atlas tematico alcobaca

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  • 8/19/2019 Atlas Tematico Alcobaca

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    UNIVERSIDADE DO PORTOFACULDADE DE LETRASLicenciatura em Geografia

     ATLAS TEMÁTICO

    Concelho de Alcobaça

    Território e População

    Carlos Filipe dos Santos Delgado

    Cartografia TemáticaDr. Mário Gonçalves Fernandes 

    PortoJaneiro/2005 

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    Índice

    Pág.Capítulo I – Introdução e apresentação do trabalho 2 1.1 – Objectivos do trabalho 21.2 – Opções metodológicas e técnicas 2 Capítulo II - Enquadramento administrativo e geográfico da área estudada 4 2.1 – Circunscrições administrativas 42.2 – Orografia e rede hidrográfica 4

    2.3 – Rede de transportes 5 Capítulo III – Caracterização socio-económica do concelho 5 3.1 – Evolução do número de habitantes 53.2 – Densidades demográficas 73.3.1 – Escolaridade e instrução 93.3.2 – Um caso particular: a Escola Profissional de Agricultura e DesenvolvimentoRural de Cister 103.4 – População activa e sectores económicos 13 Capítulo IV – Considerações finais acerca dos objectivos propostos 14 Mapas temáticos Anexos 1. Fórmulas e cálculos utilizados2. Ábacos3. Gráficos4. Desenhos-base para posterior digitalização5. Tentames de cartografia

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    Capítulo I – Introdução e apresentação do trabalho

    1.1 - Objectivos do trabalho

    O presente trabalho realizou-se no âmbito da disciplina de Cartografia Temática, a

    decorrer no primeiro semestre do 2.º ano, na licenciatura em Geografia, no ano lectivo de

    2004/2005.

    Presidiram à execução deste pequeno Atlas  temático os seguintes objectivos,

    enunciados no programa da supracitada disciplina:

    - «Compreender a cartografia temática enquanto instrumento de investigação, de

    Ordenamento do território e de ensino em Geografia;

    - Conhecer os conceitos, métodos e técnicas da cartografia temática;

    - Desenvolver as capacidades de análise crítica de documentos de cartografia

    temática;

    - Conceber e elaborar cartografia temática;

    - Desenvolver as capacidades de diversificação de soluções e opções

    cartográficas» (http://sigarra.up.pt/flup/disciplinas_geral., 2004/2005)

    Trata-se, a meu ver – e julgo ser de opinião geral –, de uma forma bastante prática

    e proveitosa de compreender conceitos e assimilar conteúdos subjacentes à prática

    corrente de cartografia temática, não só na área da Geografia, como noutras áreas do

    saber e de investigação. Conclui-se, pois, que “só se aprende a fazer, fazendo”!

    1.2 – Opções metodológicas e técnicas

    A primeira escolha a ser tomada foi sobre a área de trabalho, mais concretamente oconcelho do País a ser retratado. Inicialmente quis escolher o concelho da Nazaré, por

    duas razões muito singelas: conhecimento empírico da área a estudar e cartografar, e

    raízes familiares e sentimentais no dito concelho. Mas “não há bela sem senão”... Este

    conta apenas com três freguesias – Nazaré, Famalicão da Nazaré e Valado dos Frades –

    havendo a possibilidade de, em breve, a primeira ser dividida, para criar uma quarta –

    Sítio. Este facto veio invalidar as minhas pretensões, se bem que esteja nos meus

    horizontes próximos alargar este meu estudo a esta circunscrição.

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    A escolha alternativa que fiz não foi difícil. O concelho da Nazaré encontra-se numa

    espécie de “ilha” rodeada pelo Oceano Atlântico... e por Alcobaça. De facto, se

    historicamente ambos fizeram parte de uma única unidade territorial – o Couto de

    Alcobaça – a verdade é que, ainda hoje, ambos os concelhos se encontram

    visceralmente unidos em determinadas características físicas, demográficas, económicas

    e culturais. As que se reportam a Alcobaça, iremos ver nas páginas seguintes, pois é

    esse o objectivo primordial do meu trabalho.

    Quanto às opções metodológicas e técnicas propriamente ditas, julgo não trazer

    nada de novo face ao panorama geral dos trabalhos apresentados nesta cadeira pelos

    meus colegas de licenciatura. De um modo geral, as fontes utilizadas foram as mesmas,

    assim como a informação recolhida. Caso se tratasse de um trabalho a desenvolver

    durante um ano lectivo inteiro, muito mais se poderia ter feito, maior seria o volume e a

    diversidade da informação recolhida.

    Para a base cartográfica de Alcobaça, sobre a qual assentei a cartografia das

    informações, socorri-me dos mapas presentes nos Resultados Preliminares  do Censos

    2001, publicados pelo Instituto Nacional de Estatística. Para os concelhos e freguesias

    limítrofes, bem como para o distrito de Leiria e as NUT’s correspondentes, pesquisei umainesgotável fonte de informação, que é a Internet. Contudo, nem sempre os mapas

    apresentados são os de melhor qualidade, os mais fidedignos, os mais correctos, mesmo

    aqueles apresentados (quando o são) por organismos e instituições oficiais, que tanto

    cuidado deveriam ter na apresentação da sua produção cartográfica.

    De seguida, utilizei as ferramentas informáticas que, por hábito profissional, tenho

    ao meu dispor, para conferir um aspecto gráfico mais sugestivo, interessante e cuidado

    as mapas apresentados. Devo alertar que não se tratou da utilização de programas

    automáticos, tais como o Mapinfo,  ArcGIS, ou  Autocad Map, em que a informação étratada e cartografada automaticamente! Os programas utilizados foram o  Autocad 2004

    (mapa de pontos e mapa de círculos proporcionais) e o  Macromedia Freehand 10 (todos

    os restantes). Neles, apliquei os desenho previamente elaborados manualmente, pelo

    método tradicional e requerido na cadeira, posteriormente scannerizado em formato .jpg,

    e sobre eles repeti os desenhos, “clicando” vezes sem conta, em vez de os passar a

    limpo, de uma assentada, com tinta-da-china. Pode dizer-se que, para esta

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    apresentação, tive o dobro (ou mais...) do trabalho que teria pelo método tradicional. Mas

    valeu a pena!

    Para o tratamento da informação recolhida, recorri às folhas de cálculo do Microsoft

    Excel, bem como aos seus gráficos (associação mapa/gráfico). De igual modo, não

    prescindi das usuais (e inúmeras) contas e fórmulas, efectuadas com papel e lápis, as

    quais apresento em Anexo, juntamente com as não menos numerosas tentativas

    frustradas e preparatórias de realização da melhor cartografia possível.

    Capítulo II - Enquadramento administrativo e geográfico da área estudada

    2.1 - A área estudada situa-se administrativamente no concelho de Alcobaça,

    distrito de Leiria, Portugal. É parte integrante da NUT III do Oeste e da NUT II de Lisboa e

    Vale do Tejo. Ocupa uma área de 4.064.822 Km2  e, segundo as mais recentes

    estatísticas, nele residem 55 376 pessoas (INE, 2004).

    É composta por 18 freguesias: Alcobaça, Alfeizerão, Alpedriz, Bárrio, Benedita,

    Cela, Cós (ou Coz), Évora de Alcobaça, Maiorga, Martingança, Montes, Pataias,

    Prazeres de Aljubarrota, São Martinho do Porto, São Vicente de Aljubarrota, Turquel,

    Vestiaria e Vimeiro. Nas estatísticas de 2001, Alcobaça já não conta com a freguesia daMoita, que entretanto ficou vinculada ao concelho da Marinha Grande (Cf. mapas de

    localização).

    2.2 – Situado numa região litorânea, o concelho de Alcobaça apresenta uma

    homogeneidade geográfica, sobretudo a nível da paisagem e da orografia. É

    caracterizado, regra geral, por altitudes que variam entre os 0 e os 100 metros (no cordão

    litoral, nas planícies aluviais das extintas lagoas da Pederneira e de Alfeizerão e no vale

    tifónico das Caldas da Rainha) e os 100-200 metros. Apenas a Sul e Sudeste doconcelho é que esta paisagem é radicalmente alterada, em virtude dos limites ocidentais

    da Serra dos Candeeiros, pertencente ao Maciço Calcário Estremenho (Cf. mapa

    hipsométrico).

    É uma região onde predominam as rochas sedimentares, favoráveis a numerosos

    cursos de água encaixados no fundo dos vales de encostas muito íngremes (Cf. mapa

    da rede hidrográfica principal). Esta presença importante e assídua de linhas de água

    foi, desde muito cedo, um dos factores de fixação das actividades humanas na área ,

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    com particular destaque para a Ordem de Cister, desde o século XII. Também não é de

    estranhar a importância económica acrescida com este facto, sobretudo ao nível da

    agricultura, e mais concretamente a fruticultura.

    2.3 – Não é, pois, de estranhar que, sendo um concelho bastante rico sob o ponto

    de vista agrícola, mas também da faina piscatória (com os portos de S. Martinho do

    Porto, Paredes da Vitória e, em tempos, da Pederneira) e, a partir do século XIX, do

    ponto de vista turístico (como zona de lazer, vilegiatura e promoção cultural), tenha vindo

    a ser alvo da implementação de infra-estruturas básicas, tais como as estradas ou os

    caminhos-de-ferro (Cf. mapa da rede de estradas e caminhos-de-ferro).

    Assim, podemos constatar que, desde as simples estradas municipais, passando

    pelas estradas nacionais (incluindo a EN1) e, mais recentemente, a A8, que liga Lisboa a

    Leiria (e posteriormente à Figueira da Foz), como complemento litoral à A1. Não nos

    esqueçamos, da mesma forma, da linha do Oeste que, em abono da verdade, já teve

    melhores dias. Todas estas acessibilidades transformaram a região Oeste (e, com ela,

    Alcobaça, parte integrante de um vasto hinterland  situado entre pólos urbanos

    importantes como Lisboa, Coimbra, Leiria ou Santarém.

    Capítulo III – Caracterização socio-económica do concelho 

    3.1 – Apresentadas as linhas mestras que definem o território de Alcobaça, urge

    agora tecer algumas considerações sobre a sua vertente humana.

    Mediante a análise dos dados estatísticos mais recentes, podemos afirmar que, em

    10 anos (1991-2001), o concelho sofreu as vicissitudes demográficas (em menor escala,

    claro está) que os seus congéneres metropolitanos: esvaziamento da freguesias “urbana”

    (Alcobaça) e de outras freguesias “rurais” (Alfeizerão, São Vicente de Aljubarrota, Coz,Montes e, com maior destaque, Maiorga); por outro lado, verifica-se uma autêntica

    “invasão” das freguesias do Vimeiro (na periferia da cidade das Caldas da Rainha) e de

    São Martinho do Porto (em virtude da pressão urbanística e especulativa que tem vindo a

    sofrer nestes últimos anos, por ser uma estância de veraneio e de segunda residência

    para um número crescente de pessoas). Nota-se um movimento crescente do número de

    habitantes em direcção a concelhos vizinhos, tanto a sul (Caldas da Rainha e Rio Maior),

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    como a norte (Marinha Grande e Leiria) (Cf. Quadros 1 e 2 e mapa da população

    residente entre 1991 e 2001).

    FREGUESIASPOP. RESID.

    (1991)

    POP. RESID.

    (2001)

    VARIAÇÃO

    (ABSOLUTA)

    VARIAÇÃO

    (%)

    1. Alcobaça 5121 4987 -134 -2,61

    2. Alfeizerão 3983 3849 -134 -3,36

    3. Alpedriz 814 849 +35 +4,29

    4. Bárrio 1680 1707 +27 +1,6

    5. Benedita 7397 8233 +836 +11,3

    6. Cela 3155 3426 +271 +8,58

    7. Coz 2141 2043 -98 -4,57

    8. Évora de Alcobaça 4480 4788 +308 +6,87

    9. Maiorga 2224 1965 -259 -11,64

    10. Martingança 972 1039 +67 +6,89

    11. Montes 745 699 -46 -6,17

    12. Pataias 5277 5453 +176 +3,33

    13. Prazeres 3582 3711 +129 +3,614. São Martinho do Porto 2236 2644 +408 +18,24

    15. São Vicente de Aljubarrota 2283 2267 -16 -0,7

    16. Turquel 4075 4342 +267 +6,55

    17. Vestiaria 1233 1262 +29 +2,35

    18. Vimeiro 1675 2112 +437 +26,08

    19. Moita 1309 - - -

    Quadro 1 - Variação da população residente (H/M), por freguesia, no concelho de Alcobaça

    (1991-2001) – mapa coropleto. 

    FREGUESIASPOP. RESID.

    (2001)

    • = 200

    habits.

    • = 150

    habits.

    1. Alcobaça 4987 25 33

    2. Alfeizerão 3849 19 26

    3. Alpedriz 849 4 6

    4. Bárrio 1707 9 11

    5. Benedita 8233 41 55

    6

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    6. Cela 3426 17 23

    7. Coz 2043 10 14

    8. Évora de Alcobaça 4788 24 32

    9. Maiorga 1965 10 13

    10. Martingança 1039 27 36

    11. Montes 699 19 25

    12. Pataias 5453 13 18

    13. Prazeres 3711 11 15

    14. São Martinho do Porto 2644 22 29

    15. São Vicente de Aljubarrota 2267 6 8

    16. Turquel 4342 11 1417. Vestiaria 1262 5 7

    18. Vimeiro 2112 3 5

    Quadro 2 - População residente (H/M), por freguesia, no concelho de Alcobaça (2001) – mapa depontos (valor escolhido: 150 habitantes). 

    3.2 - No entanto, e apesar destas movimentações, ainda permanecem dois pólos

    de grande densidade demográfica (Cf. Quadro 3 e mapas da densidade

    populacional): Alcobaça (talvez devido à sua exígua área, se comparada com outrasfreguesias) e Benedita onde, de facto, se tem revelado pujante em termos sócio-

    económicos, ao ponto de haver pretensões para se autonomizar como concelho.

    Pelo contrário, existem “depressões” na densidade demográfica em torno de

    Pataias /Alpedriz e nas freguesias orientais do concelho, no sopé da Serra dos

    Candeeiros (São Vicente, Turquel, Évora de Alcobaça).

    Entre os valores mais destacados e os mais reprimidos, situam-se os casos de São

    Martinho do Porto (pela razões já adiantadas anteriormente) – e freguesias limítrofes:

    Alfeizerão e Cela – , bem como a Vestiaria e Maiorga, situados na periferia urbana deAlcobaça.

    É curioso verificar que as maiores densidades, quando confrontadas com o mapa

    das estradas, correspondem às áreas melhor servidas por aquelas estruturas viárias.

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    FREGUESIASPOP. RESID.

    (2001)

    ÁREA

    (Km2)

    DENSIDADE

    POPULACIONAL

    (Hab./Km2)

    1. Alcobaça 4987 3,2 1558,43

    2. Alfeizerão 3849 28,1 136,97

    3. Alpedriz 849 15,8 53,73

    4. Bárrio 1707 14,9 114,56

    5. Benedita 8233 29,3 280,98

    6. Cela 3426 26,2 130,76

    7. Coz 2043 14,8 138,04

    8. Évora de Alcobaça 4788 42,7 112,13

    9. Maiorga 1965 10,1 194,55

    10. Martingança 1039 8 129,87

    11. Montes 699 6 116,512. Pataias 5453 78,8 69,2

    13. Prazeres 3711 26,3 141,1

    14. São Martinho do Porto 2644 14,9 177,44

    15. São Vicente de Aljubarrota 2267 21,1 107,44

    16. Turquel 4342 40,4 107,47

    17. Vestiaria 1262 6,5 194,15

    18. Vimeiro 2112 19,8 106,66

    Quadro 3 - Densidade demográfica, por freguesia, no concelho de Alcobaça (2001) – mapascoropleto e de isolinhas.

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    CONCELHOS FREGUESIASPOP. RESID.

    (2001)

    ÁREA

    (Km2

    )

    DENSIDADE

    POPULACIONAL

    (Hab./Km2)

    1. Alvorninha 3123 37,7 82,84

    2. Carvalhal Benfeito 1339 14 95,64

    3. Salir de Matos 2428 24,3 99,92

    4. Salir do Porto 770 9,9 77,78

    5. Santa Catarina 3282 20 164,1

    CALDAS DA

    RAINHA

    6. Tornada 3150 19,6 160,71

    LEIRIA 1. Maceira 9981 47,1 211,91

    1. Marinha Grande 28372 135,5 209,39MARINHAGRANDE 2. Vieira de Leiria 5781 41,2 140,31

    1. Famalicão 1672 21,5 77,77

    2. Nazaré 10080 41,9 240,57NAZARÉ

    3. Valado dos Frades 3308 19,1 173,19

    1. Arrimal 747 19 39,32

    2. Juncal 3241 26,7 121,39

    3. Pedreiras 2655 13,4 198,13

    PORTO DE

    MÓS

    4. Serro Ventoso 1114 33,1 33,66

    1. Alcobertas 2033 31,9 63,73RIO MAIOR

    2. Rio Maior 11532 90 128,13

    Quadro 4 - Densidade demográfica das freguesias limítrofes do concelho de Alcobaça (2001) –mapa de isolinhas. 

    3.3.1 – Ainda no plano social, podemos constatar que as freguesias mais influentes

    e de maior vitalidade são as que detêm os mais elevados parâmetros de escolaridade e

    instrução. Alcobaça, Benedita e São Martinho do Porto destacam-se das restantes

    freguesias, face às médias do concelho respeitantes ao 3.º Ciclo do Ensino Básico,

    Ensinos Secundário, Médio e Superior.

    De seguida, Martingança (talvez devido à sua proximidade geográfica com Marinha

    Grande e Leiria), distingue-se das demais pelo seu Ensino Superior e Médio. Montes e

    Prazeres de Aljubarrota equiparam-se pela sua qualificação nos Ensinos Médio e

    Secundário, enquanto Pataias, Turquel e Vestiaria sobressaem nos 2.º e 3.º Ciclos. Por

    fim, Vimeiro, Cela, Bárrio e Coz apenas se destacam no 1.º e 2.º Ciclos. As restantes

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    freguesias, embora num ou noutro ponto possam estar acima da média concelhia, não se

    enquadram nos lotes anteriores, tendo valores muito díspares e heterogéneos.

    Estes dados apenas se reportam ao níveis de ensino efectivamente completados à

    data do último Censos, deles ficando excluídos os níveis ainda não terminados, o ensino

    pré-escolar e os fenómenos de analfabetismo (Cf. Quadro 5 e mapa dos níveis de

    instrução completos).

    3.3.2 – No sub-capítulo da instrução e ensino, houve a oportunidade de estudar um

    caso pontual existente na freguesia central de Alcobaça. À falta de importantes dados

    sobre a população discente nas escolas secundárias do concelho (os quais foram

    pedidos em tempo útil, por escrito, mas apenas foi dada uma única resposta, por sinal

    desfavorável...), foi apenas possível cartografar os fluxos dos alunos das turmas N, O, P

    e Q da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister (EPACIS),

    respeitantes a 2001. Essa informação, apesar de parca, foi-me gentilmente cedida pelo

    presidente da Comissão Instaladora Executiva, Sr. João F. F. Raposeira.

    No intuito de colmatar esta deficiente quantidade de dados, julguei poder adquiri-

    los, igualmente, às diversas corporações de Bombeiros existentes no concelho. Seria

    interessante elaborar um mapa de fluxos das inúmeras e variadas ocorrências a quecada uma das corporações foi num determinado período de tempo. Contudo, só o

    Comandante Joaquim A. C. Clérigo, dos B. V. de S. Martinho do Porto, teve a

    amabilidade de me responder por escrito, dizendo-me que tal informação só podia ser

    cedida pelo Centro Distrital de Operações de Socorro de Leiria. Até agora...

    Mediante a visualização dos mapas de fluxos, concluímos que, dentro do concelho

    de Alcobaça (Cf. Quadro 6 e mapa da proveniência dos alunos por freguesias do

    concelho de Alcobaça) a maior parte dos alunos vem de Alcobaça (onde se situa a

    Escola), da Cela (freguesia com grande tradição rural) e da Benedita. As restantesdeslocações provêm de freguesias eminentemente rurais.

    Quanto à proveniência de outros concelhos do País, o leque de alunos incide na

    região de Lisboa e Vale do Tejo e Santarém, com especial destaque para o concelho das

    Caldas da Rainha, com 13 alunos representados. De mais longe vieram os alunos de

    Coimbra, Setúbal, Bragança e dos PALOP (Angola e Cabo Verde) (Cf. Quadro 7 e mapa

    da proveniência dos alunos por concelhos do País).

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    FreguesiasTotal da

    freguesia1.º Ciclocompl.

    2.º Ciclocompl.

    3.º Ciclocompl.

    Ens. Sec.compl.

    Ens. Méd.compl.

    Ens. Sup.compl.

    Total dosensinos (com

    1. Alcobaça 4987 861 297 264 502 58 587 25692. Alfeizerão 3849 1151 388 185 208 9 110 20513. Alpedriz 849 206 55 44 26 6 26 3634. Bárrio 1707 522 149 74 51 3 52 8515. Benedita 8233 1877 796 414 462 34 343 39266. Cela 3426 1076 294 141 117 4 40 16727. Coz 2043 622 185 86 84 4 58 10398. Évora de Alcobaça 4788 1398 369 169 212 7 114 22699. Maiorga 1965 696 138 97 111 8 56 110610. Martingança 1039 290 96 63 70 1 41 56111. Montes 699 206 41 33 39 4 23 34612. Pataias 5453 1476 485 283 243 12 185 268413. Prazeres(Aljubarrota)

    3711 1036 357 152 215 13 117 1890

    14. S. Martinho do Porto 2644 559 194 167 239 9 136 130415. S. Vicente(Aljubarrota)

    2267 623 145 57 36 1 35 897

    16. Turquel 4342 1246 423 221 211 4 75 218017. Vestiaria 1262 369 121 69 81 0 36 67618. Vimeiro 2112 627 254 81 57 1 30 1050

    Média daspercentage(por nível d

    ensino)

    Quadro 5 - Níveis de escolaridade completos, no concelho de Alcobaça, por freguesia (200

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    FREGUESIAS DE ALCOBAÇA TURMA N TURMA O TURMA P TURMA Q TOTAIS

    Alcobaça 5 2 2 9Alfeizerão 1 1Alpedriz 1 1Bárrio 1 1Benedita 1 1 1 3Cela 2 1 1 4Coz 2 2Évora de Alcobaça 1 1 2Maiorga 1 1Turquel 1 1OUTROS CONCELHOS / FREGUESIAS

    Batalha (Batalha) 2 2Bombarral (Carvalhal) 1 1Bragança (Sé) 1 1Caldas da Rainha (Alvorninha) 2 2Caldas da Rainha (Carvalhal Benfeito) 2 2Caldas da Rainha (Santa Catarina) 2 2Caldas de Rainha (N.ª Sr.ª do Pópulo) 1 2 2 2 7Cartaxo (Cartaxo) 1 1Cartaxo (Lapa) 2 2Coimbra (Sé Nova) 1 1Leiria (Leiria) 1 1 1 1 4

    Leiria (Milagres) 1 1Lisboa (S. Cristóvão e S. Lourenço) 1 1Lisboa (S. Jorge de Arroios) 1 1Loures (Loures) 1 1Nazaré (Nazaré) 1 1Porto de Mós (Pedreiras) 1 1Porto de Mós (Calvaria de Cima) 1 1Porto de Mós (Mendiga) 1 1Porto de Mós (S. Pedro) 1 1Rio Maior (Rio Maior) 1 1Santarém (Marvila) 1 1

    Setúbal (S. Sebastião) 1 1Sintra (Almargem do Bispo) 1 1OUTRAS PROVENIÊNCIASBenguela (Angola) 1 1Fogo (Cabo Verde) 1 1TOTAL 17 9 21 18 65

    Quadro 6 - Proveniência dos alunos do ensino secundário, por freguesia, que frequentaram em2001 a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister

     – mapa de fluxos. 

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    CONCELHOS TOTAIS

    Alcobaça 25Batalha 2Bombarral 1Bragança 1Caldas da Rainha 13Cartaxo 3Coimbra 1Leiria 5Lisboa 2Loures 1Nazaré 1

    Porto de Mós 4Rio Maior 1Santarém 1Setúbal 1Sintra 1OUTRAS PROVENIÊNCIAS  Angola 1Cabo Verde 1TOTAL 65

    Quadro 7 - Proveniência dos alunos do ensino secundário, por concelho, que frequentaram em2001 a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister

     – mapa de fluxos. 

    3.4 – No que concerne à população activa e sectores económicos (Cf. Quadro 8 e

    mapa da distribuição da população activa e dos sectores de actividade), podemos

    inferir, da observação do mapa respectivo, que os maiores efectivos se encontram na

    Benedita, em Alcobaça e em Pataias. O sector primário, concerteza fortemente

    representado pela agricultura, é minoritário face aos outros sectores, mas ainda tem um

    peso relevante nas freguesias da Cela, Évora de Alcobaça, Vimeiro e mesmo Alfeizerão.

    Por seu turno, é o sector secundário o mais vigoroso na maior parte do concelho,podendo ocupar mais de 50% da população activa (Pataias, Martingança, Coz, São

    Vicente de Aljubarrota, Turquel, Maiorga, Vimeiro,...). O concelho de Alcobaça é, pois,

    essencialmente “transformador”!

    Por fim, saliente-se o predomínio do sector terciário, relacionado com os serviços,

    maioritário em Alcobaça e São Martinho do Porto, e relevante em Alfeizerão e Prazeres

    de Aljubarrota. 

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    FREGUESIAS POP. ACTIVATOTAL (2001)   √  SECTORPRIM. SECTORSECUND. SECTORTERC.

    1. Alcobaça 2421 49,2 34 5,1 702 104,4 1685 250,6

    2. Alfeizerão 1552 39,39 166 38,5 640 148,5 746 173

    3. Alpedriz 378 19,44 21 20 253 241 104 99

    4. Bárrio 791 28,12 49 22,3 401 183 341 155,2

    5. Benedita 4113 64,13 162 14,2 2156 188,7 1795 157,1

    6. Cela 1571 39,63 279 63,9 700 160,4 592 135,7

    7. Coz 987 31,41 31 11,3 666 242,9 290 105,8

    8. Évora de Alcobaça 2270 47,64 328 52 1044 165,6 898 142,4

    9. Maiorga 887 29,78 15 6,1 518 210,2 354 143,7

    10. Martingança 520 22,8 4 2,8 354 245,1 162 112,2

    11. Montes 293 17,11 26 319,9 162 199 105 129

    12. Pataias 2659 51,56 35 4,7 1757 237,9 867 117,4

    13. Prazeres 1833 42,81 85 16,7 851 167,1 897 176,2

    14. São Martinho do Porto 1072 32,74 49 16,5 379 127,3 644 216,3

    15. São Vicente de Aljubarrota 1103 33,21 21 6,9 741 241,8 341 111,3

    16. Turquel 1991 44,62 213 38,5 1021 184,6 757 136,917. Vestiaria 592 24,33 24 14,6 315 191,6 253 153,9

    18. Vimeiro 967 31,09 165 61,4 391 145,6 411 153

     Quadro 8 - População activa e sectores de actividade do concelho de Alcobaça, por freguesia

    (2001) – mapa de círculos proporcionais (em que é o valor do ângulo correspondente ao sectorpresente em cada círculo). 

    Capítulo IV – Considerações finais acerca dos objectivos propostos

    4.1 – Terminada a apresentação dos resumos e abordagens aos quadros e mapas

    elaborados, urge fazer uma reflexão sobre o trabalho levado a cabo neste semestre

    lectivo na cadeira de Cartografia Temática.

    Se a cadeira de Cartografia, ministrada durante o 1.º ano, nos deu as primeiras

    luzes de como ter uma boa prestação nesta área, não só como alunos de licenciatura em

    Geografia, mas como futuros (ou, no particular, presentes) profissionais desta ou de

    1314

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    outras áreas de investigação, ensino ou divulgação, a verdade é que, foi neste corrente

    ano que, de facto, aprendemos a utilizar as ferramentas basilares da cartografia temática.

    Apesar de ter efectuado o meu trabalho em moldes informáticos (mas sempre

    assentes num trabalho “de sapa” manual) e, sobretudo, de estarmos perante tantas e tão

    variadas tecnologias informáticas de auxílio à cartografia, há que reconhecer a utilidade

    de se saber fazer mapas da maneira “tradicional”. Quanto mais dominarmos esses

    métodos – por alguns considerados antiquados – , melhor nos saberemos movimentar

    nos novos rumos que se nos deparam; e, mais importante, melhor saberemos cumprir o

    objectivo da cartografia: visualizar, compreender e interpretar.

    Julgo ter, com este trabalho, atingido os objectivos desejáveis a qualquer estudante

    neste patamar do conhecimento. Tenho plena consciência de que melhor poderia ter feito

    (e que melhor poderei fazer), mas estou convicto de que me empenhei o melhor que

    pude, mesmo tendo em conta que nem sempre os objectivos de curto e médio prazo

    foram alcançados; e que tem sido exíguo o tempo que, como trabalhador-estudante,

    tenho ao dispôr para elaborar trabalhos práticos e assistir a aulas importantes.

    De facto, mais do que muita teoria inserida nos conteúdos programáticos de

    qualquer cadeira, é com trabalhos práticos como o que agora entrego que se aprende

    efectivamente, e se consubstancia toda a teoria explanada nas aulas. 

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    MAPAS TEMÁTICOS

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    ANEXOS

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    2. Ábacos 

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    4. Desenhos-base para posterior d igi talização

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