mistura msica, dana, f e diverso. Em qualquer poca do ano, coreiros e coreiras renem-se em um crculo para festejar. Enquanto os homens tocam os tambores, as mulheres, representadas no desfile pela Ala das Baianinhas, danam, dando umbigadas com suas grandes saias rodadas e estampadas e colares. Toda a marcao da dana embalada por trs tambores rsticos, feitos manualmente e cobertos com couro de boi, veado, cavalo ou tamandu.Ala das BaianinhasEscola Jurema Maria de Souza (Jurema Caju)1953

27MaracatuManifestao cultural do folclore afro-brasileiro, o Maracatu surgiu no sculo XVIII para encenar a glria real da corte negra, reconstituindo a coroao dos reis do Congo. Aps a abolio da escravatura, o ritual ganhou as ruas, tornando-se um folguedo carnavalesco. No cortejo do Maracatu, esto presentes o rei e a rainha, acompanhados por toda a corte. Os instrumentos de percusso - tarol, caixas de guerra e as alfaias, grandes tambores de corda, de fabricao artesanal, cobertos por pele de bode ou de cabra - do o ritmo ao folguedo. No desfile do Salgueiro, a sempre colorida fantasia da corte do Maracatu uma reverncia ao Maracatu Elefante, um dos mais antigos do Brasil, fundado em 1800.Ala da ComunidadeEscola1953

28ZabumbaAo lado tringulo e da sanfona, o tum-tum-tum daZabumbaque marca o compasso das danas do forr - baio, xaxado e xote. Instrumento caracterstico dos ritmos nordestinos, aZabumba um tambor diferente de qualquer pea de bateria, surdo ou bumbo. Sob sua pele, h um abafador, que serve para retirar o excesso de harmonia na nota emitida pela vibrao da pele. Tudo para acompanhar um gostoso arrasta-p.Ala da ComunidadeEscola1953

29BongsA origem dobong discutida entre egpcios, marroquinos e indianos, mas o que ningum duvida que o instrumento se tornou conhecido mundialmente na Amrica Latina, na dcada de 40. Foi l que virou smbolo dos novos ritmos que surgiram a partir da mistura entre a contradana francesa (levada pelos espanhis) e os tambores e cnticos dos escravos. Uma fuso que deu origem a um sem nmero de ritmos e manifestaes musicais do diversificado cardpio oferecido por latino americanos: cumbia, salsa, merengue, conga, rumba, ch-ch-ch, mambo. Composto por dois pequenos tambores unidos e tocados ao mesmo tempo, obongproduz, ao mesmo tempo, sons graves e agudos, que refletem toda a expresso de cor, magia e alegria dacalientemsica latina.Ala Pura SimpatiaRegina Celi Fernandes Duran2008

30Rock and RollProduto da alquimia dos negros norte-americanos, que, na dcada de 50, misturaram trs gneros musicais -rhythm andblues,countryejazz, oRock and Rollsurgiu para dominar o mundo. De Chuck Berry a Madonna, de Elvis Presley a Michael Jackson, oRock and Rollse dividiu em diversos sub-gneros e virou pop, ou, simplesmente, Rock. Guitarras e baixos esto presentes, mas em sua batida, no pode faltar a bateria, um conjunto de tambores que do alma poderosa e rebelde msica, capaz de mudar comportamentos e influenciar geraes. No carnaval do Salgueiro, o Rock representado pelo Kiss, banda formada por homens com pinturas nos rostos que personificam a fantasia, o som e a atitudeRock and Roll.Ala Show de BolaLuiz Augusto Lage Duran2001

31Olodum O Toque do PelourinhoCriado como bloco de carnaval, oOlodum, palavra de origem iorub, que significa "Deus dos Deuses", mudou seu discurso e passou a ter uma postura mais engajada em questes como a valorizao da cultura negra e de transformao social de crianas e jovens carentes do Pelourinho, bairro base do grupo, em Salvador. Com seus tambores, sua msica e um conjunto de programas sociais bem sucedidos, como a Escola Criativa Olodum, o grupo conquistou o mundo. As cores doOlodum(e da fantasia) so as cores do Pan-africanismo e da dispora africana e simbolizam as florestas (verde), o sangue (o vermelho), o ouro da frica (amarelo) e o orgulho da raa (preto).Ala da ComunidadeEscola1953

32Timbalada O Som do CandealA revoluo sonora daTimbaladacomeou no final da dcada de 80. Inspirado por elementos cotidianos, como panelas, baldes e latas, e tambores, como atabaques e timbaus, Carlinhos Brown, criador do grupo, promoveu a valorizao de estticas populares e africanas por meio da msica. Deu to certo que aTimbaladafoi alm. Hoje, a trupe timbaleira desenvolve vrios projetos sociais, entre eles a banda mirim Lactomia e a Escola Pracatum de Msica para jovens e crianas carentes de Salvador, em especial do bairro do Candeal. A fantasia representa a pintura dos corpos dos integrantes daTimbalada, inspirada na cultura indgena, e o grande cocar de palha usado em shows por Carlinhos Brown.Ala da ComunidadeEscola1953

33Z PereiraUm dos cones dos festejos de Momo o sapateiro portugus Jos Nogueira de Azevedo Paredes, que ficou conhecido comoZ Pereira. Segundo historiadores, foi o gajo que, na dcada de 1850, passou a animar a folia das ruas do Rio de Janeiro ao som de seu bumbo. Virou smbolo do carnaval e, at incio do sculo XX, seu nome era associado a qualquer tipo de manifestao carnavalesca.Ala da ComunidadeEscola1953

34Couro de GatoUm dia l no morro, pobre de mim. Queriam minha pele para tamborim. Reza a lenda que o sambista carioca descobriu que ocouro de gatoservia muito bem para encourar seus tamborins. Tal qual na pr-histria, o couro dos bichanos era esquentando para forrar o instrumento, cujo toque at hoje se destaca na bateria das escolas pelos desenhos criados em cima da melodia do samba.Ala da ComunidadeEscola1953

35Bateria Nota 10!Quesito Bateria: dez! Nota dez!. O corao da escola explode de alegria ao ver recompensado o resultado de meses de ensaio. Ainda mais quando, alm da nota mxima, a bateria conquista os cobiados prmios do carnaval carioca. a consagrao daquilo que uma escola de samba tem de primordial, ou seja, o som sagrado dos seus tambores. A fantasia banha de ouro a glria dos Mestres de todas as escolas, em especial dos Mestres do Salgueiro, que comandaram tantos desfiles e fizeram da Bateria da Academia uma das melhores do carnaval carioca. A eles, a nossa nota dez!Ala Paixo SalgueirenseAndr Vaz da Silva1999

36FuriosaUns dizem que o nome surgiu na dcada de 50, quando a bateria descia o Morro do Salgueiro para o desfile e o povo dizia: l vem aFuriosa. Outros contam que o apelido vem das dcadas de 60 e 70, quando a bateria do Salgueiro passava na avenida, deixando as arquibancadas com gosto de quero mais. A origem do nome no importa. O certo que o apelido pegou e a bateria do Salgueiro at hoje conhecida comoFuriosa. A fantasia da ala - vermelha e branca, com detalhes que representam os tambores da bateria presentes no smbolo do Salgueiro: pandeiro, surdo de barrica e um tamborim quadrado - uma homenagem a essa bateria, de ritmo firme, temperado com o mais puro molho do samba do Morro do Salgueiro.Ala da ComunidadeEscola1953

Local do Atelier:Rua Rivadvia Correa, 60 Barraco 8 Gamboa, Rio de Janeiro RJ CEP 20.220-290.

Diretor Responsvel pelo Atelier:Diretoria de Carnaval

Costureiro(a) Chefe de Equipe:ArleteChapeleiro(a) Chefe de Equipe:Paulo Caetano

Aderecista Chefe de Equipe:Paulo CaetanoSapateiro(a) Chefe de Equipe:Gomes

Outros Profissionais e Respectivas Funes

Outras informaes julgadas necessrias

No carnaval de 2009, o Salgueiro vai doar cerca de 2.600 roupas para sua comunidade (entre alas da escola - bateria, passistas, baianas, Velha Guarda, compositores -, alas da comunidade dos morros do Salgueiro, Andara, Coria e Rua Silva Teles, composies e casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira). Dessas, mais de 2.000 roupas foram confeccionadas no ateli da escola, na Cidade do Samba.

.: Abre-Alas - Carnaval 2009 / Resoluo Mnima 800x600 :.

Ficha TcnicaSamba-Enredo

Autor(es) do Samba-Enredo:Moiss Santiago, Paulo Shell, Leandro Costa e Tatiana Leite

Presidente da Ala dos Compositores:Celino Dias

Total de Componentes da Ala dos CompositoresCompositor mais Idoso(Nome e Idade)Compositor mais Jovem(Nome e Idade)

106(cento e seis)Djalma Sabi84 anosBruno Caiero24 anos

Outras informaes julgadas necessrias

O som do meu tambor ecoa, ecoa pelo ar

E faz meu corao, com emoo, pulsar!

Invade a alma, elucina

vida, fora e vibrao!

Vai meu Salgueiro... Salgueiro

Esquenta o couro da paixo

Ressoou da natureza

Primitiva comunicao!

Da frica, dos nossos ancestrais

Dos deuses, nos toques rituais

Nas civilizaes, cultura,

Arte, mito, crena e cura

Tem batuque, tem magia. Tem ax!BIS

O poder que contagia quem tem f!

Na ginda do corpo, emana alegria

Desperta toda energia

No folclore a herana

No canto, na dana,

festa, popular!

Seu ritmo encanta, envolve, levanta

E o povo que danar!

de lata, da comunidade,

Batidas que fascinam

Esperana social, transforma, ensina!

Ao mundo deu um toque especial

show, samba, carnaval!

Vem no tambor da Academia,BIS

Que a Furiosa bateria vai te arrepiar!

Repique, tamborim, surdo, caixa e pandeiro

Salve o Mestre do Salgueiro

O enredo no sambaO samba do Salgueiro para o Carnaval 2009 traduz fielmente a proposta e a cronologia do enredo Tambor. Com uma melodia cadenciada e uma letra de fcil assimilao, de uma poesia quase minimalista, mas sem implicar na qualidade da mensagem a ser passada, o samba-enredo composto pelo quarteto Moiss Santiago, Paulo Shell, Leandro Costa e Tatiana Leite consegue transmitir de forma clara e objetiva o enredo da escola.O som do meu tambor ecoa, ecoa pelo arE faz meu corao, com emoo, pulsar!Invade a alma, alucina vida, fora e vibrao!Vai meu Salgueiro... SalgueiroEsquenta o couro da paixoOs primeiros versos do samba mostram a representatividade do tambor, protagonista do enredo do Salgueiro. Tal e qual a abertura do desfile do Salgueiro, o tambor evocado como instrumento que faz pulsar nossos coraes, que invade corpo e alma com fora e vibrao.

Ressoou da naturezaPrimitiva comunicao!Seguindo o desenvolvimento do enredo, as frases seguintes do samba citam os primeiros sons, que ressoaram da natureza de rvores e animais , quando os homens pr-historicos comearam a bater com mos e galhos nos troncos ocos das rvores, e depois nas peles de animais esticadas sobre os troncos. Os primeiros tambores logo virariam instrumentos para comunicao, a primitiva lngua dos humanos.

Da frica, dos nossos ancestraisDos deuses, nos toques rituaisBero da humanidade, o continente africano tambm o local de onde o tambor traz suas mais fortes referncias. Utilizados em rituais de canto e de dana como complemento tradio oral de transmisso da cultura, os tambores serviam tambm como instrumento de mensagens espirituais no culto aos deuses e ancestrais africanos.

Nas civilizaes, cultura,Arte, mito, crena e curaDa frica o tambor se espalhou para o mundo. Pela facilidade de construo e simplicidade de execuo, os tambores so encontrados em diversas civilizaes, servindo de instrumento para as msicas, ritos, crena e cura do corpo e da alma de cada povo.

Tem batuque, tem magia. Tem ax!O poder que contagia quem tem f!Na ginga do corpo, emana alegriaDesperta toda energiaRevestidos de uma funo mgica, os tambores so utilizados em diversos rituais religiosos, principalmente nas religies afro-brasileiras. Atravs de msica e da dana, o poderoso toque dos tambores traz em si a magia de nos conectar com os Deuses e como forma de manter contato com os espritos de nossos antepassados. Um poder que contagia quem tem f.

No folclore a heranaNo canto, na dana, festa, popular!No Brasil, todo mundo bate tambor. Os primitivos tambores indgenas se juntaram aos tambores africanos e de outras civilizaes para formar nossa cultura, relacionando-se com a religio e com a msica, para acompanhar o canto e marcar a cadncia das danas. Utilizados nas mais diversas manifestaes folclricas, os tambores esto presentes nas danas dramticas dos folguedos e nas danas e ritmos brasileiros.

Seu ritmo encanta, envolve, levantaE o povo quer danar!Os troncos de rvores se revestiram de modernidade e acompanharam o surgimento de novas variaes musicais, como os ritmoscalientes,da saborosa msica latino americana, e o Rock n Roll, que fizeram o mundo danar.

de lata, da comunidade,Batidas que fascinamEsperana social, transforma, ensina!Os tambores, que j serviram comunicao, religio, msica, passaram a ser usados tambm como instrumentos de incluso social. Latas, baldes e bacias se aliaram aos atabaques, timbaus e outros tambores para dar esperana a crianas e jovens de comunidades carentes. O baticum vira esperana social, para transformar vidas.

Ao mundo deu um toque especial show, samba, carnaval!Vem no tambor da Academia,Que a Furiosa bateria vai te arrepiar!Repique, tamborim, surdo, caixa e pandeiro,Salve o Mestre do SalgueiroA magia dos tambores est presente no carnaval, em blocos e nos desfiles das escolas de samba, cujas baterias so verdadeiras orquestras. Caixas, repiques, pandeiros, surdos e tamborins e do ritmo folia no show do carnaval. No Salgueiro, que traz em seu smbolo, de forma circular, semelhante a um tambor, quatro instrumentos, sendo trs, tambores - pandeiro, surdo de barrica e tamborim quadrado quem d o show a Furiosa, apelido da bateria da escola, que durante 31 anos foi comandada por Mestre Louro. Salve o Mestre do Salgueiro!

Ficha TcnicaBateria

Diretor Geral de Bateria:Mestre Marco (Marco Antonio da Silva)

Outros Diretores de Bateria:Rog (Roger de Souza), Macarro (Carlos Alberto Carvalho), Marco de Moraes (Marcos Ferreira dos Santos), Vando (Evandro de Souza), Klber Baslio, Emilson Matos, Luis Carlos Irineu, Perereca (Andr Luis da Silva), Antonio Jos, Clair Silva Baslio e Marcelo de Oliveira.

Total de Componentes da Bateria:286 (duzentos e oitenta e seis) ritmistas

NMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS

1 Marcao2 Marcao3 MarcaoReco-RecoGanz

10121300

CaixaTarolTamborimTan-TanRepinique

5767361133

PratoAgogCucaPandeiroChocalho

0016023

Outras informaes julgadas necessrias

Outros instrumentos utilizados pela bateria do Salgueiro- 06 (seis) Timbaus- 02 (dois) Alfaia (tambor utilizado no Maracatu)A Bateria do Salgueiro- Pelas mos dos ritmistas da bateria, o som invade a cena. hora de o corao bater mais forte, pulsar na batida do surdo. A melodia ganha forma nos desenhos dos tamborins. O molho preparado com caixas de guerra, cucas, taris, chocalhos, tamborins e repiques. o reencontro com a magia do batuque, essa herana musical que nos identifica, mexe com o nosso corpo e ganha nosso esprito.

No se preocupe se, de repente, os braos comearem a mexer e as pernas pedirem para danar, num impulso incontrolvel. Aproveite. O suingue da bateria conquistou voc! o momento que o corpo se deixa embalar num ritmo alucinante e vibra na mais intensa alegria.O sangue que corre nas veias dos ritmistas muitas vezes escorre pelo instrumento, numa verdadeira prova de amor escola e ao samba, servindo de trilha sonora e tomando ares de protagonista no maior espetculo da Terra. o resgate do som dos deuses afro-brasileiros que se derrama pela pista num grande ritual de celebrao vida.Dentre essas verdadeiras orquestras, destacamos a bateria do Salgueiro, uma das mais premiadas do carnaval carioca. So nada menos que oito Estandartes de Ouro, o mais recente deles no carnaval de 2008, que tornaram a escola a principal vencedora no quesito bateria.Esse ttulo da Furiosa do Salgueiro, comandada, ao longo dos anos, por gente como Dorinho, Tio da Alda, Bira, Branco Ernesto, Almir Guineto, Arengueiro, Man Perigoso, Louro e Marco.Esse o nosso ritmo!O Mestre Nascido e criado no morro do Salgueiro, onde mora at hoje, Marco Antnio da Silva, o Mestre Marco, 41 anos, o comandante da bateria Salgueiro, a Furiosa, detentora de vrios prmios e consagrada pela batida firme e cadenciada. Marco comeou a tocar no bloco Moleque Tu, que congregava as crianas do morro. Anos depois, passou a desfilar na bateria da escola mirim Alegria da Passarela, a precursora da atual Aprendizes do Salgueiro. Cada vez mais ntimo da batida do samba, Marco ingressou na bateria da vermelho e branca, tocando tarol, repique e surdo. O bom ouvido e a disciplina chamaram ateno da diretoria da escola e em 1999, Marco foi convidado para uma das diretorias da Furiosa. Aps anos de aprendizado e tendo desenvolvido uma boa relao de liderana e amizade junto aos ritmistas, Marco assumiu em setembro de 2004 o apito da bateria que tanto admirava desde os tempos do Moleque Tu.Sua misso dar continuidade ao ritmo firme, que sempre caracterizou a agremiao, temperando a batida com o mais puro molho do samba do morro do Salgueiro. Em 2008, Marco teve seu talento reconhecido pelos jurados, conquistando as quatro notas 10, e do Estandarte de Ouro, o primeiro que recebeu a frente da Furiosa.Para comandar os286ritmistas da escola, Mestre Marco conta com o auxlio de Apoio de Bateria, diretores que o ajudaro na entrada e sada dos boxes destinados bateria das escolas e levaro peas (baquetas) sobressalentes. Marco contar ainda com seus diretores - Rog, Macarro, Marco de Moraes, Vando, Klber, Emilson, Luis Carlos, Perereca, Antonio Jos, Clair e Marcelo. - para mostrar ao pblico o ritmo firme, temperado com o mais puro molho do samba do morro do Salgueiro.FantasiasBateria Ogs O poder mgico dos tambores ganha mais fora nos terreiros de Umbanda e Candombl. l que os Ogs, responsveis pelo toque nos atabaques, faz a ligao com os Orixs para expressar a consagrao espiritual. No desfile do Salgueiro, a Furiosa bateria do Salgueiro se veste de Og para contagiar, com seus tambores e seu ritmo quente, todos os componentes da escola.Rainha de Bateria Viviane Arajo Devota Tentao

Ficha TcnicaHarmonia

Diretor Geral de Harmonia:Comisso, formada por Alda Anderson Alves, Andr Luis Soares (Rambo), Antonio Augusto do Nascimento Romero (Sivuca), Jomar Casemiro (J), Jorge Dias e Siromar de Carvalho da Silva (Siro).

Outros Diretores de Harmonia:Abrao Mota Alves, Alexandre Couto Leite, Antonio Carlos Pires, Armendo Lyra da Silva (Armandinho), Carlos Eduardo Daniel, Claudio Alves, Fagney Lins da Silveira, Jairo Pereira da Silva, Joo Batista Costa, Joo Carlos Amaral Carneiro, Joelmo Casemiro (Elmo), Jomilson Casemiro, Jorge Caduza, Jorge Cludio Marambaia, Jos Carlos Pereira, Jos Luiz de Souza Costa, Jurema Maria de Souza, Loureno Lcio Ananias de Souza, Luiz Cludio Faria, Luiz Fernando Almeida Pessoa, Luiz Onofre Silva, Marcelo Guimares de Assis, Marcelo Marques da Silva, Marco Antonio Alves Pacheco, Mauro da Silva Casemiro, Nilo Srgio Coutinho, Orlando Lyrio Eugnio (Limo), Osmar Francisco (Mazinho), Paulo Rogrio Gomes Ferreira (Gargalo), Renato Silva do Desterro, Rodrigo Nascimento Beltro, Srgio Luiz da Costa Aguiar, Thiago Carvalho e Waldir dos Santos Neves (Dida).

Total de Componentes da Direo de Harmonia:40 (06 diretores gerais e 34 diretores de harmonia)

Puxador(es) do Samba-Enredo:Oficial: Melquisedeque Marques (Quinho)Auxiliares: Celino Dias, Leonardo Bessa, Eduardo Dias, Pedrinho Cassa e Feitio.

Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo

Cavaco Caio; Cavaco Tico-Tico; Violo de Sete Cordas Edinho

Outras informaes julgadas necessrias

Harmonia Os preparativos para o Carnaval de 2009 comearam com a formao de uma Comisso de Harmonia, formada por Alda, Andr, J, Jorge, Siro e Sivuca. Em conjunto, os seis integrantes da Comisso prepararam os 1.500 componentes das Alas de Comunidade, alm de outros 1.100 componentes das alas da escola Passistas, Baianas, Velha Guarda, Compositores, e composies de carros alegricos - em ensaios tcnicos realizados s quartas-feiras e domingos, num total de 36 ensaios. Em dezembro, janeiro e fevereiro, o Salgueiro realizou ainda trs ensaios tcnicos na Avenida Marqus de Sapuca, para simulaes de apresentao de Comisso de Frente, Mestre-Sala e Porta-Bandeira e Bateria para cabine de julgadores, e entrada e sada da Bateria dos boxes. Nesses ensaios, os 40 diretores de harmonia, junto com diretores de outros departamentos da escola, ajustaram o entrosamento do canto de todos os componentes com o ritmo do samba-enredo da escola. Todos os segmentos da escola, entre alas da escola, de comunidade e comerciais da escola estiveram presentes, contribuindo para o trabalho de harmonia da escola.O Intrprete Quinho iniciou sua carreira em 1976, como puxador do bloco Boi da Freguesia (atual escola de samba Boi da Ilha do Governador). Nove anos depois, j era a voz principal da Unio da Ilha do Governador. Mas a grande identificao do irreverente Quinho foi no Salgueiro, onde chegou em 1991. Na escola, cantou o inesquecvel Peguei um Ita no Norte, de 1993, ajudando o Salgueiro a conquistar o ttulo do carnaval. De l pra c, o "irrequieto" Quinho s esteve fora da escola em quatro carnavais: 1994, 2000, 2001 e 2002. Desde 2003, a cada entrada na avenida, a torcida salgueirense pode ouvir novamente, na Marqus de Sapuca, a voz de Quinho, com o j tradicional grito de guerra: "Aaaaaaaarrepiaaaa Salgueiro! Pimba, pimba. Ai, que lindo! Que lindo!".Responsvel pelo carro do som:Celino Dias

Ficha TcnicaComisso de Frente

Responsvel pela Comisso de Frente:Hlio Bejani

Coregrafo(a) e Diretor(a):Hlio Bejani

Total de Componentes daComisso de FrenteComponentes FemininosComponentes Masculinos

15(Quinze)015(Quinze)

Outras informaes julgadas necessrias

Histrico do Quesito Comisso de FrenteA origem das Comisses de Frente inspirada nas Grandes Sociedades, quando eram representadas por um grupo de homens montados a cavalo e vestidos a carter, com casacas e cartolas, e que desfilavam na frente das alegorias saudando o pblico.A idia de levar a Comisso de Frente para os desfiles das escolas de samba foi dos dirigentes da Portela. Em 1938, quando passou a fazer parte do regulamento oficial, somente a participao de homens era permitida. Na poca, sua formao era composta exclusivamente por pessoas da comunidade, pela diretoria da escola, por patronos da agremiao ou por sambistas mais idosos.Com o passar dos anos, sua funo, de saudar o pblico, pedir passagem e apresentar a escola aos julgadores no mudou. Mas sua formao foi se modificando ao longo do tempo: saram os membros das escolas, trajados de fraque e cartola, e entraram os bailarinos, grupos circences, artistas ou mesmo membros da comunidade, desde que exaustivamente ensaiados para a realizao de elaboradas coreografias.Atualmente, a abertura do desfile de cada escola feita pelas Comisses de Frente de extrema importncia para a difcil misso de apresentar a agremiao, no primeiro momento de contato com o pblico da Sapuca, e desbravar a pista de desfile, abrindo caminho para sua escola passar.Nossa reverncia aos artistas que fizeram a abertura dos espetculos do Salgueiro na avenida!Essa a nossa Comisso de Frente!Comisso de Frente para o carnaval 2009No princpio era o tambor...Desde as mais remotas eras, num tempo em que ainda no existia o tempo, os homens cultuavam seus deuses. Atribuam a eles a explicao de fenmenos naturais e feitos hericos e fantsticos.To ancestral quanto o culto aos deuses est o TAMBOR, instrumento de ligao entre o plano terreno e espiritual, mediador entre homens e deuses, elemento de conexo entre passado e futuro. A batida primordial que se fez cdigo, f e arte.O tambor abre o desfile do Salgueiro trazido por quatorze integrantes que representam uma tribo de homens pr-histricos em um ritual de adorao a um Deus futurista, a quem atribuem o poder sobre a vida e a morte.Da energia emanada pelo Deus, os componentes desenvolvem movimentos que expressam fora e vigor. O toque do tambor a senha para unir passado e futuro, num ritual de evocao que revela o pavilho salgueirense, escola que possui no tambor a sua mais profunda matriz.E como primeira lngua do homem, evoca os nossos sentidos ancestrais. O tambor revela-se como a manifestao viva do corao do universo.O Coregrafo -Paulista de Piracicaba, Hlio Bejani mora no Rio de Janeiro h 23 anos. Atualmente coordenador do corpo de baile do Theatro Municipal, onde foi primeiro bailarino e coordenador da Orquestra Sinfnica. No carnaval, Bejani foi componente da comisso de frente da Unio da Ilha em 1991, ano em que a escola tricolor homenageou o compositor Didi. Em 2004, iniciou o trabalho coreogrfico do casal de mestre-sala e porta-bandeira da Mangueira, Marquinhos e Geovana. Foi assistente da bailarina e coregrafa Ana Botafogo na Mocidade Independente em 2006. No ano seguinte, exerceu a mesma funo na Vila Isabel.Em 2008, foi convidado pelo Salgueiro para assumir o comando da comisso de frente da escola. Com um trabalho baseado na unio entre a dana e o teatro, e contando com uma equipe formada pela produtora Rosane Machado e pelas assistentes Elizabeth Tinoco e Adriana Salomo, Bejani apresentou uma das melhores e mais criativas comisses de frente do carnaval e recebeu diversos prmios por seu trabalho na avenida