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COLOR DE LA PORTADA (PORTUGUES) PÁGINA 3 PÁGINA 3 Cuba intensifica recuperação, após a passagem do furacão Irma PORTUGUÊS S S e e m m a a n n á á r r i i o o d d e e C C u u b b a a e e d d a a A A m m é é r r i i c c a a L L a a t t i i n n a a PÁGINA 13

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COLOR DE LA PORTADA (PORTUGUES)

PÁGINA 3PÁGINA 3

Cuba intensifica recuperação, após a passagem do furacão Irma

PORTUGUÊS

SSeemmaannáárr iiooddee CCuubbaa ee ddaaAAmméérr iiccaaLLaatt iinnaa

PÁGINA 13

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COLOR DE LA PORTADA (PORTUGUES)

(Mais informação das páginas 3 à 7)

PÁGINA 3

Conselho de Estado acordamarcar nova data paraeleições municipais

PÁGINA 3

Raúl reconhece trabalhoárduo no país, apósaçoite do furacão Irma

Cuba intensifica recuperação, após a passagem do furacão Irma

• Intenso trabalho realizado em cada um dos lugares afetados pelo devastador fenômeno • Trabalha-se dia e noite para restabelecer o serviço elétrico. Resultaram avariadas 15 redes de transmissão e mais de 3.600 postes e 2.039 quilômetros

de redes. As províncias de Villa Clara e Ciego de Ávila têm as afetações mais complexas • Mais de 20.400 construtores e 855equipamentos de engenharia foram destinados à eliminação de escombros, reparação de estradas, pontes e esgotos, bem comoa reparação de moradias e obras sociais • A infraestrutura turística prejudicada está sendo restabelecida e ficará pronta para a

temporada alta, que começa na primeira quinzena de novembro

FREDDY PÉREZ CABRERA

HAVANA22 DE SETEMBRO DE 2017

ANO 52o / Número 38Preço em Cuba CUC 0,50

ANO 59o DA REVOLUÇÃO

FRANCÊS INGLÊS PORTUGUÊS ITALIANO ALEMÃO www.granma.cuESPANHOL

SSeemmaannáárr iiooddee CCuubbaa ee ddaaAAmméérr iiccaaLLaatt iinnaa

PÁGINA 13

Governo de Trump nãotem autoridade moral paracriticar Cuba

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NACIONAL2 GRANMA INTERNACIONAL22.SETEMBRO.2017 |

Ronald Suárez Rivas

• PINAR DEL RÍO.— Caverna Los Portales,outubro de 1962. Em seu escritório da che-fia, o comandante Ernesto Guevara examinacom vários oficiais a composição da forçainimiga que ameaça atacar o país.

O tenente Luis González Pardo, chefe daseção de informações, lê os dados da 82ªDivisão Aerotransportada do Exército dosEstados Unidos que, segundo as informa-ções, seria a responsável por consumar aagressão.

Depois de mencionar a enorme quantidadede aviões, Luis disse ao chefe: «Comandan-te, eles vão cobrir o céu todo».

Che Guevara, no entanto, não reage. Apósa súbita derrota da ditadura e o ataque mer-cenário de Playa Girón (Baía dos Porcos), elenão tem dúvidas sobre a coragem do povocubano, então responde sem rodeios ao seuoficial de inteligência: «Bem, menino, entãonós vamos lutar na sombra».

Quem conta essa anedota é Oscar ValdésBuergo, então sargento assistente do chefemilitar de Pinar del Río e, portanto, umhomem próximo do Guerrilheiro Heroico nasocasiões em que ele assumiu o comando daprovíncia, durante a invasão pela Baía dosPorcos e a Crise de Outubro de 1962 (Crisedos Mísseis).

Ajudado por uma pasta cheia de aponta-mentos, recortes de jornais, esboços e foto-grafias, o veterano lutador durante a luta clan-destina em Pinar del Río fala com nostalgiadesses ‘dias de vertigem’, nos quais ele tevea chance de estar ao lado de Che Guevara.

Aos 80 anos, ele se lembra dele claramen-te, com seu uniforme militar, a arma na cintu-ra e a boina preta com uma estrela.

«Durante a invasão pela Baía dos Porcos,o tiro que escapou da sua pistola e que oferiu tornou sua presença muito breve, masdurante a Crise de outubro ele ficou conoscodurante várias semanas, à frente da provín-cia», lembra Oscar.

«Naquele tempo, Che estabeleceu seuposto de comando na Caverna Los Portales(pertencente ao município de La Palma). Elepartia logo ao amanhecer, quase todos osdias, para percorrer o território e voltava ànoite».

Entre as anedotas que falam por si mes-mas da personalidade do lendário guerrilhei-ro, Oscar conta que como nunca conheciamdo momento do seu retorno, foi-lhe propostocolocar na caverna um fogão a lenha, no quala comida poderia ser mantida quente paraaqueles que trabalhavam até tarde da noite,pois a cozinha principal estava longe dali.

«No começo, Che Guevara não concor-dou, porque pensou que eles fizeram issocom a intenção de preparar para ele umarefeição melhor do que para o resto datropa e, embora finalmente concordasse,quando andava por aí sempre verificavacom os soldados que todos tivessem comi-do a mesma refeição».

Daqueles dias tensos em que o mundo es-teve à beira de um conflito nuclear, Oscar re-corda que, em certa ocasião, Che Guevara

chegou muito irritado, pois um grupo de mili-cianos e soldados que estavam abrindo trin-cheiras perguntou-lhe quanto tempo durariao exercício.

«No mesmo dia, ele ordenou aos líderesprincipais que fossem atualizar cada homemacerca da situação de grande perigo queatravessava o país».

«Em 26 de outubro, depois de ouvir o Co-mandante-em-chefe dizer que se devia atirarem todos os aviões que violassem o espaçoaéreo cubano, ele ordenou o reforço da defe-sa antiaérea».

«Além disso, ele deu a ordem de desarmaruma metralhadora de 12,7 milímetros, e comcordas e a ajuda de um grupo de campone-ses na área, levaram-na peça por peça até otopo da colina e a colocaram lá».

«Uma antena de rádio também foi coloca-da em cima dela, para que se pudessem sin-tonizar as estações estrangeiras e colocouvários colegas que falavam outras línguaspendentes o tempo todo para que o manti-vessem informado».

«Uma vez, em uma reunião, ele perguntouaos chefes das unidades quem ouvia a rádioestrangeira. Houve um silêncio total, e ape-nas o primeiro-tenente Narciso Ceballos,

chefe da divisão de Guane, levantou a mão edisse: «’Eu, comandante, porque me disse-ram que você faz isso’».

«As pessoas pensavam que Che Guevaraia repreendê-lo; mas ele o parabenizou edisse aos outros que era preciso estar infor-mados e conhecer o inimigo».

Embora ele fosse um homem muito exi-gente, Oscar diz que falava muito suave emuito educadamente. «Durante o tempo emque ele foi o maior líder político e militar dePinar del Río, viajou por toda a província, in-cluindo a península de Guanahacabibes,mas sobretudo a costa norte, perto da capi-tal do país».

«Na caverna, os chefes das unidades e asprincipais entidades da província iam vê-lo,para despachar com ele. A agitação era in-tensa», relata Oscar.

No entanto, ele diz que também haviatempo livre durante a noite, em que Che Gue-vara saía falar e conversar com as pessoas,ler, jogar xadrez ou parava para observarcomo outros jogavam xadrez e comentavaem voz alta quando se produzia uma má jo-gada, para irritá-los.

«Uma noite eu estava lendo um livro sobrea vida dos latinos na cidade de Nova York, e

ele parou ao meu lado e disse: ‘Quando ter-minar, empreste-me’».

«Um pouco mais tarde, ele voltou e disse:‘Eu vim para conseguir o livro’. Pegou o livro enunca mais o vi».

O resultado da Crise de Outubro é conhe-cido. Oscar diz que, depois de retornar deuma reunião em Havana, Che Guevara sereuniu com as autoridades políticas e milita-res da província e lhes explicou que, por trásde Cuba, a União Soviética chegou a umacordo com os Estados Unidos para retirar osmísseis nucleares de nosso país, e teve pala-vras muito difíceis sobre essa solução.

Passados 55 anos daqueles dias, Oscardiz que ter tido a possibilidade de estar pertodo Guerrilheiro Heroico em um momento im-portante da história da Revolução, é uma dasexperiências mais extraordinárias de suavida.

«Estou honrado pela confiança que me foidada por esta importante missão», diz ele.

«Che Guevara era um homem que sempredava o exemplo e não mandava fazer nadaque não fosse capaz de realizar ele próprio».

«As pessoas gostavam de falar com ele.Nós o admirávamos muito. Foi uma grandecoisa para todos nós». •

Ao lado de Che Guevara na Crise de Outubro

Oscar mostra uma foto da caverna Los Portales, a sede do posto de comando de Che Guevara durantea Crise dos Mísseis.

RONALD SUÁREZ RIVAS

ESPANHOLInés Míriam Alemán Aroche

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ANIVERSARIO

DE LA CAIDA EN COMBATE DEL GUERRILLERO HEROICO Y SUS COMPAÑEROS

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NACIONAL 322.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Raúl reconhece trabalho árduo feito no paísapós a passagem do furacão Irma

Leticia Martínez Hernández

• O presidente do Conselho de Defesa Nacional, general-de-exército Raúl Castro Ruz, liderou uma reunião com líderes doPartido, do Estado e o governo na quarta-feira, 13 de setem-bro, na qual foram avaliados os danos causados pelo furacãoIrma e as ações a serem desenvolvidas durante a fase de re-cuperação.

Raúl reconheceu o árduo trabalho desenvolvido em cadaum dos lugares afetados pelo devastador evento meteoroló-gico, que atingiu praticamente a Ilha toda. «Trabalhou-semuito, considerou, e se algum benefício pode ser obtidodesta situação difícil é tirar imediatamente toda a experiênciapara prepararmo-nos melhor».

Advertiu sobre a atual temporada ciclônica, que se estendeaté 30 de novembro, que foi descrita como intensa, umacausa evidente das mudanças climáticas e para as quais de-vemos nos adaptar.

O general-de-exército convocou para continuar trabalhandosem descanso, enfrentar os problemas com serenidade emanter as pessoas informadas, por todas as formas possí-veis, acerca da situação do país.

Na reunião informou-se que devido à trajetória deste fura-cão por várias províncias forçou-se a evacuar 1,7 milhão(1.738.000) de pessoas, 86% delas em casas de vizinhos eparentes. O chefe do Estado-Maior Nacional da Defesa Civil,general-de-divisão (r) Ramón Pardo Guerra, informou quemais de 26 mil pessoas ainda permanecem nos centros deevacuação.

Disse que o Gabinete Nacional de Informação e Estatísticastrabalha na avaliação dos danos, números que serão infor-mados preliminarmente nos próximos dias.

O ministro da Energia e Mineração, Alfredo López Valdés,considerou que o impacto mais forte e mais difícil a ser resol-vido no setor foi sofrido pela usina termoelétrica Antonio Gui-teras, em Matanzas, cujo sistema de circulação da água, umelemento-chave no sistema de resfriamento, foi destruídopelas ondas.

Pessoal altamente especializado trabalha lá para compen-sar os danos e que a usina volte a entrar em operação nospróximos dias.

Além disso, 15 linhas de transmissão sofreram danos emais de 3.600 postes e 2.039 quilômetros de linhas foramafetados. «O trabalho está sendo feito dia e noite para restau-rar o serviço», disse o ministro. E comentou que esta foi a pri-meira vez que o sistema de energia deixou de operar em todoo país.

Cerca de 90 poços de petróleo, localizados na costa oestee central do norte, também foram danificados pelas fortesondas que causou o furacão.

López Valdés elogiou o trabalho das brigadas mistas que,por recomendação do general-de-exército foram criadas nosterritórios afetados para os trabalhos de limpeza, poda, aber-tura de buracos e transporte de postes.

Finalmente, disse que os principais esforços para restaurar aenergia elétrica serão concentrados nas províncias de Villa Clarae Ciego de Ávila, territórios com os efeitos mais complexos.

Enquanto isso, o Ministério da Construção junta-se ao tra-balho de recuperação com mais de 20.400 construtores e855 máquinas de engenharia, destinadas à coleta de detri-tos, reparação de vias, pontes e esgotos, bem como a repa-ração de habitações e dependências sociais.

René Mesa Villafaña, chefe do ramo, disse que os principaisefeitos causados pelo furacão estão concentrados na habita-ção, especialmente nos telhados. Mesmo quando os dadosexatos do dano não estão disponíveis, já está sendo feito umtrabalho para ajudar as vítimas, para as quais as fábricas res-pectivas já estão produzindo telhas de fibrocimento em plenacapacidade. A este esforço vai se juntar, nos próximos dias, afábrica de telhas de papel, asfalto e resina de Camagüey.

Enquanto isso, o dano mais grave à agricultura está con-centrado na área da avicultura, já que dezenas de aviáriosdestinados à produção de ovos perderam seus telhados. JulioA. García Pérez, vice-ministro da Agricultura, explicou quetambém foram afetadas a produção de alimentos para ani-mais, as culturas de banana e milho, bem como árvores fru-tíferas.

O trabalho agora está se intensificando na reativação dacampanha de várias culturas, para o qual, segundo ele, estãodisponíveis sementes, fertilizantes e pesticidas.

Neste ponto, José Ramón Machado Ventura, vice-presiden-te dos Conselhos de Estado e Ministros, considerou que,apesar dos danos, a agricultura está em melhores condiçõesdo que em situações anteriores para se recuperar do golpeforte.

O ministro da Saúde Pública, Roberto Morales Ojeda, infor-mou que o sistema de saúde manteve sua vitalidade durante

a passagem do furacão e, até à data, não há surtos de doen-ças transmissíveis em centros de evacuação ou em qualquerterritório. Sobre os colaboradores que trabalham nos paísesdo Caribe afetados pelo ciclone, disseram que estão bem ese juntaram à recuperação dessas ilhas.

Ele revelou que 516 unidades de saúde foram danificadas ese faz o trabalho adequado para restaurá-las no menortempo possível. Acrescentou que agora a prioridade é dire-cionada ao saneamento ambiental e ao controle vetorial, parao qual temos todos os recursos.

Finalmente, quanto aos efeitos no turismo, o titular dessesetor Manuel Marrero Cruz comentou que quando o furacãoatingiu a Ilha havia mais de 51 mil turistas, dos quais cercade 45 mil alojados na costa norte. Somente nas ilhotas deSanta Maria, Coco e Guillermo tiveram que ser evacuadoscerca de dez mil clientes.

Afirmou que a infraestrutura danificada vai sendo restaura-da, o que garante que estará pronta para a temporada alta,que começa na primeira metade de novembro.

No final da reunião, o presidente do Conselho de DefesaNacional reiterou a necessidade de lidar com os problemasde forma inteligente, tendo em conta as melhores experiên-cias, colocadas em prática diante de eventos semelhantes,especialmente em nível local. A este respeito, ele mencionouo trabalho desdobrado em Santiago de Cuba e Guantánamo,açoitados pelos furacões Sandy, em 2012 e Mathew, em2016, respectivamente.

«Agora, o golpe foi muito forte e se espalhou pela maiorparte do país, disse Raúl, mas com o trabalho duro que estásendo feito, mais uma vez, avançaremos». •

ESTUDIOS REVOLUCIÓN

O presidente do Conselho Nacional de Defesa liderou uma reunião para avaliar os danos causados pelo furacão Irma e asações a serem tomadas durante a fase de recuperação

Conselho de Estado modifica data das eleições paradelegados das assembleias municipais do Poder Popular

• COMO foi publicado oportunamente, o Conselho deEstado dispôs, em 13 de junho passado, que as elei-ções para eleger os delegados (vereadores) às as-sembleias municipais (governo) do Poder Popular seefetuassem, no primeiro turno, em 22 de outubro de2017, e o segundo turno no domingo seguinte, 29 deoutubro.

A partir das graves afetações ocasionadas pelo fura-cão Irma em grande parte do território nacional e a ne-

cessidade de que nossas instituições estatais, organi-zações de massas e sociais e a população concen-trem seu esforço na recuperação dos danos, e com oobjetivo de garantir a maior participação dos eleitorese a qualidade do processo eleitoral, particularmentena indicação direta dos candidatos às assembleiasmunicipais do Poder Popular, o Conselho de Estadoacordou dispor como nova data para eleger, pelotermo de dois anos e meio, os delegados às assem-

bleias municipais do Poder Popular o dia 26 de novem-bro de 2017, e o segundo turno das eleições naquelascircunscrições em que nenhum dos candidatos obtivermais de 50% dos votos válidos emitidos, o dia 3 de de-zembro de 2017.

Ainda, dispôs que a Comissão Eleitoral Nacionalajustasse o cronograma previsto para a realização dasdiferentes atividades do processo eleitoral em sua pri-meira etapa. •

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Em Camaguey, antídoto contra o pessimismo

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NACIONAL4 22.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Texto e foto: Miguel Febles Hernández

• CAMAGUEY.— Na extensa geografia desta provínciacubana, sobretudo no setor agropecuário, fortalece-seno decurso dos dias um conceito categórico e de muitalição: mais do que falar do furacão Irma, seus destroçose inúmeras perdas, só se pode falar de outro furacão: otrabalho.

«Esta é a filosofia que prevalece nestas planícies paraerradicar, de vez, as lamúrias, o pessimismo e a inativi-dade, às vezes tão daninhos ou mais do que as mortífe-ras rajadas do ciclone tropical, em sua destrutiva passa-gem de outono por toda a costa norte de Cuba».

Assim falou Jorge Luis Tapia Fonseca, em sua condi-ção de presidente do Conselho de Defesa Provincial,preocupado pelas inúmeras afetações no setor agrope-cuário, mas com certeza em sua capacidade de respos-ta. Tapia esclarece que nenhum dos compromissos pro-dutivos mudará.

E é que a estratégia fica bem definida: depois dos estra-gos de Irma que fez recuar meses de dedicação na criaçãode novas plantações de tubérculos, todos os recursos hu-manos e materiais são destinados à recuperação e à apli-cação de um programa imediato de produção alimentar.

PLANTAR, REABILITAR E TRABALHAR

Cada uma das bases produtivas de Camaguey temconsciência do indispensável que resulta acelerar (nãoperder tempo em assuntos secundários), a coleta domaior número de tubérculos ou frutas úteis ainda noscampos, depois de classificadas, bem seja para o con-sumo humano ou animal.

«Isto é preciso realizá-lo, sobretudo, na banana, commuita agilidade, pois cada segundo demorado nos tra-balhos de reabilitação pode resultar nefasto para a plan-tação», assinala, com o facão na mão, Odelio RojasGómez, trabalhador do polo produtivo Las Flores, emNuevitas.

Com o experiente plantador de banana concorda o pre-sidente da cooperativa Niceto Pérez, em Nuevitas, Car-

los Hidalgo Rodríguez, quem apela aos associados de-vido à necessidade de enfrentar a etapa de recupera-ção, aproveitando a umidade do solo para preparar aterra e começar as atividades de plantio.

«Essa deve ser, hoje, a forma de agir em cada campo-nês, comenta, também de como utilizar otimamente osrecursos, esmerar-se por realizar bem as atividades,sem bagunça e contribuir em todo o que puder para mi-nimizar, no possível, a carência que deve predominarem alguns tipos de tubérculos».

O diretor da Empresa Agropecuária de Nuevitas, Her-nando Gutiérrez Rodríguez, explicou que com esse ob-jetivo reajusta-se o plano da temporada invernal, nãopara fazer menos, mas sim para crescer em hectares eem variedades, escalonar o plantio e aplicar alternativasque possibilitem obter mais alimentos para o povo.

ISTO SE CONSEGUE ENTRE NÓS

Cientes que o milagre só se dará com o fruto dos seuspróprios esforços, os pecuaristas de Camaguey aprovei-tam o benefício da água e a melhoria nas pastagenspara fechar os últimos quatro meses de 2017 com bonsresultados na produção de leite, que deve atingir os 88milhões de litros vendidos à indústria.

Sem deixar atrás os trabalhos de recuperação, os sui-nicultores se empenham em pôr fim, no mais breve pos-sível, às afetações causadas nas unidades especializa-das, nas instalações de produtores individuais e nausina de rações, para começar o fornecimento de carnesuína e não dificultar o crescimento planejado na entre-ga de carne.

Muito menos renunciarão os trabalhadores da UnidadeApícola de Camaguey às 700 toneladas comprometidasde mel de abelha, levando em conta a decisão de assu-mir, no centro e sul da província, o que se deixe de pro-duzir nos quatro municípios do norte, devido à perdapraticamente de toda a floração costeira.

«Isto se consegue entre nós», assevera o diretor daEmpresa Avícola, Yoandri Abad Escobar, referindo-seaos trabalhos executados com o apoio de duas brigadas

de telhadores de Santiago de Cuba e de Guantánamo,para proteger as aves e incrementar pouco a pouco aprodução de ovos.

«Aqui não foi perdido um minuto: ao passo que se re-cuperava a telha caída e era endireitada para sua reuti-lização, as mulheres foram responsávis por garantir acomida e a água para as galinhas», acrescenta o admi-nistrador da chácara Antonio Suárez, do município deMinas, Santiago Sierra Pupo.

CUBITA NÃO PERDERÁ SEU SIMBOLO

Acordar no dia seguinte, depois do furacão e ver cober-to o solo de toranjas e laranjas que com tanta dedicaçãoatenderam no começo da nova colheita, ainda impacta eimpressiona os trabalhadores da Empresa Agropecuáriae Citrícola Sola, em Serra de Cubitas.

«Esse é o símbolo deste município e por isso temosque esforçar-nos para minimizar as perdas», asseverao diretor da entidade Raúl Bárcenas González, entre-tanto controla os trabalhos de cata de toranja na unida-de básica de produção cooperativa Amizade Cuba-Ar-gentina.

«Uma parte pode ser salva e já se envia às usinas pro-cessadoras ou a outros destinos para sua comercializa-ção, mas um volume importante é impossível recuperar,pois os frutos ficaram muito afetados ou caíram antes dotempo previsto», diz o chefe da chácara integral AntonioMaceo, José Antonio Ibáñez Soria.

Acostumados a enfrentar as adversidades, o citriculto-res se empenham também na limpeza da grama comfacão, a fertilização e a poda de saneamento, para rea-bilitar as velhas plantações e proteger os 260 hectaresde produção que garantirão a permanência do cítriconas terras roxas de Cubitas.

«Temos muito trabalho por fazer, mas o importante énão deixar-se traumatizar e mostrar o desejo de vitória»,expressou Bárcenas González, determinado em manterinvariável, com firmeza, o programa de desenvolvimentoda entidade em função dos interesses supremos dopaís. •

Em Camaguey, antídoto contra o pessimismo

Todos os trabalhadores imediatamente começaram a refazer as telhas que o vento tirou dos galpõespara sua reutilização. Praticamente sem telhado, continuou o atendimento às aves nos aviários de Camaguey.

Nos campos de Camaguey se acelera a colheita de todos ostubérculos e frutas que possam ser aproveitados.

Um número considerável da laranjas caídas em Serra de Cubitas foi enviado às usinas processadoras ou outros destinos para sua comercialização.

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A ofensiva na termelétrica Guiteras

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NACIONAL 522.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Texto e fotos: Ventura de Jesús

• MATANZAS.— O litoral norte da cidade de Matanzas foiuma das principais vítimas do furacão Irma. Nessa área co-nhecida como zona industrial arrasou muitas das constru-ções próximas da costa, entre elas, a usina termelétrica(CTE) Antonio Guiteras.

A conhecida casa de circulação da água do mar nesselugar foi derrubada como um castelo de cartas. Estruturasque serviam como quebra-mar, compostas por sete postesde betão de quase 70 toneladas, foram derrubadas e caíramsobre a imprescindível construção.

Rapidamente, chegaram dezenas de homens e equipa-mentos, como se na CTE tivessem informado de um fogo.Operários e forças conjuntas começaram uma incansávelatividade para o restabelecimento da termelétrica. Foi umatempestade de trabalho que durou mais de uma semana.

Quando se chega ao lugar é fácil perceber o estado deânimo e o rosto dos trabalhadores.

CONTANDO AS HORAS

Cada vez que a termelétrica Guiteras sofre uma interrup-ção ou é alvo de um acidente desconhecido procura-se osespecialistas mais experientes. Nesse grupo nunca falta Al-cides Meana, engenheiro principal, aposentado, que traba-lhou na construção da termelétrica. Ninguém a conhececomo ele; é capaz de reproduzi-la nos mínimos detalhes.

Este engenheiro elétrico, aparentemente um homem tran-quilo, mal dormiu nestas últimas noites. Tanto ele quanto osdirigentes da termelétrica, empenham-se em mudar a situa-ção negativa da usina.

Lembra que chegou pela primeira vez a este lugar, em ja-neiro de 1982. «Isto era um matagal, a costa, rochedos ealgumas casas de lazer por perto. Então estavamos fazen-do a pesquisa geológica necessária para a elaboração doprojeto».

«O país decidiu construir uma usina termelétrica devido aocrescimento da demanda de eletricidade e este território foiescolhido pela existência da baía e a possibilidade de utili-zar água do mar para o arrefecimento do sistema. Uma usinaúnica com uma capacidade para gerar 330 MWh».

«Foi construída em seis anos e meio. Uma das maiores di-ficuldades foi o aparecimento de uma fenda, justamente sobo lugar em que se devia instalar a turbina. Era uma aberturade 30 metros e no fundo o mar, inclusive até se podia nave-gar um quilômetro e meio rumo à cidade de Matanzas».

«Foi algo desconcertante e demorou o empreendimento.Depois de realizados os estudos devidos, a rachadura foi co-berta com pedras e posteriormente concreto».

Depois, foi fundida uma laje, como uma ponte entre asduas bordas da fenda e nela assentamos a base da tur-bina. Outra demora significativa foi o ciclone Kate. Devi-do à sua passagem sumiram todas as barracas, alpen-

dres e oficinas construídos temporariamente na área daconstrução».

«Finalmente, entregamos a usina em 1988 e sincronizoucom o sistema elétrico nacional (SEN) a partir de março da-quele ano. Fidel esteve aqui conosco, percorreu a usina edialogou com os trabalhadores».

Alcides, por que se atribui uma significação particular aesta usina de Matanzas?

«Porque se trata de uma usina que com só uma unidade écapaz de gerar, além disso, com baixo consumo de combus-tível. É a que mais estabilidade oferece ao SEN, um de suasfortalezas principais».

Pode referir-se à magnitude do desastre provocado pelofuracão Irma?

«A pior consequência do furacão é o desabamento do pré-dio da casa de circulação, pois sua função consiste em arre-fecer o sistema da usina termelétrica com a água do mar.Sem ela não pode funcionar a usina».

«O sistema de defesa contra as ondas na orla costeira co-lapsou. A energia das ondas empurrou os blocos de um pesoincrível e os atirou contra o prédio da casa de bombeamentode água. Também sofreu afetações a usina de hipoclorito. Asala de máquinas ficou alagada, com quase um metro de al-tura e, logicamente, temos que desmontar o equipamento,extrair os motores, limpá-los, dar manutenção, eliminar a umi-dade, ligá-los novamente e testá-los. Esses são trabalhos co-laterais».

Como solucionar o problema, qual foi a estratégia parapreparar está forma de ofensiva?

«O objetivo essencial é ver, no primeiro lugar, como pode-

mos fazer funcionar uma das bombas, o qual garantirá a ge-ração de até 230 MWh. Em uma segunda etapa, faremosfuncionar a segunda bomba e será construída uma casaprovisória para proteger esses equipamentos, até que sejaconstruído o prédio definitivo da casa de bombeamento, oque não deve interferir no funcionamento da usina e cujodesenho levará em conta o acontecido».

«Reafirmo que os trabalhos não são nada fáceis. Até hoje,foram extraídos quase cinco mil metros cúbicos de escom-bros da área afetada. A maior dificuldade neste momento éa limpeza dos quatro condutos da piscina de águas tranqui-las. Uma draga marítima, com o auxílio de vários mergulha-dores, trabalha para tirar os escombros e conseguir uma co-municação com o mar, tarefa extremamente complexa».

Quais forças participam dos trabalhos de recuperação equantos equipamentos possuem?

«Maiormente participam forças do Ministério da Constru-ção de Varadero e Matanzas, bem como de Obras Maríti-mas e a Empresa de Manutenção de Usinas Termelétri-cas. Não faltam forças humanas. Todos se unem como umsó homem. Chamam a atenção os potentes rompedorespara as grandes demolições. Entre outros equipamentoscontamos com: tratores de esteira, caminhões basculan-tes, guindastes desde 100 até 30 toneladas de capacida-de de carga».

Algum empecilho que possa fazer demorar a recuperaçãoou agravar a afetação?

«A possibilidade de outro furacão seria um infortúnio. Tec-nicamente, também preocupa o trabalho marítimo para de-sentupir os condutos que vão do mar à piscina, um deles jáfoi desentupido em 50%».

Pode tirar-se alguma lição deste lamentável fato?«Tudo nos deixa algum tipo de ensinamento. Neste caso,

por exemplo, podemos dizer que a casa de bombeamentode circulação deve ter outro design, algo mais resistentepara enfrentar os maiores fenômenos atmosféricos. A arma-ção quebra-mar seria semelhante, mas com outro conceito emais reforçada».

Não é exagerado dizer que toda Cuba acompanha a evo-lução dos acontecimentos na termelétrica Guiteras, poisuma semana depois já predomina uma visão de esperança.Será que estamos perto do recomeço?

«Já foram limpos os escombros em toda a área do sistemade bombeamento de circulação e na área da usina de hipo-clorito. Demoliram-se os blocos necessários do muro de de-fesa contra as ondas. O canal de saída está praticamentelimpo e avança-se nas obras colaterais, como o encurtamen-to dos fossos e a extração de motores para restabelecer otrabalho da usina».

«As coisas, hoje, percebem-se com muita clareza. No fimde semana devemos ligar a primeira bomba».

Quanto significa a usina Guiteras para o senhor?«Muito. A primeira grande obra da qual participei do come-

ço ao fim.» •

A ofensiva na termelétrica Guiteras

color de la 5 portugues

A resposta dos trabalhadores da termelétrica de Matanzas, tal como aconteceu em muitos lugares do país que foramaçoitados pelo furacão, é prova do tamanho heroísmo que é capaz de mostrar o povo, para se recuperar perante os maioresinconvenientes

O engenheiro elétrico Alcides Meana, um homem muitoachegado à história desta usina de Matanzas.

Forças unidas trabalham, de maneira ininterrupta, para restabelecer o funcionamento da usina.A força das ondas deslocou estruturas de concreto de um peso incrível.

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NACIONAL6 GRANMA INTERNACIONAL22.SETEMBRO.2017 |

Alejandra García

• QUANDO era iminente a passagem do fu-racão Irma pela costa norte da Ilha, não sóse tomaram medidas para garantir a prote-ção das famílias cubanas, mas também ade milhares de turistas que tinham eleitoCuba como destino de férias, na última se-mana.

Os polos turísticos do país – situadosmormente ao longo do litoral norte – e seushóspedes e trabalhadores se converteramimediatamente em uma prioridade de pre-servação e proteção.

O vice-ministro primeiro do Ministério doTurismo de Cuba (Mintur), Alexis Trujillo Mo-rejón, conta ao Granma Internacional quecomo prioridade, entre as medidas tomadaspor este organismo, em parceria com a De-fesa Civil do país, esteve a proteção dos45.827 turistas hospedados na costa norte,número que representa 88% do total de tu-ristas que se encontravam no país (51.807),no passado 5 de setembro.

Adicionalmente havia 2.216 campistas emtal região que também foram evacuados.

O movimento de turistas a outras instala-ções mais seguras começou pela provínciade Camaguey e nas ilhotas do norte deCiego de Ávila e Villa Clara: ilhotas Coco,Guillermo e Santa María, zonas onde osprognósticos aproximavam perigosamenteo olho do meteoro.

Na ilhotas se encontravam 10.625 visitan-tes, sendo evacuados 5.134 para Havana eVaradero, processo que exigiu uma organi-zação e disciplina superiores a outras expe-riências deste tipo. O restante número(5.491) corresponde a canadenses queforam repatriados por seus operadores tu-rísticos na etapa prévia à passagem do fu-racão.

Momento tenso durante a passagem doIrma, foi quando o furacão fez a recurvapara prosseguir seu curso à Flórida, em ummovimento estacionário muito próximo aVaradero.

Enquanto só clientes das ilhotas do nortede Ilha estavam evacuados, a penínsularesguardava durante a passagem do Irma16.784 turistas e 4.179 trabalhadores do tu-rismo.

«Apesar disso não houve nenhuma afeta-ção às pessoas, o que se deveu à prepara-ção, organização e disciplina alcançada»,reconhece com orgulho Alexis Trujillo.

Quanto ao sistema hoteleiro de Havana, ovice-ministro primeiro conta que «se tomoua decisão de evacuar todas as instalaçõessituadas no litoral norte, desde Jibacoa, emMayabeque até a Marina Hemingway, devi-do ao perigo iminente de enchentes. Outrasvezes, só tínhamos realizado evacuaçõesparciais.

A RECUPERAÇÃ DOS POLOS TURÍSTICOSOCORRERÁ EM TEMPO RECORDE

Apesar do forte embate do furacão Irmapela costa norte do país e as afetaçõesque deixou na sua passagem, «os polos tu-rísticos não contam com danos considerá-veis». Seu impacto não causou em nenhu-ma instalação o enfraquecimento das es-truturas, mas só afetou vidros, falso teto,carpintaria de alumínio, afetações em co-bertas, restaurantes crioulos e outras cons-truções leves, mais sensíveis ao embatedos ventos.

A região oriental, ao não receber a forçado Irma, neste momento está operandosem nenhuma dificuldade. Guantánamo,Santiago de Cuba e Granma não sofreramafetações, enquanto Las Tunas apronta suaestrutura habitacional em breve tempo. Porseu lado, Holguín, com danos leves, se re-cuperou rapidamente, mantendo sua vitali-dade. Este polo enfrentou o furacão com3.935 turistas em suas instalações.

O cronograma de reparações permite afir-mar que as instalações do balneário deSanta Lucía, em Camaguey, terão sua rea-bilitação total no fim do presente mês desetembro. No caso das ilhotas do norte,

embora as afetações sejam maiores, nãohá nada que impeça que sua recuperaçãose realize antes do início da temporadaalta.

Varadero manteve suas operações, inclu-sive durante a passagem do Irma. Neste im-portante polo, o saneamento começou ime-diatamente depois de ter-se decretado afase recuperativa, dando início aos traba-lhos de recuperação em curto tempo por setratar, fundamentalmente, de ações desubstituição de vidros e outros elementosleves. Complementa a operação do polo orestabelecimento dos voos em seu aeropor-to internacional, que já se encontra funcio-nando.

A capital também se recuperará em temporecorde; vários de seus hotéis não sofreramafetações e para os outros começaram ostrabalhos de reabilitação.

Paralelamente, são realizadas ações desaneamento e trabalha-se arduamente paradeclarar as instalações turísticas aptaspara a operação com clientes, de formaimediata.

A recuperação total dos polos turísticos éuma prioridade, ao ser o turismo um setorestratégico da economia nacional. Ratifica-se que todas as instalações estarão prontase operando antes do início da temporadaalta. «Existem os recursos humanos e ma-teriais para consegui-lo», conclui. •

GERMÁN VELOZ PLACENCIA

Começa recuperação de polos turísticosprejudicados pelo furacão IrmaO Granma Internacional conversa com o vice-ministro primeiro do Ministério do Turismo de Cuba, Alexis Trujillo Morejón,acerca do processo de recuperação do setor

Muitas instalações turísticas já prestam serviço após a passagem do furacão Irma.

O vice-ministro primeiro do Ministério do Turismo de Cuba, Alexis Trujillo Morejón, significa quecomo prioridade, entre as medidas tomadas por seu organismo, em parceria com a Defesa Civil dopaís, esteve a proteção dos 45.827 turistas hospedados na costa norte de Cuba.

JUVENAL BALÁN NEYRA

• LEVANDO em consideração as seve-ras afetações causadas pelo furacãoIrma e a partir das experiências positi-vas obtidas durante a recuperação dosdanos provocados pelos furacõesSandy e Matthew, o governo determi-nou que o Orçamento do Estado finan-cie 50% do preço dos materiais daconstrução que serão vendidos às pes-soas danificadas com a destruição totalou parcial de suas moradias. A tais efei-tos se indica:

1- Os Conselhos de Defesa certificarãoa magnitude dos danos ocasionadosem cada moradia e aprovarão os recur-sos a atribuir para solucionar as afeta-ções produzidas.

2- Para a aquisição dos materiais, osdanificados poderão solicitar créditobancário com baixa taxa de juros e de-volução em maior número de anos.

3- Nos casos de destruição total damoradia e dos telhados, o Orçamentodo Estado assumirá o pagamento dosjuros ao Banco.

4- Para aquelas pessoas cujas recei-tas forem insuficientes para assumir osgastos, o Conselho de Defesa avaliaráa aprovação dos subsídios para a com-pra de materiais da construção.

5- Excepcionalmente, aprova-se a atri-buição de subsídios para obras cons-trutivas nas moradias àquelas pessoasque já foram alvo desse benefício ante-riormente e às que mantenham dívidaspor créditos bancários outorgados poreste conceito.

17 de setembro de 2017. •

Informação à população

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NACIONAL 722.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Texto e fotos: Nuria Barbosa León

• «NUNCA sentimos medo», asse-guraram Lázara Hernández Arias eNayari Corrales Medina ao GranmaInternacional ao se referirem à pas-sagem do furacão Irma pela costanorte de Cuba. Elas estavam emum hospital em Havana, acompa-nhando seus filhos Leovany eCésar, respectivamente.

Agradeceram aos trabalhadoresdo hospital do centro de cardiologiapediátrica William Soler pela aten-ção recebida nessas difíceis horas,nas quais se sentiram fortes raja-das de vento e uma chuva persis-tente. Indicaram que a sala esteveiluminada, com a televisão ligadapara receber informações. Os ali-mentos e medicamentos foram dis-tribuídos, segundo correspondia eem várias ocasiões as visitou o di-retor do hospital.

A enfermeira dessa sala, MaríaIsabel Rodríguez Miranda teve quese manter durante dois turnos detrabalho, seu substituto não conse-guir chegar por causa das condi-ções climáticas adversas, e ela es-teve mais de 24 horas oferecendotodo o tipo de atenções para tran-quilizar seus pacientes e familiares.«Felizmente, o edifício não sofreudanos importantes e nós todosamanhecemos, em 10 de setem-bro, com ânimo para voltar à nor-malidade no menor tempo possí-vel», contou.

Essa foi a premissa básica nostrabalhadores do setor da saúdeem Cuba, os quais prestaramatendimento médico em meio decondições difíceis. Hoje se conhe-ce que 785 unidades desse setorsofreram danos, das quais 62 sãohospitais, 116 policlínicas e 314consultórios do médico da família,entre outras.

A maioria das afetações foi devi-do à queda parcial de telhados,cristais estilhaçados e árvores der-ribadas nos jardins.

A esse respeito, o doutor José Er-nesto Betancourt Lavastida, diretorde Defesa e Defesa Civil, do Minis-tério da Saúde Pública (Minsap),afirmou que foi adotado um conjun-to de medidas como resposta àproximidade do perigoso furacãoIrma, priorizando a vida dos pa-cientes, trabalhadores e familiares.Sob essas condições foram prote-gidos os recursos e meios mate-riais, prevendo manter a vitalidadede todas as instituições do sistemade saúde, para que estivessemprontas para enfrentar o atual pro-cesso da recuperação.

«Foram evacuadas as mulheresgrávidas residentes nas zonas deprovável impacto e de risco. Pa-cientes de hospitais com perigo deenchentes, como os do HermanosAmeijeiras e o hospital maternoAmérica Arias foram transferidos.Os doentes necessitados de diálisemantiveram-se em locais protegi-dos, próximos dos hospitais e ga-rantiu-se seu tratamento adequa-damente. O sistema preparou 76brigadas clínico-cirúrgicas situadasem assentamentos de populaçãode difícil acesso, na ocorrência depossíveis interrupções das vias decomunicação, para prestar atendi-mento médico durante o impactodo furacão e posteriormente»,acrescentou.

Igualmente, outras instituiçõesmédicas como consultórios, policlí-nicas, ópticas, lares de idosos e damaternidade, com edificações in-seguras para enfrentar o fenômenometeorológico foram instaladas emoutros locais. Umas 240 farmáciasestiveram em locais transitóriospertencentes a organismos esta-tais e em casas de moradores,para proteger cem por cento osmedicamentos. Organizou-se oatendimento médico em todos oscentros de evacuados e milharesde trabalhadores da saúde atende-ram sem interrupção nesses locais,como médicos, enfermeiras, técni-cos de higiene e epidemiologia,junto a membros das brigadas daCruz Vermelha, no atendimento dapopulação evacuada.

«Durante a fase da recuperaçãoimplementam-se medidas higiêni-co-sanitárias e de prevenção desurtos de doenças e, portanto, fez-se um apelo à população paraprestar a máxima atenção às orien-tações dadas para evitar surtosepidêmicos», assegurou Betan-court Lavastida.

Yanaris López Almaguer, diretorade Saúde Ambiental do Minsap,concorda com José Ernesto e rati-ficou que no país, até este momen-to, não tinha sido registrado ne-nhum surto de doenças transmissí-veis, ocasionadas por alimentos ouágua. «Caso aparecer algum casosuspeito será aplicado o isolamen-to nos centros criados ao efeito»,precisou.

PRECAUÇÕES NECESSÁRIAS

Nesta etapa de recuperação lim-pam-se os reservatórios de água,

poços e depósitos, para depois adi-cionar cloro. Ainda, está em alertauma vigilância especializada nospontos chaves da rede de distribui-ção para assegurar a qualidade re-querida da água, entre outras indi-cações.

López Almaguer indicou: «conti-nuaremos desenvolvendo açõeseducativas pelos meios de difusãoem massa e atividades de interco-municação pessoal. Nossos médi-cos da família ministrarão palestrasnaqueles locais onde se encontrepopulação concentrada, não sódentro das instituições de saúde,mas também em reuniões matuti-nas nos locais de trabalho e esco-las, explicando como manter asmedidas higiênicas para evitar oaparecimento de doenças gastrin-testinais».

Igualmente, exortou todos os cu-banos a participar dos trabalhos desaneamento dentro e fora do seular, pois se necessita ajuda na re-colha de escombros, árvores caí-das, na limpeza de quintais, ruas ejardins, para erradicar vetorescomo ratazanas, insetos e mosqui-tos transmissores de doenças.

De acordo com a especialista,diante da magnitude do furacão,tornou-se evidente um trabalho emparceria dos trabalhadores do setore os diferentes atores da cidadania,o qual se percebe na tranquilidadesocial. Ainda em lugares com ca-rência de eletricidade e de água,não se registram casos de leptospi-rose, nem surtos de diarreias oudoenças respiratórias.

Neste esforço ajudam os estu-dantes de Medicina e os que estu-dam no nível médio em alguma es-pecialidade das ciências médicas,

os quais realizam pesquisas portaa porta, indagam pela presença desintomas de alguma doença e con-versam sobre os cuidados que sedeve ter na família para mantê-lasadia.

O diretor de Docência do Minsap,Jorge González Pérez, explicouque nas 13 universidades de medi-cina do país será reiniciado o anoletivo paulatinamente, de acordoàs características de cada territó-rio. Entretanto, os estudantesfazem trabalho social nas comuni-dades.

VITALIDADE DOS SERVIÇOS

Os diretivos do Minsap destaca-ram que o restabelecimento gra-dual dos serviços nas policlínicase hospitais afetados pelo furacãoIrma e a intensificação das medi-das higiênico-sanitárias, consti-tuem as prioridades imediataspara as instituições e os coletivosde trabalho no país todo.

O Granma Internacional visitou ohospital clínico-cirúrgico HermanosAmeijeiras, situado na avenidabeira-mar em Havana, afetadopelas penetração do mar. Ali o dou-tor Rigoberto García Gómez, vice-diretor de Docência e Pesquisasexplicou: «nos aplicamos um planodesenhado para assumir este tipode catástrofe e pusemos a resguar-do todo o equipamento. Contudo, aenchente provocada pelo furacãoultrapassou o esperado».

Para sua recuperação, foi preci-so chamar o Corpo de Bombeirospara retirar a água do interior doporão e do depósito de água. De-pois, todos os trabalhadores as-sumiram trabalhos de limpeza e

higiene, para habilitar cada um doslocais e reatar a prestação de ser-viços no menor tempo possível.

Algo similar aconteceu no hospi-tal docente clínico-cirúrgico doutorSalvador Allende, no município deCerro, em Havana, com uma estru-tura de pavilhões e 430 leitos, 180dos quais são dedicados ao pa-ciente grave. Ali, a doutora Mery To-rres La Era, vice-diretora de Atendi-mento Médico, precisou que osdanos principais foram provocadospela queda de árvores, que afeta-ram as redes elétricas, principal-mente os transformadores.

Para oferecer serviços durante edepois do furacão tiveram que re-ceber energia elétrica medianteseis grupos de geradores. Inclusi-ve, quando foi restabelecida a ele-tricidade proveniente da rede na-cional, a sala para pacientes comafecções renais crônicas conti-nuou afetada, por causa de umtransformador avariado. Por taisrazões previu-se o deslocamentodos doentes para outro hospital dacapital, mas graças às medidasaplicadas conseguiu ser restabe-lecido, em pouco tempo, esse ser-viço médico tão sensível. A vice-diretora indicou que os 1.780 tra-balhadores mantiveram-se ativosquando da passagem do furacãoe agora trabalham para restabele-cer a normalidade imediatamente:«Agradeço a todas as instituiçõesestatais que nos apoiaram nestesdias difíceis porque conhecemosque quase todo o país apresentaas mesmas afetações nossas»,precisou Torres La Era.

Acerca do tema, Reinold GarcíaMoreiro, diretor provincial de Saúdeem Havana, garantiu que na capitaldo país foram cumpridas todas asindicações previstas nos planos deluta contra desastres; portanto mui-tos danos foram mitigados e se res-tabeleceram os serviços nas uni-dades que não sofreram afetações.«Temos quantificados os danos, jácalculamos os gastos econômicose se atribuem recursos materiaisdisponíveis para resolver os proble-mas» indicou.

«As principais afetações, disse,estão hoje concentradas em cincomunicípios da cidade: Plaza, Playa,Centro Habana, Habana del Este eHabana Vieja, uns 367 quarteirõesdanados, sobretudo pelas afeta-ções costeiras. Agora, a tarefa con-siste em garantir a higiene, em umtrabalho em parceria entre as auto-ridades e a população. •

Cuba: atendimento médico garantido

As mães Lázara Hernández Arias e Nayari Corrales Medina acompanhandoseus filhos Leovany e César, respectivamente no hospital cardiológico pediá-trico William Soler, de Havana.

A enfermeira María Isabel Rodríguez Miranda (em pé) teve que enfrentar osembates do furacão Irma, mantendo-se em seu posto de trabalho no hospitaldo Centro de cardiologia infantil William Soler.

O doutor José Ernesto Betancourt La-vastida, diretor de Defesa e DefesaCivil, do Ministério da Saúde Pública(Minsap), assegurou que o sistemamantém a vitalidade em todas suasinstituições para oferecer atendi-mento médico à população.

A doutora Yanaris López Almaguer,diretora de Saúde Ambiental, doMinsap exortou a manter as medidashigiênicas para evitar o aparecimen-to de doenças oportunistas.

Jorge González Pérez, diretor de Do-cência do Minsap, expôs que nas 13universidades de medicina do paísserá reiniciado o ano letivo paulati-namente, de acordo às característi-cas de cada território.

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COLOR DE LA 8 PORTUGUES

Clubes de Computação e Eletrônicapara Jovens, 30 anos de serviço

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ESPECIAL8 GRANMA INTERNACIONAL22.SETEMBRO.2017 |

COLOR DE LA 8 PORTUGUES

Yisel Martínez García

• EM 1987, a informática não tinhaa relevância que tem hoje no coti-diano e Cuba não era a exceção.Contudo, no país começava umambicioso projeto social que pre-tendia ensinar computação àimensa maioria de crianças e jo-vens. Daí que, em 8 de setembrode 1987, surgiram os Clubes deComputação e Eletrônica para Jo-vens, uma ideia que completaseus 30 anos e que a partir da-quele momento é renovada se-gundo os tempos.

«Os primeiros 32 Clubes de Com-putação para Jovens foram constru-ídos nas capitais provinciais. Nocaso da província de Matanzas umdeles foi construído no município deColón, outro em Cardenas e em Va-radero, e dessa forma surgiram asprimeiras instalações», expressou odiretor-geral dos Clubes de Compu-tação para Jovens, Raúl Vantroi Na-varro Martínez.

Na passagem do tempo, os ser-viços associados às tecnologiasda informação e as comunicaçõesforam alargados. Os computado-res começavam a fazer parte dasescolas e as instituições, e essageração que não sabia como tra-balhar com estes equipamentos,também recebeu aulas nos Clu-bes de Computação para Jovens,a fim de adquirir habilidades.

No país foi se ampliando o núme-ro de Clubes de Computação paraJovens e atingiram as 174 instala-ções naquele período. Depois, em1991, um antigo mercado de Hava-na, tornou-se Palácio Central deComputação e posteriormente, em2000, o número de Clubes de Com-putação para Jovens chegou a 300.No período 2004 e 2005 foram cria-das 300 e a quantia aumentou para600 em todo o país. Hoje, existemmais de dois em cada município»,explica Raúl Vantroi.

«Nestes anos — acrescenta o di-retor-geral desta instituição — osClubes de Computação para Jo-vens tiveram um desenvolvimentovertiginoso. Hoje, todas as instala-ções contam com mais de cinco milespecialistas. Deles, 47% são uni-versitários, mas de 1.5 mil dominamum segundo idioma e se incluem800 mestres.

Com este pessoal capacitado foipossível ampliar os serviços e cur-sos. Aliás, de formação básica, es-pecializada e de pós-graduação,também são ministrados cursospara crianças e outros para deficien-tes e adultos.

«Durante estes 30 anos, desenvol-vemos aplicações informáticas, de-vido à assistência e assessoria,foram graduados mais de 4,5 mi-lhões (4.550.00) de pessoas. Atual-mente, temos um projeto de 21novos serviços e pretendemos me-

lhorar os que já existem», acrescen-tou Raúl Vantroi.

SERVIÇOS E PRODUTOS

A família cubana é para todos ostrabalhadores dos Clubes de Com-putação para Jovens seu maior ob-jetivo. Por isso, durante estes anosseus produtos têm destaque porsua qualidade. Por exemplo, o casode Ecured, a enciclopédia cubanaque oferece conhecimento universalà maioria dos cubanos. Com umavariedade de artigos acerca denosso país, Ecured tem mais de532 colaboradores ativos e mais de39 mil registrados.

«A enciclopédia recebe visitas dediferentes países latino-americanoscomo são México, Equador, Guate-mala, Colômbia, Chile, Venezuela eoutros. Além disso, é consultadadiariamente por mais de 250 milpessoas, e recebeu recentemente oprêmio Espaço, que outorga a Asso-ciação Cubana de ComunicaçõesSociais», explicou a vice-diretora-geral dos Clubes de Computaçãopara Jovens, Anamaris SolórzanoChacón.

Outros dos serviços que mais des-taca é a Mochila, um produto cultu-ral de divertimento para todas asidades. Seu funcionamento é muitoparecido com um canal de televisãonão tradicional, possui uma varieda-de de pastas onde o cliente é capazde criar sua própria programação.

Nossa plataforma de domínio .cuque compila os blogues cubanos éReflejos. Foi desenhada como umespaço de acesso para que os blo-gueiros possam partilhar suas opi-niões, interesses e necessidadesem forma de texto, imagens e ví-deos. Dessa forma, Reflejos é umsite onde os cubanos podem reco-nhecer seus interesses e os aneloscomuns», assevera Anamaris Solór-zano.

Reflejos tem, no total, 3.163 blogsativos, uns 22.199 clientes e recebemais de 300 mil visitas mensais.

O Estanquillo (banca) é outra dasplataformas. Funciona em temporeal, permitindo a descarga (dow-nload) e a visualização digital de ór-gãos da mídia, tanto internacionaisquanto nacionais. A aplicação ofere-ce várias facilidades: acesso fácil àinformação e atualidade, formas damoda, artes manuais, cultura, es-porte, saúde e outros.

SUSTENTÁVEL E POPULAR

Ainda que o sucesso social de umprojeto como os Clubes de Compu-tação para Jovens seja demonstra-do no interesse dos cubanos, man-ter estes serviços é custoso para opaís. Segundo explica o diretor-geraldos Clubes de Computação paraJovens, Raúl Vantroi Navarro Martí-nez, cada ano a entidade gastaquase 56 milhões de pesos.

«As entidades que oferecem servi-ços informáticos no mundo são

muito custosas. Atualizar softwares,hardwares e manter o funcionamen-to adequado de todos os equipa-mentos é fundamental para estasinstalações. Por isso, a partir de2014 foi tomada a decisão de cobraralguns serviços», acrescentou RaúlVantroi, pois está é uma decisãotranscendental e também estratégi-ca para os Clubes de Computaçãopara Jovens, porque procura autofi-nanciamento. «O grande desafio éser sustentável economicamente emanter a popularidade».

«Uma criança por jogar duashoras em um computador paga doispesos e para jogar na rede, porexemplo, uma criança de Guantá-namo com outra de Pinar del Río, opagamento é só de três pesos. Orabem, por esse serviço o país pagamuito mais, quase 17 pesos porhora, mas não podemos deixar dedar acesso a qualquer pessoa e temque continuar sendo assim».

«O Clube de Computação paraJovens que pensamos tem que serautofinanciado totalmente, com pre-ços accessíveis à população e tam-bém tem que manter a essência desua fundação que é ser uma organi-zação popular, ter produtos novos,atraentes, que constantementesejam transformados em outro me-lhor e com pessoal altamente quali-ficado», acrescenta Vantroi.

NOVIDADES E DESAFIOS

No mês de agosto passado, osClubes de Computação para Jo-vens realizaram um teste na cidadede Santiago de Cuba, especifica-mente no povoado de Caney, umazona onde a tecnologia moderna sedificulta. O propósito é que as pes-soas aprendam a utilização de equi-pamentos tecnológicos como celu-lares, tablets e computadores.

Com o nome de Info-alfabetiza-ção, o programa pretende alfabeti-zar tecnologicamente a populaçãocubana que não possua as habilida-des para usar as novas tecnologiasda informação e as comunicações.

Segundo explica a vice-diretora-geral dos Clubes de Computaçãopara Jovens, María de los ÁngelesPérez Ramírez, as famílias daszonas ofereceram seus lares e com-putadores para ministrar o curso,tornando a experiência muito maisrica.

«A maior contribuição dos Clubesde Computação para Jovens deInfo-alfabetização da Sociedade éensinar as pessoas utilizar as novastecnologias. Prepararam-se 68 ins-trutores de Santiago de Cuba, vin-culando-se o Ministério de Educa-ção, Saúde Pública, o Instituto Na-cional de Esporte e Recreação (porsua sigla em espanhol Inder) e o Mi-nistério da Cultura. Em uma sema-na, conseguiu-se alfabetizar 48.651pessoas, delas 1.120 crianças, 419adultos, 88 deficientes e 19 de cen-tros de reclusão», acrescenta Maríade los Ángeles Pérez.

Clubes de Computação e Eletrônicapara Jovens, 30 anos de serviçoNeste período de tempo mais de 4,5 milhões de pessoas se graduaram neles

O diretor-geral dos Clubes deComputação para Jovens. RaúlVantroi Navarro Martínez, explicaque as ações para 2018 respondem àmodernização da rede dos Clubes deComputação para Jovens e suapreparação para vários serviços,segundo o panorama atual.

ROBERTO MOREJÓN GUERRA

Fidel participou ativamente da criação dos Clubes de Eletrônica e Computação para Jovens.

LIBORIO NOVAL

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ESPECIAL 9GRANMA INTERNACIONAL22.SETEMBRO.2017 |

O projeto tem previsto se espa-lhar pelo país todo, depois do mêsde setembro, para terminar em2018 e concluir as atividades pelo30ª aniversário dos Clubes deComputação para Jovens.

Além deste grande propósito, asações para 2018 respondem àmodernização da rede e sua pre-paração para vários serviços, se-gundo o panorama atual. Poroutro lado, pretendemos terminaros produtos que se desenvolvempara sua exploração na rede dosClubes de Computação para Jo-vens e garantir a sustentabilidadedo pacote de produtos e serviçosque oferecemos», assevera o di-retor-geral dos Clubes de Compu-tação para Jovens. Raúl VantroiNavarro Martínez.

Desta forma, os Clubes de Com-putação e Eletrônica para Jovenspretendem se tornar espaços maispróximos da família, que sejam ca-pazes de educar e entreter, mas,sobretudo, que sejam populares eacessíveis para todos. •

Jovens recebendo cursos de computação.

Clubes de Computação itinerantes.

ISMAEL BATISTA RAMIREZ

DADOS DE INTERESSE

Instalaçõesno país queincluem

Palácios de computação

Clubes de Computaçãoitinerantes

Nas montanhas

Centros TecnológicosRecreativos

Centros de ServiçosInformáticos aliadoscom outras entidades

Instalações em zonasrurais

ASSINATURA

Contate a Agência Soycubano através do email: [email protected] ou

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Master Card ou American Express, nos idiomas espanhol, inglês, francês,

português e alemão.Também pode remeter seu pagamento

através do site da Pathfinder Press: www.pathfinderpress.com. O custo é de

US$50 ou seu equivalente em euros (52 semanas). As edições em alemão

e italiano são mensais, e o custo de umaassinatura anual é de US$18 ou seu

equivalente em euros.

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CULTURA10 22.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Ricardo Alonso Venereo

• O Conjunto Chappottín e suas Estrelas, com 67 anos defundado, pertencente à Empresa Comercializadora de Músi-ca e Espetáculos Ignacio Piñeiro, apresentou-se neste mês(setembro) em dois importantes eventos de jazz na Colôm-bia, país no qual são conhecidos, depois de sua participa-ção na Feira de Cali, em dezembro de 2009.

O primeiro evento do qual participaram fez parte da 21ªedição do Festival Internacional Mede Jazz, que se desen-volveu até 16 de setembro, na cidade de Medellín. Neste fes-tival também participaram, por Cuba, o maestro Chucho Val-dés junto ao seu quarteto; a orquestra Aragón e o SeptetoSantiaguero.

O outro evento foi o 21º Festival de Jazz Barranquilla 2017,mundialmente conhecido como o Barranquijazz Festival,

que se realizou de 13 a 17 de setembro, na cidade de Ba-rranquilla, sendo um dos eventos mais importantes de seutipo na América Latina. No dia 17 de setembro, em Barran-quilla, no Salão Jumbo, teve lugar a sua apresentação.

Em ambos os festivais os integrantes do Conjunto Chap-pottín e suas Estrelas prestaram homenagem a MiguelitoCuní, nome artístico do grande cantor de son Miguel Arcán-gel Cunill, no ano do centenário do seu natalício e cantarammúsicas de culto, dadas a conhecer pelo conjunto como são:La Guarapachanga, de Juan Rivera Prevot, hoje cantada porMiguel Arcángel Cunill Hernández, filho de Miguelito Cuní; ElCarbonero, de Iván Fernández; Sazonando, de Luis Martí-nez Griñán e outras.

Na 21ª edição do Barranquijazz também se apresentarampor nosso país Omara Portuondo, a diva da orquestra doBuena Vista Social Club, quem deu um concerto único, em 15de setembro, às 20 horas, partilhando o palco com a espan-hola Martirio, uma das artistas importantes da copla e músi-ca tradicional de seu país e o flautista Orlando Valle, Maraca,que, em 16 de setembro, apresentou-se como convidado es-pecial de Roberto Roena e sua Orquestra, de Porto Rico.

O evento incluiu, entre outros destacados músicos e ins-trumentistas, a orquestra colombo-alemã Camacho Trío, abanda italiana Rosario Giuliani Quartet, os brasileiros Tonin-ho Horta e Raúl de Souza, bem como o Terell Stafford Quar-tet, regido pelo estadunidense Terell Stafford.

A orquestra, atualmente regida por Jesús Chappottín Coto,alcunhado El Niño, neto do destacado trompetista FélixChappottín Lage, mantém-se como fiel continuadora da vidae obra de seu fundador. Atualmente, oferece um concertotodas as terças-feiras, a partir das 17h00, no salão Jelengue,do quintal Areíto, da casa gravadora Egrem, localizado narua San Miguel nº 410, entre as ruas Lealtad e Campanario,em Centro Habana. •

Conjunto Chappottín e suas Estrelas na ColômbiaOs integrantes do conjunto prestaram homenagem a Miguelito Cuní, nome artístico do grande sonero Miguel Arcángel Cunill,

no ano do centenário do seu natalício

CORTESIA DO CONJUNTO

• HAVANA.— Dança Contemporânea deCuba (DCC) confirmou no dia 18 de setem-bro sua presença na abertura do Festival In-ternacional Dance Inversion, de Moscou, em25 de setembro, a convite dos prestigiososteatros Bolshói e Stanivslaski.

A companhia mãe da dança contemporâ-nea nesta Ilha oferecerá espetáculos, nosdias 25 e 26 de setembro, no próprio TeatroStanivslaski, da capital russa.

Sob a direção de Miguel Iglesias, DCC ofe-recerá um programa formado por três peçasbem-sucedidas de seu repertório maisatual: El cristal, Matria Etnocentra, coreogra-fias dos cubanos Julio Cesar Iglesias e Ge-orge Céspedes, respectivamente e TangosCubanos, do britânico Billie Cowie.

Além de DCC, no Festival Dance Inversionassistirão as companhias Teac Danza, da Ir-landa; a de Rocío Molina, da Espanha; aDresden Frankfurt Dance Company, da Ale-manha; Jessica Lang Dance, dos EstadosUnidos e os conjuntos de Montecarlo, Mô-naco; de Marselha, França e de Zurique,Suíça.

Justamente, em 25 de setembro, a DCCcomemorará o 58º aniversário de sua funda-ção e depois do festival de Moscou prontifi-ca-se para dançar, em outubro, no teatro CityCenter, de Nova York, nos Estados Unidos.

Neste ano, a companhia fez uma turnê porvários teatros do Reino Unido, patrocinadapela academia de dança Dance Consortiumdaquele país, recebendo uma espetacularacolhida por parte do público e da mídia eu-ropeia. (PL) •

YANDER ZAMORA

Omara Portuondo, a diva da orquestra do Buena Vista SocialClub, também se apresentou na Colômbia na 21ª edição doBarranquijazz.

Dança Contemporânea deCuba presente em abertura

de festival na Rússia

PL

Dança Contemporânea de Cuba.

• DANÇA Contemporânea de Cuba éuma companhia de dança contemporâ-nea cubana, que tem sua sede no Tea-tro Nacional de Cuba. Fundada em 25de setembro de 1959, já fez mais de 90turnês por países da América, Europa,Ásia e África, e participou dos festivaismais importantes e eventos de dançano âmbito mundial; desde o Festival doTeatro das Nações, em Paris, 1961, atéa temporada 2007, no teatro Sadler’sWells, de Londres. Sua obra foi levadaao cinema, com títulos como: Historiade un ballet, Okantomí, Súlkari, Panora-ma, De la memoria fragmentada e To-cororo. (Fonte: Ecured) •

Uma ponte de povo a povoQuem somos?

Amistur Cuba S.A. promove a singularidade, beleza e humanismo da nação cubana, com um olhardiferente que sorri à vida e ao futuro, em uma Ponte de Povo a Povo.

Amistur Cuba S.A., Agência de Viagens do InstitutoCubano de Amizade com os Povos (Icap), receptorade Turismo Especializado, promove, organiza ecomercializa produtos e serviços turísticos quegarantem o desfrute e conhecimento da realidadecubana, através do contato direto com seu povo.

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O que fazemos?

Amistur Cuba S.A. oferece um amplo leque deprodutos e serviços:• Brigadas de Solidariedade e Trabalho Voluntário,espaço para a troca com os Movimentos deSolidariedade com Cuba.• Circuitos turísticos especializados, que combinamhistória, cultura e identidade com entornos únicos,capazes de propiciar um mundo de novas experiências.

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ESPORTES 1122.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Aliet Arzola Lima

• FALTANDO menos de um mês, a ginásti-ca artística cubana enfrentará seu segun-do desafio competitivo da temporada, no47º Campeonato Mundial da disciplina,em Montreal (Canadá), uma cidade mági-ca para o esporte, pois lá, há 41 anos, afora-de-série Nadia Comaneci conseguiua primeira qualificação perfeita (dez pon-tos) da história.

Com o espírito de atingir um rendimentode alto nível técnico e estético, ManriqueLarduet, Randy Lerú, Marcia Videaux eYesenia Ferrera representarão a Ilhamaior das Antilhas, depois de um longoprocesso de preparação na Escola Nacio-nal de Ginástica, na qual se mantêm trei-nando.

O treinador do time masculino, CarlosGil, disse ao semanário Granma Interna-cional que a etapa de treino corre legal esem lesões, o que resulta favorável, levan-do em conta que, sobretudo ManriqueLarduet, sofreu muito em 2016, devido àsmoléstias que limitaram seu desempenhonos Jogos Olímpicos de Rio de Janeiro.

Seja como for, Larduet, oriundo de San-tiago de Cuba, terá que realizar um esforço

maior para igualar ou ultrapassar sua atua-ção no certame mundial de Glasgow, em2015, onde atingiu a segunda colocaçãoentre os máximos acumuladores e conse-guiu a medalha de bronze na barra fixa.

Igualmente, será requerido o bom de-sempenho de Randy Lerú em um certameque, além da assistência do japonês fora-de-série Kohei Uchimura, concorrerão ou-tros campeões olímpicos e mundiais.

Pelo lado feminino, Marcia e Yesenia,com menos experiências nestes eventosde nível, mostrarão ao mundo suas virtu-des e concorrerão com o melhor da gi-nástica, incluída a estadunidense Simo-ne Biles, pois nela se concentra toda aatenção.

O número de ginastas participantes atin-girá os 408, entretanto o total, somandojúris, treinadores, pessoal médico, federa-tivos e convidados de 70 nações, será de1.048, segundo o registro de inscrição pu-blicado pela Federação Internacional deGinástica. Com equipes completas (dezginastas) nos aparelhos concorrerão Ar-gentina, Alemanha, Canadá, China, osEstados Unidos, França, Grã-Bretanha,Hungria, Holanda, Itália, Japão, Rússia,Coreia do Sul, Taiwan e a Ucrânia. •

MUNDIAL DE GINÁSTICA

Montreal está próximoManrique Larduet, Randy Lerú, Marcia Videaux e YeseniaFerrera representarão a Ilha maior das Antilhas, depoisde um longo processo de preparação na Escola Nacionalde Ginástica, na qual se mantêm treinando

Manrique Larduet será novamente a figura principal de Cuba.

RICARDO LÓPEZ HEVIA

O treinador dotimemasculino,Carlos Gil,disse que aetapa de treinodecorre legal esem lesões.

EYLEEN RÍOS

Jorge C. de la Paz

• CASO se tratar de estirpe, Alejandro Valdés,tem a mesma fidalguia de seu pai EnriqueValdés, tricampeão da Copa do Mundo nos62 quilos. O havanês mostra uma aceleradaprogressão, nos últimos anos, até se tornarnão só o máximo representante da categoria(65 quilos) no país, mas também o melhor lu-tador cubano no estilo livre.

«Quero que minha filha Alexa esteja orgu-lhosa de mim. A partir do começo de minhacarreira tenho a aspiração de tornar-me cam-peão do mundo. E para conseguir esse obje-tivo minha família e, sobretudo, minha filha,são fundamentais», alega.

Recentemente, quase conseguiu seu sono,depois de obter a medalha de bronze noCampeonato Mundial de Paris, sua primeiranestes certames. Sentia-se pronto para setornar campeão, tinha todas as condições,mas tanto no esporte quanto na vida até osmais mínimos detalhes têm que confluir afavor para atingir o triunfo.

«Após terminar os passados Jogos Olímpi-cos de Rio 2016, concentrei-me neste mun-dial. Senti-me bem no começo, contudo; ocombate no qual pude perceber minhas po-tencialidades reais foi nas quartas de final,contra o porto-riquenho Franklin Gómez, me-dalhista de prata no mundial de Istambul2011. Franklin é um rival exigente, possuimuita velocidade, de maneira que é precisoter concentração nos seis minutos porqueaproveita cada erro e isso custa caro. Na me-dida em que avançava o combate eu me sen-

tia forte, e finalizando, ao olhar o placar 11-2,percebi que estava melhor do que pensei».

Como foi o combate semifinal contra o po-laco Magomedmurad Gadzhiev?

«Foi um combate difícil. Gadzhiev é um luta-dor de alto nível com qual nunca tinha lutado,mas o conhecia perfeitamente porque assisti-mos aos mundiais de juniores. Daquela época

nos conhecemos mutuamente e, de fato,mantemos boa relação pessoal. Caracteriza-se por sua forte defesa e ataques muito efeti-vos. Sabia que não podia errar, tinha que serefetivo e não esgotar-me rapidamente, porquea inatividade podia custar caro».

«Nessa semifinal desenvolvi um ritmo decombate muito intenso e ele defendeu-se

com unhas e dentes. Porém, posso dizer queestive muito mais ativo em cima do tatame. Ocombate ficou 1-1 e o júri decretou Gadzhievvencedor. Eu acho que o júri podia ter maisjusteza, mas essa foi a decisão final».

Vemo-lo com muita força discutindo a me-dalha de bronze...

«Realmente foi uma mistura de sentimen-tos, sentia que podia ser campeão. Quandosofri a derrota na semifinal fique desconcen-trado, mas eu diz: ‘Ainda resta um combate eé melhor terminar com bronze do que naquinta colocação’».

Em um evento de máximo nível, como con-segue recuperar-se de uma frustrante perda,na qual se sentiu vencedor e, em um brevís-simo tempo, enfrentar o seguinte combate?

«Em Paris, cresci e procurei concentração;depois do combate o tempo daria para la-mentações».

«Depois da semifinal tomei banho e dormicerca de 40 minutos. Após levantar-me fizum bom aquecimento, pois meu rival pelamedalha de bronze era muito perigoso: obielorrusso Azamat Nurykau. Começando ocombate o placar (4-0) já era favorável paramim e restando cinco segundos dos primei-ros três minutos Azamat fez um contra-ata-que surpresa e conseguiu marcar. No se-gundo período realizou um ataque, ineficazporque procurando marcar, ele mudou aação e eu fiquei em uma posição muito difí-cil da que até hoje, não sei como conseguisair. Achei inclusive, que me podia derribarde costas, mas fiz um esforço e finalmentevenci o combate». •

Alejandro Valdés: Quero ser um orgulho para minha filha

Alejandro Valdés (à direita) no combate pela medalha de bronze, no mundial de Paris.

MARION STEIN

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onde se cruzam acorrupção e o poder

pagina 12 color portugues

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Gabriela Ávila Gómez

• HÁ dois anos, o então presidente da Gua-temala, Otto Pérez Molina, ocupava man-chetes em nível mundial após explodir umescândalo de corrupção no qual estavamenvolvidos tanto ele como funcionários deseu governo, inclusive a vice-presidentaRoxana Baldetti.

O caso, conhecido como «A Linha», cha-mado assim pela linha telefônica utilizadapara delinquir em temas como contrabandoe evasão de impostos na alfândega, foi ex-posto a inícios de 2015 pela Procuradoriadessa nação centro-americana e a Comis-são Internacional Contra a Impunidade naGuatemala (Cicig).

Os lucros de «A Linha» atingiram os US$ 3,6milhões, entre maio de 2014 e abril de 2015, esua descoberta causou a demissão de Baldet-ti; meses depois a de Pérez Molina (que senegou a abandonar seu cargo; em um primei-ro momento). Ambos – junto a outros funcioná-rios de seu governo – enfrentam atualmentevários processos por corrupção.

Hoje, o país se encontra novamente noolho do furacão depois que o presidenteJimmy Morales declarasse como personanon grata o chefe da Cicig, o colombianoIván Velásquez.

Velásquez se encontra, desde fins de2013, a cargo da Cicig, um organismo cria-

do há 11 anos, por mútuo acordo, entre asNações Unidas e o governo guatemalteco.

De acordo com seu site, a Cicig é uma ins-tituição sem precedentes dentro da ONU epossui atributos de um Procurador Interna-cional, embora opere sob as leis da naçãocentro-americana.

«A Cicig apoia as instituições do Estado napesquisa das atividades dos corpos ilegaise aparelhos clandestinos de segurança», dizo site.

QUE ACONTECE COM A CIGIG E JIMMYMORALES?

Depois de passar ao segundo turno daseleições presidenciais na Guatemala, noano 2015, Jimmy Morales afirmou que IvánVelásquez devia continuar e assegurou que,caso vencer as eleições, promoveria a per-manência da Cigig por vários anos.

De fato, em uma visita às Nações Unidasno passado ano, o presidente, que chegouao poder sob o lema Nem corrupto nem la-drão, advogou a continuar a missão da Cigigaté 2019, pedido que foi aprovado posterior-mente.

Contudo, as relações entre esse organis-mo e Morales começaram a cruzar-se quan-do Edgar Justino Ovalle, pessoa próxima dopresidente e um dos criadores da FrenteConvergência Nacional (FCN), no governo,

esteve envolvido em acusações por desapa-recimentos forçados e mais adiante foi assi-nalado por ocultar informação do financia-mento da campanha do partido.

Tempo depois, a inícios de 2017, um novocaso dedicado a investigar faltantes de fun-dos dentro do Estado revelou o envolvimen-to do filho e do irmão de Jimmy Morales,pelo qual, em julho, os dois foram enviadosa julgamento, sob os cargos de fraude e la-vagem de dinheiro.

O ponto chave do conflito ocorreu no fimde agosto quando a Cicig e a Procuradoriaguatemalteca revelaram que o presidenteteve financiamento ilícito durante a campa-nha que o levou ao poder em 2015.

Dias depois, Morales declarou Velásquezpersona non grata e ordenou sua expulsão.

Contudo, isto foi rechaçado posteriormentepelos magistrados da Suprema Corte daJustiça (SCJ).

Nesse sentido, o secretário-geral das Na-ções Unidas, António Guterres, reiterou seuapoio a Velázquez a cargo da Cicig: «Nãohá nenhuma queixa recebida em relaçãocom o chefe da Comissão Internacional con-tra a Impunidade na Guatemala, o secretá-rio-geral recomenda seu trabalho (…) e es-pera continuar apoiando-o no desempenhode suas funções a cargo da Comissão».

A SCJ iniciou um trâmite para o julgamen-to de Morales, sob a acusação de financia-mento eleitoral ilícito. Contudo, isto foi re-chaçado recentemente no Congresso, peloqual o presidente conseguiu manter suaimunidade. •

Guatemala:onde se cruzam a

corrupção e o poder

REUTERS

O presidente da Guatemala, Jimmy Morales, é acusado de financiamento ilícito durante acampanha que o levou ao poder em 2015, nessa nação centro-americana.

NOSSA AMÉRICA12 22.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

pagina 12 color portugues

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PAGINA DE COLOR 13 PORTUGUES

ONU precisa se reformar,mas sem unilateralismos

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NOSSA AMÉRICA 1322.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

PAGINA DE COLOR 13 PORTUGUES

Entrevista concedida pelo ministro dasRelações Exteriores da República deCuba, Bruno Rodríguez Parrilla, a JorgeGestoso, jornalista da Telesur, na sededas Nações Unidas, em 19 de setembrode 2017, «Ano 59º da Revolução».

(Tradução da versão estenográfica-Conselho de Estado)

• Jorge Gestoso.— Senhor chanceler,obrigado por ficar conosco

Bruno Rodríguez.— Muito obrigado. Jorge Gestoso.— O senhor reagiu pe-

rante o discurso de Donald Trump nestamanhã.

Bruno Rodríguez.— Foi um discurso in-sólito, agressivo, de dominação, profun-damente imperialista. Fiquei surpreendidopela manipulação acerca do tema da so-berania, o que significa soberania para osEstados Unidos, avassalamento paratodos; ignora totalmente o conceito deigualdade soberana que inspira as Na-ções Unidas.

Seu ataque contra a Venezuela: brutal,injustificado, arbitrário. Faz um apelo a im-plementar ações adicionais contra a Ve-nezuela. A que se está referindo? Àopção armada, algo pior?

E eu quero, então, ao condenar suaspalavras, reiterar a solidariedade absolutade Cuba com o povo bolivariano e chavis-ta, sua união cívico-militar, seu governoque lidera o presidente constitucional Ni-colás Maduro Moros.

Sua ameaça de destruição de um paísda península coreana com uma confla-

gração necessariamente nuclear, que po-deria pôr em perigo toda a humanidade.Um conflito que não pode ter, não tem, dejeito nenhum, solução militar.

O governo do presidente Trump é o go-verno que perdeu o voto popular, quetem, aliás, uma popularidade muito baixanaqueles que pagam impostos nestepaís; sem a menor autoridade moral paracriticar Cuba, um país pequeno, uma Ilhasolidária que tem uma ampla cooperaçãointernacional, um governo de reconheci-

da limpeza e transparência, um povonobre e trabalhador, a sede do processode paz da Colômbia, um país reconheci-do como um fator de estabilidade. E éfeito pelo chefe de um império, responsá-vel pela maioria das guerras que se tra-vam hoje no mundo e que é um fator deprofunda instabilidade mundial e de gra-víssimas ameaças à paz e à segurançainternacional.

Rejeito energicamente os pronuncia-mentos do presidente Trump.

Jorge Gestoso.— Escutou-se a possibi-lidade de pôr fim às relações com Cuba,ou que serão minimizadas significativa-mente. Como reagiu?

Bruno Rodríguez.— Ora bem, o presi-dente não disse em seu discurso. Sãotemas que comentarei mais em diante;nos próximos dias, no debate geral, fala-rei disso e me referirei minuciosamenteaos assuntos da agenda internacional, in-clusive, bilateral com os Estados Unidos.

Jorge Gestoso.— Finalmente, como osenhor reagiu após o horrível terremotode 7,0 que há pouco aconteceu no Méxi-co e que até o momento se contabilizamdezenas de mortos, uma tragédia!

Bruno Rodríguez.— Depois do recenteterremoto, justamente no aniversário doterrível terremoto que assolou a cidade doMéxico, expressei ao governo mexicano,ao povo mexicano, a sua delegação aqui,nossas profundas condolências. Tambémaos familiares das vítimas, aos danifica-dos e estamos à disposição do México.

Da mesma forma que estamos mobili-zando nossos esforços para contribuircom as Ilhas do Caribe Oriental, particu-larmente Dominica, que foi açoitada demaneira gravíssima. Temos nesse país 36colaboradores cubanos e estamos procu-rando a maneira de enviar-lhes maisajuda.

Jorge Gestoso.— Muito obrigado, chan-celer, obrigadíssimo por ter falado conosco.

Bruno Rodríguez.— Obrigado à Te-lesur.

Muito obrigado. •

Foi um discurso insólito, agressivo, dedominação, profundamente imperialista

Jorge Gestoso entrevista o chanceler cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, na sede da ONU.

REPROZIDA DO TWITTER

Sergio Alejandro Gómez

• O diplomata sueco Dag Ham-marskjold disse uma vez que «asNações Unidas não foram criadaspara levar a humanidade ao pa-raíso, mas para salvá-la do inferno».

Nascida sobre os entulhos daSegunda Guerra Mundial, o prin-cipal objetivo da ONU era evitaruma nova conflagração que colo-caria em risco a existência da es-pécie humana. Contudo, depoismais de sete décadas de existên-cia, são muitos e mais variadosos desafios que tem por diante omecanismo internacional, ondese sentam a dialogar quasetodas as nações do planeta.

O mundo atual é bem diferenteao do pós-guerra, quando algu-mas nações manejavam os fiosdo planeta. As antigas colôniassão agora pujantes nações inde-pendentes que concorrem emdesenvolvimento e riquezas comas que foram suas metrópoles.

As Nações Unidas são convo-cadas a uma mudança, para ga-

nhar eficiência, despojar-se dosesquemas arcaicos do passado eadaptar-se ao multipolarismo doséculo 21. Mas é preocupanteque algumas nações tentem se-questrar a decisão de transfor-mação para utilizá-la em seu pró-prio benefício.

Antes de proferir seu primeirodiscurso na Assembleia Geral, opresidente dos Estados Unidos,Donald Trump, acolheu em 18 desetembro, em Nova York, umevento sobre a «Reforma dasNações Unidas».

Trump convidou o resto dospaíses a se somar a uma «De-claração Política» de dez pon-tos, redigida por Washington,que aspira a converter-se emuma guia de ação.

É quando menos chamativoque um documento com aspira-ções globais não tenha sido de-batido com transparência e liber-dade pelos 193 Estados-mem-bros, nem tenha sido consultadocom eles as mudanças que gos-tariam de ver.

Nos segmentos de Alto Nível,como o que começa agora, écomum escutar apelos para for-talecer o papel da AssembleiaGeral, o único órgão onde todosos países estão representados.

Também são reiteradas as críti-cas à falta de democracia noConselho de Segurança, que tempoder vinculativo, mas um pe-queno grupo de países detêmprerrogativas sobre o resto, inclu-sive a possibilidade de vetarqualquer decisão.

O texto estadunidense, pelocontrário, insta a potenciar a in-terferência na soberania dos Es-tados em termos de respostashumanitárias, desenvolvimento epaz, em vez de correger as dis-torções que foram criticadas naAssembleia Geral.

Cuba não se somou à declara-ção, como também não fez issoum grupo significativo de países,inclusive a Rússia e a China,membros permanentes do Con-selho de Segurança.

Além das faculdades que se

ab-rogam os Estados Unidos,muitos temem que a administra-ção Trump esteja mais preocu-pada pela carteira do que pelofuturo do que o presidente des-creveu, quando era candidato àseleições de 2016, como um«clube onde as pessoas passambem».

Trump se queixou, em 18 de se-tembro, mais uma vez, porque osEstados Unidos contribuem comdinheiro demais para a organiza-ção. «Devemos assegurar-nos deque nenhum Estado-membro su-porte uma parte desproporciona-da da carga, seja militar ou finan-ceiramente», disse.

Os Estados Unidos, a maioreconomia do planeta, respaldam22% do orçamento central bienalde US$5,4 bilhões da ONU e28,5% de seu orçamento deUS$7,3 bilhões para os esforçosde paz.

Quase ninguém duvida que, a72 anos, as Nações Unidas pre-cisam de uma profunda transfor-mação. Mas a pergunta de que ecomo fazê-lo só pode ser respon-dida com o consenso de seusEstados-membros e não pela im-posição de uns poucos podero-sos. Ao contrário, o paraíso queprometem pode terminar conver-tendo-se em um inferno. •

ONU precisa se reformar,mas sem unilateralismos

O presidente estadunidense Donald Trump tenta impor os interesses imperia-listas dos EUA às nações Unidas.

As Nações Unidas são convocadas a uma mudança para ganhar eficiência, despojar-se de esquemas arcaicos do passado e adaptar-se aomultipolarismo do século 21

AP

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INTERNACIONAL14 22.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Iramsy Peraza Forte, enviada especial

• HUBEI, China.— Falar de Cuba em Hubei, ao sudoesteda China, não só evoca praias paradisíacas e um dos me-lhores runs do mundo, mas também a biotecnologia e aagricultura que cada vez mais ganham espaço entre osprimeiros ramos de exportação da Ilha maior das Antilhas.

Navegando pelas águas do rio Yangtzé, este territóriochinês, com um PIB de US$ 502 bilhões, em 2016, e umnível de desenvolvimento quase semelhante ao da Sué-cia, segundo os padrões do Banco Mundial, tem o des-ejo de estreitar mais seus laços com a América Latina eo Caribe. Havana é uma de suas grandes apostas.

«Atualmente, Hubei está implementando dois projetosde cooperação com Cuba», asseverou o diretor para osassuntos com a América Latina e o Caribe da província,Hu Jian. «O primeiro é no ramo da biotecnologia, umsetor no qual ambos os países avançam muito rápido,nos últimos anos», reconheceu e acrescentou que o se-gundo se trata de um programa de colaboração, em par-ceria, para o estabelecimento na Ilha de uma chácarademonstrativa agropecuária.

Ambos os projetos fazem parte dos acordos assinadosentre duas nações, no marco da visita ao nosso país,em 2014, do presidente da República Popular da China,Xi Jinping, e ratificados em 2016 durante a estada na ca-pital cubana do primeiro-ministro, Li Keqiang.

«Atualmente, estamos importando e vendendo nos mer-cados da província produtos da biotecnologia cubanacomo o PPG, um medicamento com grande aceitação napopulação chinesa, especialmente por suas origens natu-rais, algo que aqui valorizamos muito», asseverou Hu.

Disse, também, que se contempla introduzir, em cincoanos, nesta Zona de Desenvolvimento de Alta Tecnolo-gia, de East Lake, em Wuhan, uma linha de fabrico degrande capacidade para outros produtos de alta qualifi-

cação mundial obtidos pela biotecnologia cubana, comoo interferon contra as infeções virais e de uso oncológi-co, auxinas e vacinas.

A cooperação na indústria biotecnológica entre Chinae Cuba se projeta em três etapas. A primeira consiste noestabelecimento de agências para a comercializaçãodos medicamentos cubanos no gigante asiático; no se-gundo período o lado cubano oferecerá a tecnologia, en-tretanto o lado chinês dará o equipamento e instalaçõespara construir laboratórios de produção de medicamen-tos e a terceira compreende a abertura de institutos dedesenvolvimento e pesquisas conjuntas para atingir umpatamar superior e pôr em prática inovações.

Os vínculos entre China e Cuba no referido setor sedesenvolvem de maneira ascendente, há mais de 15anos.

Esse importante sucesso da Revolução está presen-te na segunda potência mundial através das empre-sas mistas chinesa-cubana Biotech, localizada naZona Especial de Desenvolvimento de Pequim eChangchun Heber Biological Technology, que fica emJilin, no norte do país.

COMPLEMENTARIDADE AGRÍCOLA

Com uma extensão de 187.400 km2 e uma popula-ção cerca de 64 milhões de moradores, Hubei é co-nhecida como a terra do arroz e do peixe e conta comuma importante base industrial e tecnologia muitoavançada para o desenvolvimento da agricultura.

«Por essa razão, o ministério da Agricultura daChina nos deu a missão de ajudar a estabelecer emCuba a chácara demonstrativa agropecuária, projetoque contará com um centro de produção de grãos eque inclui a construção de uma área para o plantio dearroz e doação de equipamentos para a pecuária», re-feriu o presidente do Conselho do grupo agrícola es-tatal Nong Ken Lian Feng, Zhang Xiaojun.

O centro foi inaugurado em 2014, durante a visitado presidente chinês a Cuba, e se encontra na em-presa genética pecuária Los Naranjos, na provínciade Artemisa, uma entidade criada por iniciativa dolíder histórico da Revolução Cubana, Fidel CastroRuz.

«Nosso objetivo final é ajudar ao lado cubano a ele-var o nível de sua tecnologia e gestão da produçãoagrícola», alegou o diretivo deste grupo fundado, em2006, com o objetivo de ajudar ao desenvolvimento daagricultura e cooperar em nível internacional. •

Hubei, província chinesa que aposta em CubaWWW.CHINATODAY.COM

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IENTÍFICO ORTOPÉDICO INTERN

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Diretor:Rodrigo Alvarez Cambras

Ave. 51 No.19603 La LisaLa Habana

CubaTel: (537) 271 8646/ 271 9055/ 273 6480Fax: (537) 273 6480/ 273 1422/ 273 6444

E Mail: [email protected]@fpais.sld.cu

www.frankpais-ortop.comwww.ccortopfpais.sid.cu

O Complexo hospitalar mais extenso e integral do mundo, dedicado à cirurgiaortopédica, traumatológica, reconstrutiva e reabilitadora do sistema

osteomioneuroarticular.Oferece tratamento em doenças da coluna vertebral; hérnia de disco; paralisia

da medula espinhal de origem traumática, congênita ou adquirida; paralisia dos nervosperiféricos; tumores ósseos e de partes brandas; fraturas e seqüelas de fraturas;

pseudoartrose; infecções ósseas e articulares; deformidades congênitas e adquiridas dos membros.

Além disso, dedica-se à cirurgia reconstrutiva em lesões de pés e mãos; enxertosósseos e de articulações parciais e totais; substituições com próteses das articulações;

microcirurgia; artroscopia; alongamento dos ossos por problemas congênitos ouadquiridos, baixa estatura ou nanismo; cirurgia de revascularização e enxerto em

lesões da medula espinhal em necroses articulares.O hospital também oferece serviços especializados nas técnicas de fixação

externa e em lesões e traumatismos esportivos.Também conta com o Centro de Saúde Física e Esporte Ortoforza, dedicado àpromoção, recuperação e apoio da saúde física, através do controle médico, dareabilitação e do esporte; tudo isto em uma confortável instalação que dispõe de

consultas médicas, ginásio com diferentes equipamentos, quadras de tênis, piscina, minigolfe, recinto para corridas, assim como serviços de restaurante, cafetaria

e outros.Também fazem parte do Complexo a Escola Ibero-Americana de Ortopedia e

Traumatologia, e o Centro de Eventos Ortop, dedicados, respetivamente, à organizaçãode cursos e estágios, e à realização profissional de congressos e diferentes tipos de

reuniões. Para isso, têm salões devidamente equipados e pessoal técnico qualificado.

ORTOPCentro de Eventos Centro de Saúde Física e Esporte

ORTOFORZA

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INTERNACIONAL 1522.SETEMBRO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Eduardo Rodríguez-Baz

• MADRI.— As autoridades da Catalunhaativaram seu autoproclamado processo desoberania, com vista ao dia 1º de outubro,quando pretendem realizar um referendounilateral para separar essa comunidadeautônoma do resto da Espanha.

No que muitos consideram uma criseinstitucional de final imprevisível, o Parla-mento catalão — com maioria indepen-dentista — aprovou, em 6 de setembro, achamada Lei do Referendo, que estabele-ce a base legal para consumar a contro-versa consulta.

Apesar do rechaço frontal do governo deMariano Rajou e da justiça espanhola, anormativa foi avaliada com os 72 votos deJuntos pelo Sim e o agrupamento anticapi-talista CUP, 11 abstenções e a ausência degrande parte da oposição, que denunciou ailegalidade da votação.

Para a coalizão Juntos pelo Sim — inte-grada por Esquerda Republicana da Cata-lunha (esquerda) e o centro-direitista Parti-do Democrata Catalão — a flamejantenorma dá legitimidade a um voto sobre aseparação da Espanha, baseado no princí-pio de autodeterminação. Após a tensa amaratonista sessão da câmara catalã, opresidente da Generalitat (executivo cata-lão), Carles Puigdemont, assinou o decretode convocatória da consulta secessionista.

Puigdemont assegurou, então, que defen-derá até o fim o direito de decidir da Cata-lunha e instou os catalães a participaremem massa do referendo.

«Negar esse direito, tratar os catalãescomo súbditos ao serviço de um Estado,que fabrica ameaças ao mesmo ritmo quedescumprimentos, isso não é democracia,

é outra coisa», denunciou o presidente au-tonômico.

Na opinião dele, a rica região de 7,5 mi-lhões de habitantes tem a oportunidade deconstituir-se em um Estado «democrático,moderno e livre».

Decisão que, advertiu, caberá às pes-soas e não a nenhum Conselho de Minis-tros ou Tribunal Constitucional (TC) «desle-gitimado, desprestigiado e politizado até ní-veis impróprios», ressaltou.

A administração de Rajoy e o TC utiliza-ram todo seu arsenal para frear as aspira-

ções separatistas, que se intensificaram apartir de 2010.

Então, a formação do atual chefe do Gover-no, o conservador Partido Popular (PP) —naquele momento principal força da oposição— conseguiu que o Tribunal Constitucionalrestringisse uma reforma do Estatuto de Au-tonomia aprovada pelo Parlamento e a popu-lação catalã.

Em 28 de junho de 2010, o alto tribunal, a pe-dido do PP, anulou vários artigos do novo Es-tatuto de Autonomia catalã, uma sorte deConstituição regional, o qual foi considerado

pelos partidos secessionistas como uma ofen-sa a esse território do nordeste espanhol.

Em um comparecimento no Palácio de LaMoncloa (sede do poder central) e depois derecorrer perante a justiça todos os passosdados pela Generalitat, Rajoy assegurou queimpedirá, por todas as vias legais possíveis,a realização do polêmico referendo.

«Essa consulta, por mais que se pretendeimpor de forma atropelada, atamancada eilegal, não vai ser realizada», ressaltou o di-rigente conservador, que qualificou de au-toritária e antidemocrática a atuação dePuigdemont.

O também líder do direitista PP afirmou quefará tudo quanto puder, sem renunciar anada, para evitar a ruptura do modelo de con-vívio nesta nação ibérica.

«O que não é legal não é democrático», en-fatizou o governante, que asseverou que«responderá com firmeza e serenidade àspretensões de soberania».

Consultado pelo grave conflito territorial, osecretário-geral da coalizão de esquerda Uni-dos Podemos, Pablo Iglesias, exortou LaMoncloa a que moderasse o tom do debate eapostou, mais uma vez, na realização de umreferendo pactuado e com garantias.

«Pode ser que o Governo tenha razão emquestões jurídicas, mas é irresponsávelquando se escuda na lei para arranjar umproblema político», opinou o líder da terceiraforça parlamentar na Espanha.

«Não há soluções regulamentares ou legaiscapazes de resolver um melhor encaixe daCatalunha na Espanha», advertiu Iglesias.

«O que cabe agora é agir como um Estado,com sensatez e calma, mas, sobretudo, o re-conhecimento de que os conflitos políticosnão são resolvidos pelos juízes, têm que serresolvidos politicamente», ressaltou. (PL) •

PRENSA LATINA

Catalunha ativa plano para se separar da Espanha

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COLOR DE LA 16 PORTUGUES

No mundo prossegue campanhade solidariedade a Cuba

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COLOR DE LA 16 PORTUGUES

Nuria Barbosa León

• COM o propósito de reunir vonta-des para exigir a eliminação dobloqueio econômico, financeiro ecomercial imposto pelos EstadosUnidos a Cuba há mais de meioséculo, em diversos países decor-re a jornada ‘Temos Memória. So-lidariedade vs Bloqueio’, até come-ços de novembro, em que ocorre-rá a próxima votação na Assem-bleia Geral das Nações Unidas daresolução cubana contra essa me-dida coercitiva.

O primeiro vice-presidente doInstituto Cubano de Amizade comos Povos (ICAP), Elio GámezNeyra, expressou ao Granma In-ternacional que as ações começa-ram com um ato de solidariedadeem homenagem ao 20º aniversá-rio do assassinado do jovem italia-no Fabio Di Celmo, no hotel Copa-cabana, onde explodiu umabomba colocada pelo mercenáriosalvadorenho Raúl Ernesto CruzLeón, uma operação terrorista fi-nanciada por elementos contrarre-volucionários de origem cubanacom sede no sul da Flórida.

Significou que a atividade serviude recordação a todas as vítimasdo terrorismo ao longo da históriada Revolução Cubana.

Os organizadores da campanhainternacional fazem atividadesculturais, atos, plantões de protes-to, concentrações, passeatas emanifestações frente às embaixa-das e consulados dos EstadosUnidos em diversos países. «Tam-bém organizam atos de recorda-ção e serão convocados os Parla-mentos e Senados para que redi-jam moções e documentos decondenação do bloqueio e dosatos terroristas contra a Ilha cari-benha», destacou o funcionário doICAP.

Estas ações são promovidas pororganizações do movimento mun-dial de solidariedade com Cuba,presente em 152 nações, as quaiscondenam, ainda, o terrorismocontra Venezuela, América Latina,Europa e onde quer que ocorramatos desta natureza.

«Em Washington terão sessões,de 11 a 16 de setembro diversoseventos que vão desde trabalhode lobby na sede do Congresso

norte-americano até uma passea-ta e um ato de solidariedade fren-te à Casa Branca», destacouGámez Neyra.

Soube-se que serão efetuadaspalestras e conversas para infor-mar sobre os danos ocasionadospelo cerco econômico dos EUAcontra a Ilha maior das Antilhas,apesar do restabelecimento dasrelações diplomáticas bilaterais.O contexto foi propício para lem-brar do assassinato do Guerrilhei-ro Heroico Ernesto Che Guevarana Bolívia, há meio século.

Os amigos de Cuba na Espanhaanunciaram uma jornada espe-cial, de 2 a 9 de outubro, enquan-to na Bélgica acontecerá o En-contro de Solidariedade comCuba ‘Che presente’, bem como acelebração dos 25 anos da Asso-ciação de Amizade IniciativaCuba Socialista.

Na Ilha caribenha, as organiza-ções de massa e políticas aderema esta campanha com inúmerasiniciativas nos coletivos de traba-lhadores e de estudantes. Tencio-nam efetuar atos, passeatas eeventos culturais, nos quais en-

viarão mensagens à comunidadeinternacional para que rejeite aspolíticas imperialistas anticuba-nas de recolonização.

O dirigente do ICAP acrescen-tou que em Cuba serão lembra-dos vários aniversários ocorridosno nono e no décimo mês do ano,como o golpe de Estado no Chile,em 11 de setembro de 1973; aepopeia após a injusta prisão dosCinco heróis cubanos nos EUA, oassassinato do político e embai-xador chileno Orlando Letelier,em 1976, no território estaduni-dense; a criminal sabotagem comuma bomba perpetrado contra umavião da linha aérea Cubana deAviação frente às costas de Bar-bados, em outubro desse ano e oassassinato do Comandante gue-rrilheiro argentino-cubano Ernes-to Che Guevara na Bolívia, em 8de outubro de 1967.

Entretanto, a organização comu-nitária Comitês de Defesa da Re-volução, celebrará audiências pú-blicas para denunciar as afetaçõ-es do bloqueio econômico contraa Ilha, condenado pela comunida-de internacional praticamente de

maneira unânime na AssembleiaGeral da ONU.

A voz unânime na jornada con-denará também a ofensiva impe-rial e das oligarquias contra osgovernos revolucionários e pro-gressistas da América Latina e oCaribe e daqueles que planejamgolpes de Estado parlamentares,ameaçam a estabilidade políticae a soberania dos povos comconspirações patrocinadas a par-tir de Washington. •

• O compromisso solidário por mais de 50anos da Fundação Interreligiosa para a Or-ganização Comunitária (IFCO)-Pastorespela Paz foi destacado em um ato de come-moração no Instituto Cubano de Amizadecom os Povos (ICAP) em Havana.

Igualmente, foi reconhecido o legado doseu fundador, o reverendo estadunidenseLucius Walker, sete anos depois do seu des-aparecimento físico, por seu compromissopolítico e sua tomada de consciência emperpetuar uma mudança nas relações so-ciais do mundo, contestando o poder hege-mônico dos Estados Unidos.

Na atividade, Gail Walker, filha de Lucius,e diretora executiva dos Pastores pela Paz,lembrou o ímpeto do seu pai para atrair aatenção pública para sua luta contra as in-justiças e por acompanhar os processos re-volucionários ocorridos na Nicarágua eCuba.

Nomeou Lucius como mestre, pastor, or-ganizador comunitário e significou: «Foi umfilho amado de Fidel Castro, ele teve a ideiade acolher os jovens que não tinham recur-sos para estudar medicina nas universida-des dos Estados Unidos e trazê-los aquipara formá-los como médicos, com o únicocompromisso de retornar após se formareme prestarem serviços nas comunidadesmais necessitadas». A ativista disse que sesentia orgulhosa ao ver como tantas pes-soas honram seu pai em diversas partes domundo.

O reverendo Walker nasceu em 3 de agos-to de 1930, em Nova Jersey. Em maio de1964 patrocinou a Comissão Nacional paraAbolir a Casa de Atividades Antiamericanase em 1967 criou a IFCO. Ocupou o cargo de

secretário-geral adjunto do Conselho Nacio-nal das Igrejas desde 1973 até 1978 e em1984 se converteu em pastor da Igreja Ba-tista da Salvação.

Em sua estada na Nicarágua Sandinistaconcebeu o projeto Pastores pela Paz quan-do foi ferido em um ataque da contrarrevolu-ção nesse país centro-americano. Comessa plataforma, a partir de 1992, impulsio-nou 21 Caravanas da Amizade (hoje che-

gam a 28), que proporcionou doações aopovo cubano, como forma de driblar o geno-cida bloqueio econômico, comercial e finan-ceiro dos EUA a Cuba. Morreu em 7 de se-tembro de 2010.

O Herói da República de Cuba, FernandoGonzález Llort, presidente do ICAP, referiu-se aos esforços de Lucius para conseguirmaior apoio das igrejas às organizaçõesprogressistas e à luta pela justiça social,

principalmente nas comunidades mais des-favorecidas, como as afro-americanas e aslatinas.

O funcionário cubano reafirmou: «Sua lide-rança ajudou a encorajar iniciativas com ca-ráter internacional como o apoio aos refu-giados provenientes do Haiti ou as delega-ções e caravanas enviadas à América Cen-tral. O envio de doações a Cuba serviu paradivulgar a realidade cubana no povo estadu-nidense e organizar um movimento que ad-voga pela eliminação das políticas hostis daCasa Branca para a Ilha caribenha», expli-cou González Llort.

Lembrou o significado da segunda carava-na a Cuba, a qual desafiou as autoridadesnorte-americanas ao cruzar a fronteira porLaredo, Texas, após percorrer 90 cidades dopaís, recolhendo 12,5 toneladas de remé-dios, leite em pó, bicicletas, materiais esco-lares e bíblias.

Ali, um ônibus foi retido, com o propósitode obstaculizar a passagem dos membrosda caravana, o que gerou uma greve defome, até se conseguir a passagem dacarga. «Não imaginavam que esse veículoviria converter-se em um ícone da luta con-tra o bloqueio e em uma genuína expressãoda amizade entre nossos povos», afirmou odirigente cubano.

Comentou, ainda, que a IFCO participouativamente da luta pelo retorno do meninoElián González e aderiu à campanha mun-dial pela libertação dos Cinco. Concluiusuas palavras agradecendo à organização econvocando-a a somar mais integrantes naspróximas caravanas. E advertiu: «Cuba ne-cessita de mãos solidárias que se levantemunidas em apoio à sua soberania». •

No mundo prossegue campanhade solidariedade a Cuba

Elio Gámez Neyra, primeiro vice-presidente do ICAP, assegurou quenesta jornada solidária haverá umgrupo de atividades, que incluemplantões de protesto, concentrações,passeatas e manifestações frente àsembaixadas e consulados dos EstadosUnidos em diversos países.

Lembram trabalho dos Pastores pela paz e do seu líder Lucius Walker

ORLANDO PERERA

O presidente do ICAP, Fernando González Llort reconheceu o legado solidário da organização IFCO-Pastores pela Paz fundada por Lucios Walker.

ISMAEL BATISTA

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